São 25 anos
de uma carreira marcante no rock em Portugal e cantado em
português. E depois do XXV Anos, disco que comemora essa efeméride,
surge 25 Anos ao Vivo – a mesma comemoração, mas em palco e na sua
cidade. Numa forma soberba, com um line-up estável e bem oleado,
um novo álbum de originais deverá chegar no próximo ano. Mas, para já, ainda é
tempo de festejar e conversar com essa figura ímpar do rock nacional que
é o Manelito.
Olá
Manelito, como estás? Pelos vistos, sempre em forma…
Está tudo bem obrigado, em forma e não podíamos estar mais contentes, muito
satisfeitos mesmo com o resultado final deste novo álbum 25 Anos ao Vivo
e com a promoção do mesmo.
E as
comemorações dos 25 anos de carreira continuam. Depois do álbum 25 Anos,
veio o correspondente registo ao vivo. Houve alguma preparação especial para
este espetáculo?
Este álbum ao vivo é o culminar das comemorações dos 25 anos dos Alcoolémia.
Aproveitámos para registar o alinhamento dessa tour com a inclusão de
mais uns quantos temas, e sim houve uma preparação especial envolvendo agência
e a nossa equipa técnica que anda connosco na estrada e o apoio muito
importante por parte da Câmara Municipal do Seixal que desde o primeiro
momento, se juntou ao nosso projeto de gravação deste álbum ao vivo, no
Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.
Uma das
mais-valias deste álbum (e do espetáculo) é a quantidade de nomes que aqui
emprestam o seu talento. Foi fácil juntar tanta gente?
Não é fácil juntar estes artistas todos como é de calcular, devido sempre à
agenda de cada um, sabendo de antemão dessa dificuldade escolhemos fevereiro
para gravar o álbum, é um mês fraco de trabalho para a maioria dos artistas, e
assim haveria fortes probabilidades de estarem mais disponíveis para aceitarem
a participação que para nós era de extrema importância para o resultado
pretendido.
E os temas
escolhidos para versões. Como foi feita a sua seleção?
Essa foi uma das partes mais fáceis desse processo todo, a Chiclete
dos Táxi é uma versão que já nos acompanha ao vivo desde a sua gravação
incluída no nosso 4º álbum Alcoolémia de 2007; o Patchouly é de
certa maneira uma homenagem ao Grupo de Baile, um dos maiores grupos de
sempre do nosso concelho do Seixal e o Carlos Tavares para além amigo da banda
já tinha também participado no álbum anterior no tema Não Sei Se Mereço;
o Cavalos de Corrida foi a primeira versão que tocámos ao vivo de uma
banda Portuguesa; a nossa versão do fado Nem às Paredes Confesso já vem
do 2º álbum Não Há Tretas de 1997; o Remar Remar foi uma versão
que fizemos propositadamente para homenagear o grande Zé Pedro e ainda
não editámos as versões gravadas nesse espetáculo do É Difícil dos Censurados
em que tivemos a participação do guitarrista Orlando Cohen (Censurados)
e o Keep On Rockin’ The Free World do Neil Young, que pensamos
editar em breve, tanto em plataformas digitais como em edição física.
A vossa
intenção aqui foi também prestar uma homenagem aos maiores nomes do rock
português?
De certa forma, é uma verdade, temos lá representados os grandes nomes do rock
feito em Portugal, influências para os Alcoolémia e nós temos muito
orgulho em assumi-las publicamente.
E temos
também essa homenagem ao Zé Pedro. De que forma ele ou os Xutos te
influenciaram a pegar numa guitarra e a formar os Alcoolémia?
O Zé Pedro era uma figura ímpar no rock em Portugal, a sua
humildade era um exemplo, a sua simpatia sempre com um sorriso estampado no
rosto, é assim que queremos sempre lembrar o Zé Pedro. Foi um privilégio
partilhar o palco com os Xutos & Pontapés em 2014 privar com ele no Festival
Rock no Sado, e ficámos muito consternados com a sua perda em 2017, e para
nós Alcoolémia o gravarmos o Remar Remar foi a melhor forma de o
homenagear. Quanto à banda que me influenciou a mim a pegar numa guitarra e a
formar uma banda posteriormente foram os Censurados, mas os Xutos
& Pontapés também fazem parte das minhas influências, sem quais quer
tipo de dúvidas.
Bem, pelo
que se percebe do disco, os Alcoolémia estão com sangue renovado e continuam em
boa forma. Quando é que isso se refletirá num novo disco de originais?
É uma verdade, a tour dos 25 anos correu bem e culminou em grande
com a gravação do disco ao vivo em fevereiro de 2018 e ainda se prolongou por
esse ano. Como dizes, e muito bem, estamos com sangue renovado e aproveitar
para tirar o máximo de proveito da boa forma adquirida, e em consequência disso
já estamos a gravar temas que farão parte do novo disco de originais, que nos
estão a deixar empolgados, novamente com produção do nosso guitarrista Pedro
Madeira, com edição prevista para o início de 2020, mas haverá mais
novidades para esse ano que desvendaremos mais para a frente.
Vão
continuar a atuar como forma de comemoração dos 25 anos? Onde estarão
brevemente?
Essa comemoração dos 25 anos começou em 2017 e prolongou-se pelo ano de
2018, agora estamos a fazer espetáculos ao vivo com base nos temas que gravámos
no álbum ao vivo, e já com a inclusão de uma novidade, um tema novo no
alinhamento que apresentámos pela primeira vez ao vivo no Rock Fest no
Casino Estoril, no início deste ano de 2019 onde abrimos para os Gene Loves
Jezebel e os D.A.D., com título O Teu Calor. As datas que
temos para breve são dia 2 agosto em Vila de Rei, dia 3 agosto estaremos em
Alverca do Ribatejo no Festival do Bom Sucesso, Alcoolémia, União
das Tribos e Sleepwalkers, dia 24 agosto em Bidoeira de Cima
(Leiria), e finalmente dia 30 agosto em Lousada.
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