A Quadrilha de Sebastião Antunes
comemora os primeiros 25 anos de existência. Um projeto de uma vida que
continua a mostrar-se em grande forma, como aliás fica bem demonstrado no novo
disco Perguntei
ao Tempo. E nós fomos perguntar ao Sebastião Antunes como tudo isto surgiu e
que novidades há para apresentar.
Olá Sebastião, como estás? Que bela
maneira de comemorar os teus 25 anos de carreira… Quando e onde surgiu a ideia
deste disco?
Quando
chegamos a este período da história de um projeto aparece sempre a ideia de
fazer uma comemoração. Neste caso havia uma mistura de intenções, por um lado
regravar temas importantes da nossa história por outro, gravar algumas coisas
que estavam prontas. Então o nosso Allain Vachier sugeriu que se fizesse
uma coleção dos inéditos e outra das revisitações e daí esta maneira de
assinalar um bom momento da nossa caminhada.
Precisamente, Perguntei ao Tempo acaba por ser
um disco misto. Traz alguns temas clássicos da banda, mas aproveitas, também,
para apresentar alguns originais. Quais são esses novos temas?
Os
quatro inéditos que aqui colocamos são: Nem Sequer Dei Por Isso, Um Dia
de Lisboa, A Lua Anda Zangada e Quando a Lua Voltar a Passar.
Poderemos esperar para breve um
novo disco de originais? E esses temas estarão lá incluídos?
Por
agora o que queremos é viver este disco, disfrutá-lo e partilhar com muitas
pessoas. A seu tempo voltaremos aos originais.
Quanto aos teus temas clássicos,
trabalharam neles de uma forma diferente, certo?
Sim,
quanto aos temas já editados perguntamos ao tempo como ficariam eles repensados
estes anos depois? Fizemos várias experiências tendo sempre em conta que queríamos
inovar qualquer coisa, mas sem nos afastarmos muito dos originais.
E uma das mais-valias é a
quantidade de nomes que aqui emprestam o seu talento. Foi fácil juntar tanta
gente?
Com
todo este entusiasmo não me pareceu difícil e por isso há uma gratidão muito
grande a todos eles. O Tim, o João Pedro Pais, a Viviane o
Carlos Moisés, o Rão Kyao, Ana Laíns, o Mário Delgado,
a Rubi Machado e a Sandra Martins deram uma prestação inestimável
para este trabalho. Cada um à sua maneira.
Estava previsto desde o início que
estes temas seriam regravados com convidados ou essa ideia surgiu mais tarde?
A
ideia já estava lançada embora um tema em particular não fizesse parte da seleção
– A Caixinha de Música, mas numa manhã em que me cruzei com o João Pedro
Pais num corredor da Antena 1 falamos deste tema e ele disse que ainda se
lembrava bem dele. Poucos dias depois foi feito o convite e ficámos muito
contentes por o João ter aceitado.
Olhando para estes 25 anos de
carreira, como os analisas?
No
fundo é um projeto de vida, talvez no início não pensasse nisso, mas hoje vejo
a Quadrilha como tal. Sabemos que há momentos que as coisas não são fáceis,
mas isso também faz parte dos 25 anos do que quer que seja. São muitos anos de
bons momentos, concertos, discos e muitos amigos que se foram juntando.
Que projetos tens em mente ainda
poder vir a realizar?
Por agora vamos viver este álbum Perguntei ao Tempo,
mas andam por aqui muitas ideias. Por ora queremos que venham ter connosco aos
concertos e partilhar este tempo que temos em comum com aqueles que se juntam a
nós.
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