Reviews: Dezembro (V)


Porntugal (Portuguese Vagitarian Gastronomy) (SERRABULHO)
(2018, Rotten Roll Rex)
Os grinders rurais nacionais Serrabulho atingem a marca de três álbuns com o lançamento de Porntugal (Portuguese Vagitarian Gastronomy), uma distorcida colecção de 11 aberrantes temas. Neste novo álbum, à semelhança dos seus anteriores, todas as (eventuais) boas ideias dos transmontanos, como a inclusão de instrumentos tradicionais, são destruídas por uma postura completamente assassina do que é criar música. Ainda por cima, o interesse causado pela novidade já perdeu todo o seu efeito e o que temos em Porntugal é o que se pode chamar de uma mistura completamente falhada de grind e pimba, completado por uma abordagem humorística completamente parva e sem qualquer tipo de interesse. [40%]


True Heavy Nation (BORN AGAIN)
(2018, Pride & Joy Music)
O quarteto francês Born Again não demorou muito tempo a regressar aos discos depois da sua estreia Strike With Power, para a Massacre Records, no ano passado. Com a mudança de editora surge o seu segundo disco True Heavy Nation. E, realmente, o que os gauleses apresentam é true heavy metal assente em fortes riffs, muito groove e um vocalista com uma abordagem bastante agressiva. O problema está nas canções que nada acrescentam ao que tem sido feito nesta vaga de metal mais moderno. Pior que nada acrescentarem é ao fim do disco não nos recordarmos de uma só melodia. [65%]


Mistaken (VITJA)
(2018, Century Media Records)
Mistaken é o terceiro trabalho dos Vitja e o que o coletivo nos apresenta é mais uma violenta descarga de metalcore, onde parece que já foi tudo ouvido. Existe fúria e existe uma tentativa de transformar música em violência e nem as passagens mais melódicas com vocais limpos conseguem impedir isso. E novidades? Nenhumas! Os Vitja são mais uma banda de metalcore igual a tantas outras, destilando raiva e ódio para os mais jovens que, enganados, pensam que estão a ouvir heavy metal. Insípido e desinspirado… nunca um título foi tão apropriado a um disco. [55%]


Twelve (LAST UNION)
(2018, Rock Of Angels Records)
Antes de qualquer coisa, o que mais se destaca em Twelve, estreia dos prog metallers Last Union é a inclusão de Mike LePond e de Uli Kusch no seu lineup e a participação de James LaBrie como convidado. Mas como muitas vezes, um bom plantel não faz uma boa equipa, também nos Last Union, estas estrelas juntas não criam um disco galático. É bom, sim, é, mas com estes nomes a fasquia tem que ser colocada bem alto. E os Last Union, afinal a banda responsável pela criação das canções, nunca consegue dar o salto, entre o razoável e aquilo que se tornará memorável. [77%]


The Six Foot Six Project (SIX FOOT SIX)
(2018, Pride & Joy Music)
A mente criativa por trás dos Six Foot Six é Kristoffer Göbl, nome associado aos Falconer, Destiny e Aldaria. Para além do primeiro, os restantes nunca saíram das divisões secundárias, onde também acabará por cair o seu novo projeto, se novas e melhores propostas não forem apresentadas. The Six Foot Six Project é uma estreia que tem uma abordagem pouco inovadora e ainda menos criativa ao metal melódico. Um conjunto de algumas boas malhas e um leque de músicos competentes acabam por salvar um disco que tem tendência a ir descendo de interesse à medida que se ouve e que, por certo, acabará por passar despercebido entre todos os lançamentos do género. [80%]

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