Entrevista: Freedom Call

Apontados como um dos maiores nomes do metal internacional, os Freedom Call resolvem batizar o seu 10º álbum simplesmente de… M. E. T. A. L.. E, como sempre, a mensagem é simples e clara – alegria e positivismo. Na música e na vida. Da banda e dos fãs. Com o carismático líder Chris Bay falamos de tudo isto e de uma possível vinda ao nosso país na próxima tour dos germânicos.

Olá Chris! Obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum, M.E.T.A.L.. Antes de mais, por que escolheram este título para o vosso 10º álbum?
Olá Daniel, obrigado pelo teu tempo e esforço. É ótimo saber que gostaste do nosso novo álbum, M.E.T.A.L.. Quanto à tua pergunta, é muito fácil: depois de 20 anos de existência, finalmente decidimos lançar, pela primeira vez, um álbum de metal de verdade. Neste período de mudanças tão rápidas, não quisemos incomodar os nossos ouvintes com muitos problemas colaterais. Nele está escrito o que é.

Na nossa última entrevista, disseste que poderíamos esperar um excelente álbum dos Freedom Call na primavera de 2018. Os Freedom Call realmente lançaram um álbum incrível, mas mais de um ano depois. O que aconteceu?
O que muitas pessoas não levaram em consideração é que estivemos quase constantemente em tournée em 2017. Pela primeira vez fomos ao Japão, Tailândia e América do Sul com o nosso álbum anterior Master Of Light. Isso tira muito tempo. No início de 2018, fizemos outra tournée como convidados especiais dos Iced Earth e, finalmente, pudemos encontrar tempo para iniciar a préprodução do novo álbum M.E.T.A.L.. Eu nunca quero lançar um novo álbum, apenas para ter um novo produto. Utilizo o tempo como forma de apresentar o melhor álbum!

A primeira música do álbum intitula-se 111 - The Number Of Angels. Não achas que isso é um paradoxo, porque o Heavy M.E.T.A.L. está normalmente relacionado ao 666 – The Number Of The Beast?
Argumento engraçado. Mas, neste caso, não estamos apenas a falar de Metal... estamos a falar de Freedom Call. Para Happy Metal, é melhor usares o 111.

E mais uma vez isso acontece… M.E.T.A.L. é um álbum positivo ...
A felicidade é uma das nossas marcas registadas e da nossa atitude de vida. A vida é suficientemente dura, portanto, vamos aproveitar o tempo para curtir a música de uma maneira otimista e feliz.

As bateria foram tocados por Kevin Kott e Dan Zimmerman. No entanto, na formação, o nome que aparece é o de Tim Breideband. O que aconteceu?
Desde o início de 2018 que Kevin Kott tocava como baterista substituto transitório, embora tenhamos decidimos gravar o novo álbum com a sua performance. Mas por motivos de carreira profissional, Kevin não pôde garantir a sua disponibilidade para a nossa longa tour de 2019/2020. Logo após as gravações, Timmi Breidband entrou na discussão... e agora temos uma ótima pessoa e baterista no line up.

Como te sentes tendo Dan Zimmerman a tocar contigo outra vez?
Parecia incrivelmente familiar... ainda somos muito bons amigos e estamos em contato constante. Para o 20º aniversário, era obrigatório ter o Dan. Ele fará sempre parte da banda, ainda que como suporte mental. Muitos dos nossos fãs apreciaram o facto de Dan ter surgido. É ótimo tê-lo de volta.

Um dos componentes mais importantes das músicas dos Freedom Call são os teclados. No entanto, neste álbum, surgem um pouco escondidos. Uma nova abordagem musical da tua parte?
Eu não planeio nada antes do processo de composição. Nenhum arranjo instrumental é feito por conceito. Simplesmente, fluem para fora de mim. Se uma música ou melodia precisar de suporte de um teclado, eu o colocarei. Se não for realmente necessário, não preciso usar teclados obrigatoriamente. Num álbum chamado M.E.T.A.L. as guitarras podem estar um pouco mais puxadas para a frente.

Alguma desta música foi feita para fazer parte do teu projeto a solo?
De todo! Divido claramente as músicas de Freedom Call e do meu material solo. Não quero entrar em competição. Claro que rapidamente se muda o estilo de uma música, mas depois perde a sua originalidade. A autenticidade da música tem absoluta prioridade. Se estou a escrever uma música de metal, tem que ser uma música de metal.

Tens alguma coisa planeada para apresentar este álbum ao vivo aqui em Portugal?
Claro, estamos a pensar nos nossos grandes espetáculos que tivemos no Porto e em Lisboa nos últimos anos. Espero que possamos encontrar uma oportunidade para ir a Portugal no próximo ano.

Muito obrigado, Chris! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Agradeço-te pelas boas perguntas, foi divertido poder responder. Esperamos que todos metalheads portugueses gostem do nosso novo álbum M.E.T.A.L.. E não se esqueçam... não levem as coisas da vida tão a sério, ela é demasiado curta para sofrer.


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