Todos o conhecem dos At
Vance, dos Avantasia e dos Hartmann. Poucos serão os que o conhecem de Echoes.
Falamos de Oliver Hartman que está, desde 2003, neste projeto alemão de tributo
aos Pink Floyd. Depois de Barefoot To The Moon em
2015, os Echoes aproveitaram o festival open air Rock Of Ages para gravarem mais uma extraordinária noite
com música desses monstros sagrados
que são os Pink Floyd. Vários convidados de peso e… um eclipse lunar
juntaram-se à festa, como nos conta o vocalista/guitarrista alemão ainda antes
de embarcar numa nova tour com Tobias
Sammet e seus amigos.
Olá Oliver, como estás?
Obrigado pela disponibilidade e antes de mais, deixa-me dizer-te que para mim é
uma verdadeira honra poder fazer esta entrevista. O teu nome está ligado a algumas
das melhores bandas de metal, portanto, como
surge essa tua faceta Pink Floyd?
Estou bem,
obrigado! Claro que a maioria das pessoas me conhece de projectos como Avantasia, a minha banda Hartmann ou como ex-vocalista dos At Vance, mas também sou membro, há
muito tempo, dos German Pink Floyd
Tribute Echoes. Para lá de Hard Rock
e Metal, fui sempre fã de todos os
tipos de música e é claro que também gosto do som único dos Pink Floyd.
Há quanto tempo estás
nesta banda de homenagem aos Pink Floyd?
A banda existe
desde 1995 e eu sou o vocalista/guitarrista desde 2003. No início Echoes começou em pequenos clubes, mas
tem-se desenvolvido e crescido muito nos últimos 15 anos.
Ao longo destes anos,
têm tido a oportunidade de tocar um pouco por toda a Europa. Neste caso, as
gravações foram feitas na Alemanha, certo? Consegues descrever essa noite em Rottenburg-Seebronn?
Sim, foi gravado
no Rock Of Ages Festival, um
conhecido open air de rock/hardrock na Alemanha. Já que fui o
principal organizador deste show
especial e da gravação em vídeo, foi um pouco estressante para conseguir fazer
tudo a tempo. Incluindo os cantores convidados e um conjunto de cordas, só
tivemos um ensaio com todos durante o sound
check. Mas, graças a Deus, tudo funcionou perfeitamente, e tivemos um espetáculo
maravilhoso.
De facto, uma noite
muito especial, inclusive acompanhada por um verdadeiro eclipse lunar! A noite
perfeita para um concerto mágico...
Sim
absolutamente! Descobrimos, por acaso, que nessa haveria um belo eclipse lunar,
portanto, não poderia ter sido mais perfeito!
Antes deste lançamento, tinham
lançado Barefoot To The Moon.
Desta vez tiveram uma abordagem totalmente diferente... quais eram os vossos objetivos
agora e em 2015?
Para Barefoot To The Moon, tivemos uma
abordagem diferente de ser apenas um tributo aos Pink Floyd mais ou menos “normal”, tocando as músicas originais numa
versão muito próxima. Os Pink Floyd
sempre foram conhecidos pelos seus extraordinários espetáculos ao vivo e com uma
"parede de som" quando se trata de arranjos. De alguma forma, o nosso
objetivo era transformá-lo no oposto sem perder o núcleo da música. Assim, despojamos
e reduzimos os arranjos ao mínimo e tentamos criar uma atmosfera muito especial
apenas com apenas instrumentos acústicos. Que por sinal não foi fácil, mas que funcionou
bem. O único luxo que tínhamos era um quarteto de cordas de Praga (risos). Para
além da guitarra de David Gilmour, outra
parte essencial do som dos Pink Floyd
são os teclados. Portanto, envolver as cordas foi perfeito pelo som que
estávamos à procura.
Precisamente, mais uma
vez com o apoio de um quarteto de cordas...
Sim, eles também fizeram
parte deste show elétrico no Rock Of Ages. Pensei que era uma boa
ideia envolvê-los novamente neste espetáculo para criar alguns momentos
especiais.
Falaste atrás em alguns
convidados, alguns deles nomes históricos. Como se proporcionou a sua
colaboração?
Inicialmente,
este espectáculo foi pensado para ser um open
air normal como headliner fazendo
um chamado "espectáculo XXL" - com mais luzes em comparação com as
salas menores. Mas eu e Horst Franz,
o promotor do Rock Of Ages Festival,
tivemos a ideia de envolver músicos e cantores convidados que são ou poderiam
fazer parte da formação do festival e que estão, de alguma forma, ligados à
música progressiva. Eu sabia que Geoff
Tate já tinha gravado uma versão interessante de Welcome To The Machine com os Queensrÿche
e como fazemos ambos parte dos Avantasia
foi só perguntar-lhe. Foi o mesmo com Midge
Ure, que eu já conheço das minhas tours
com Rock Meets Classic. Ele é um
artista brilhante e transformou o Hey You
em algo muito especial. Michael Sadler
escolheu Comfortably Numb e também fez
um ótimo trabalho nessa música. Por último, mas não menos importante, tivemos Claude Leonetti, da banda francesa progressiva
Lazuli, como músico convidado em High Hopes.
Para além dos Echoes, em
que outros projetos tens trabalhado ultimamente?
Fiz um novo disco
com a minha banda Hartmann em maio passado,
chamado Hands On The Wheel que inclui
o dueto Simple Man com Eric Martin, dos Mr. Big, que também faz parte da tour de Avantasia. E andei
em tournée com Hartmann até ao final do outono.
Também participas no último
álbum dos Avantasia. Que papel desempenhaste?
Sou guitarrista e
vocalista adicional. Ao vivo estou desde a primeira tournée em 2008 e faço parte dos Avantasia desde o primeiro disco em 2000. Cantei a maior parte da versão
original de Sign Of The Cross. Estamos
em 2019 - o tempo voa.
E projetos para os
próximos tempos? O que tens em mente?
Agora estou em tournée com os Avantasia durante os próximos três meses. A tour começa hoje e estamos todos ansiosos. Depois disso acho que
vou novamente em tour com os Hartmann e Echoes e talvez comece a trabalhar em músicas para um novo álbum
com Hartmann.
Muito obrigado, Oliver! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Quero mandar uma
saudação para todos os teus leitores e fãs portugueses por aí. Espero ter em
breve a oportunidade de ir a Portugal. Com Echoes
ou Hartmann. Ou Avantasia é claro!
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