Review: Metamorphosis (Heylel)


Metamorphosis (Heylel)
(2018, Interstellar Cloud)

Depois do excelente Shades Of Time, provavelmente ninguém esperaria um regresso tão rápido dos Heylel. E acrescentamos – nem tão rápido nem tão diferente. Os Heylel, de Metamorphosis, deixaram de lado a sua costela de prog rock influenciado por King Crimson e afins e entram em campos de um metal de inspiração gótica, melancólica e obscura. Desde logo, o violino, instrumento cada vez mais importante nas atmosferas heylelianas, e que nos remete para uns My Dying Bride. Depois as linhas de piano, assustadoramente belas e sinistramente apelativas. Finalmente todas as atmosferas envolventes que nos levam para os primeiros momentos dos The Gathering (referência, aliás já notada nos trabalhos anteriores). Mas o que mais surpreende é a distorção pesada da guitarra, quase claustrofóbica e agora a deixar pouco espaço para as texturas ou dedilhados acústicos. Metamorphosis é um álbum conceptual dividido em dois atos. E será, porventura essa história negra que catapulta a música para esse turbilhão.  Um turbilhão que tem expoentes de classe assinalável em temas como Rising Empire (na parte Revelations) e Witness (na Ascension). Isto num álbum que vem confirmar a capacidade criativa e de arrojo de Narciso Monteiro e da sua banda o que leva a, mais uma vez, não se limitar a repetir a experiência anterior. [85%]

Highlights
Fields Of Battle, Gone To Hell, Cursed, Rising Empire, Witness, Voices

Tracklist
1. Revelations: Fields Of Battle
2. Revelations: Gone To Hell
3. Revelations: Cursed
4. Revelations: Rising Empire
5. Revelations: Metamorphosis
6. Ascension: Insomnia
7. Ascension: Witness
8. Ascension: Evil I Am
9. Ascension: Two Faces
10. Ascension: Voices

Line-up
Ana Batista – vocais
Narciso Monteiro – guitarras, sintetizadores, mellotron
João Amorim – baixo
Ana Clérigo – violino
Jesus Anjos – piano, teclados
Miguel Barbeira – bateria

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