Já não falta muito
para mais uma edição – a terceira – do Porto Blues Fest. Os
Jardins do emblemático Palácio de Cristal irão receber, nos dias 17 e 18 de
maio alguns dos maiores nomes do blues
internacional e nacional. Via Nocturna foi falar com Adalberto Ribeiro,
promotor que conseguiu para esta edição juntar, não só diferentes sonoridades
dentro do blues, como ter o sabor da
cozinha de Nova Orleães.
Como estás Adalberto?
Obrigado pela disponibilidade! O Porto Blues Fest vai
já na sua terceira edição, mas antes de nos focarmos nela, fala-nos um pouco de
como nasceu esta ideia e como tem sido o seu desenvolvimento nas duas edições
anteriores?
Obrigado nós pelo vosso
interesse no nosso festival. Demos conta que na área metropolitana do Porto não
havia oferta na área do Blues, e
tendo eu já organizado o Gaia Blues
durante alguns anos (acabou em 2013 ao fim de 16 edições) sempre com um público
interessado, achamos que devíamos propor uma parceria à Porto Lazer para a organização de um festival de Blues no Porto, diga-se que a Porto L. agarrou a ideia de imediato e
com entusiasmo, assim nasceu o Porto
Blues Fest. As duas primeiras edições vieram provar que tínhamos razão, o
Porto queria um Festival de Blues e
acarinhou-o de imediato, temos vindo a crescer em termos de público e sempre
apresentando alinhamentos de alta qualidade o que aliado ao local faz deste
festival um evento muito especial.
Quando começaram o Porto Blues Fest, que objetivos tinham em mente?
Os nossos principais objetivos
são apresentar o Blues à cidade. O Blues, que como o Fado, é uma música de
raiz popular, nascida da alma do povo, queremos oferecer espetáculos de alta
qualidade e a parte formativa e pedagógica, que para nós é da maior importância
para a formação de públicos e de abrir mais oportunidades a jovens músicos de
participarem no Festival. Isto é feito através da parceria que temos com a PG Guitar Studio – Academia de Guitarra
do Porto. Um dos guitarristas presente no alinhamento, Gwyn Ashton, vai fazer um workshop
na PG Guitar Studio e o seu melhor
aluno vai tocar com uma das bandas do festival.
As sessões anteriores
caraterizaram-se por terem sido bastante bem-sucedidas. Assim, numa perspetiva
de evolução, o que é que a edição deste ano traz de novo?
Nós estamos sempre à procura
de inovar na abordagem que fazemos ao Festival. Este ano vão ter mais uma vez
um alinhamento de luxo, mas também vão poder experimentar a gastronomia de New
Orleans, comprar aquele vinyl de Blues que tanto procurava, ver a nossa
exposição de Cigar Box Guitars!
Quais são os nomes
escolhidos para este ano e que critérios estiveram na base da sua escolha?
No dia 17 vamos ter o Henrik Freischlader e a Juwana Jenkins, no dia 18 vamos ter o Gwyn Ashton e a Minnemann Blues Band. O que norteia a programação do Porto Blues Fest é mostrar a diversidade
do Blues, mostrando o melhor Blues Americano e o que de melhor se faz
na Europa, e tendo sempre espaço para as melhores bandas de Blues nacionais, provando que o Blues em Portugal está bem vivo e
recomenda-se
De uma forma sucinta,
podes apresentar esses artistas que irão estar no Festival?
Henrik Freischlader é um guitarrista alemão cujo estilo é influenciado
por guitarristas de blues rock, como Peter Green, Jeff Beck, Steve Ray Vaughn
e especialmente Gary Moore, criando
assim um som delico-doce, único, explosivo e energético. Uma nova abordagem ao blues Rock europeu! Henrik
Freishlader já partilhou o palco com os grandes Johnny Winter, Peter Green,
B.B. King e seu ídolo, Gary Moore.
Juwana Jenkins cantora e compositora nascida em Filadélfia,
conhecida pela sua feeling good vibes,
traz uma mistura de influências gospel
soul da velha escola com uma energia crua e moderna. Vai ser um grande
espetáculo.
Gwyn Ashton, considerado o 3º melhor guitarrista do ano pela Part Magazine. Vem ao Porto apresentar o
seu álbum a Solo Elektro um disco de blues-rock alternativo, progressivo com
elementos de garage rock, psychedelia, acoustic roots, e algum good
old-fashioned rock 'n' roll.
Minnemann Blues Band, concerto homenagem a Wolfram Minnemann e à primeira banda de blues do Porto, Minnemann
Blues Band. Reunindo caraterísticas ímpares em Portugal, a banda de Wolfram Minnemann pratica um estilo bem
personalizado de Blues, resultante de
um conjunto de vários fatores: os cunhos do boogie-woogie
e honky-tonk do seu piano, aliados a
uma invulgar expressividade vocal e uma rara, contagiante e bem-humorada
capacidade comunicativa com a assistência.
De que forma se cruza
a música com a gastronomia, nomeadamente com a presença do Chef Chakall?
O Chef Chakall abraçou este projeto de trazer os sabores de New
Orleans para o Porto, transformando o festival numa experiência sensorial
única!
Para terminar,
agradecendo desde já, vamos deixar a informação mais importante – onde e quando
as pessoas podem assistir ao Porto Blues Fest?
O Porto Blues Fest vai acontecer nos dias 17 e 18 de maio, na Concha Acústica dos Jardins do Palácio Cristal!
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