Entrevista: Floating Worlds


Seis anos separam Below The Sea Of Light do novo registo dos Floating Worlds, Battleship Oceania. Um longo intervalo que permitiu que a banda grega se focasse completamente na criação da sua maior obra, um disco conceptual exigente e arrojado. O guitarrista Andreas V, mentor da magnífica história aqui convertida em música, fala-nos das exigências para criar um álbum desta envergadura.

Olá Andreas, parabéns pelo vosso excelente regresso. O que aconteceu com os Floating Worlds nesse longo espaço de tempo entre álbuns?
Muito obrigado pelos teus comentários gentis. Conseguimos fazer muitos espetáculos e fizemos nossa primeira tournée europeia. Em novembro de 2015, fizemos os últimos espetáculos e depois começamos a compor as músicas deste álbum. Devido à complexidade de todo o projeto, a composição de todas as músicas foi até junho de 2017. Depois, entramos em estúdio para gravar todas as músicas. A gravação durou até ao final de dezembro de 2017. Para comemorar o final das gravações, fizemos uma mini tour na Rússia, em março de 2018. Finalmente, Battleship Oceania estava pronto no verão de 2018, mas a procura de uma editora apropriada demorou muito mais tempo do que esperávamos (quase 7 meses).

Quando começaram a trabalhar nesse novo álbum?
Tínhamos algumas demos prontas dos anos anteriores, mas os trabalhos a 100% do novo álbum iniciaram-se após o último show do Sea Of Light Tour na Sérvia. Acho que foi em dezembro de 2015.

Este é um álbum muito complexo, com uma história também complexa por trás, pelo que acredito que tenham feito muitos esforços e sacrifícios neste processo. Mas, no final, valeu a pena…
Muito obrigado. De facto, foi muito difícil concluirmos este projeto. Todos nós tivemos que nos superar de muitas maneiras, a fim de alcançar o que tínhamos exatamente em mente. A razão pela qual a composição demorou tanto tempo, foi que cada música era extremamente exigente e, ao mesmo tempo, tínhamos sempre em mente como encaixar a música e as letras, com cada capítulo da história.

Battleship Oceania é vosso primeiro álbum conceptual. Desde o início que tinham esta ideia de fazer algo assim ou esta foi uma ideia que se foi desenvolvendo?
Todo o conceito se baseou numa ideia que eu já tinha. Propus ao resto da banda fazer um álbum conceptual baseado nesta história. Ficaram todos muito animados com a ideia e começamos a trabalhar no novo álbum, baseado nela.

Podes, então, explicar em que consiste essa história?
Battleship Oceania narra a história de um navio de guerra lendário e da sua tripulação, que se transformou num horrível fantasma flutuante, após a atribuição de uma missão que se revelou fatal. Através das inesperadas revelações e eventos que acontecem à medida que a história evolui, o ouvinte observa atentamente a face feia da guerra, as manipulações de pessoas vaidosas interessadas em poder e dinheiro e o papel obscuro da comunicação social global, mas também tem a oportunidade de testemunhar o auto-sacrifício pelo bem maior, o arrependimento sincero e a grandeza do perdão.

Este álbum demorou muito a escrever e a compor. E quanto ao processo de gravação? Como foi a vossa experiência em estúdio com um álbum deste calibre?
O processo de gravação levou cerca de cinco meses. Demorou tanto tempo, porque houve muitas coisas para gravar. Algumas vezes foi realmente exaustivo, mas estávamos determinados a fazer o que fosse necessário para tornar esse álbum o mais perfeito possível. Trabalhamos com o mesmo produtor (Dionisis Christodoulatos) com o qual tínhamos trabalhado no nosso álbum anterior, pelo que já nos conhecíamos bem e esse facto tornou todo o processo de gravação muito mais fácil e eficiente.

Em março de 2018 tocaram na Rússia pela primeira vez. Como foi essa experiência? Retiraram alguma aprendizagem que pudesse ter sido utilizada no novo álbum ou já estava finalizado?
Como já referi, as gravações já estavam terminadas quando fomos à Rússia. Nesse período, o álbum estava a ser misturado por Dionisis Christodoulatos. O que temos a dizer é que a Rússia foi uma experiência única… E muito fria também… a temperatura média durante esses dias foi de -15ºC

O que têm programado em termos de palco para o período após o lançamento do álbum?
Ainda nada está concretizado, mas definitivamente planeamos fazer uma nova tour pela Europa em 2019.

Muito obrigado, Andreas! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Gostaríamos de agradecer por nos darem a oportunidade de falar aos vossos leitores a respeito do nosso novo álbum. Serão todos bem-vindos a bordo...

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