Entrevista: The Offering


O seu EP homónimo de 2017 pos toda a gente a olhar para eles. A Century Media Records chamou-os para a sua família e, dois anos volvidos, aí está Home, o longa-duração que confirma uma das bandas mais frescas da atualidade, mesmo que fresh metal não seja realmente um nome atraente como afirma o guitarrista Nishad George. Apanhamos a banda após a participação em alguns festivais, entre os quais o lendário Wacken, e falamos, para além de Nishad, também com o vocalista Alex Richichi.

Olá pessoal, obrigado pela disponibilidade. O vosso primeiro EP foi muito bem sucedido e agora chegaram à Century Media Records. Mas, antes de mais, importam-se de apresentar a banda aos metalheads portugueses?
NISHAD GEORGE (NG): Estamos felizes por estar aqui e agradecidos pela oportunidade. Somos um quartet - Alex (vocal), eu (Nish, guitarras), Spencer (baixo) e Steve (bateria). Começamos a banda em 2015, lançamos o EP The Offering em 2017, quando nos juntamos à família Century Media Records e, de momento, estamos em tournée a tocar em festivais europeus como suporte do nosso próximo álbum.

Quando surgiram e com que objetivos?
NG: Eu sou da Califórnia, assim como o nosso baixista. O meu objetivo com qualquer registo é sempre priorizar a expressão emocional sobre a teatralidade técnica ou classificação de género.
ALEX RICHICHI (AR): O baterista e eu moramos no nordeste americano. Um lugar de neve e temperamentos grosseiros. O objetivo é criar música honesta que provoque uma resposta emocional dos nossos ouvintes.

Que outras experiências musicais tiveram antes dos The Offering?
NG: Comecei muito jovem com a guitarra clássica, mas já mais velho fui atraído pelo som dos guitar hero/blues, como Al Di Meola, Steve Vai e Zakk Wylde e mais tarde metal de todos os géneros. Hoje em dia tenho a mesma satisfação em compor músicas para um vídeojogo, como escrever um riff de heavy metal. Curiosamente, as minhas experiências de bandas anteriores foram todas bandas punk, mesmo que não ouça tanto quanto deveria. Acho que a minha história ajuda todos os elementos da banda a entrarem na mesma página criativa.

AR: Antes dos The Offering estive mais ligado à cena punk underground de Boston. Antes disso, música clássica.

Para este álbum mudaram alguma coisa no vosso método de trabalho?
AR: A maior mudança desde o EP foi a mudança de membros. Cortando a gordura e passando de um quinteto a um power trio com um cantor, Nish e eu fomos capazes de nos concentrar mais nos conceitos gerais e na paleta emocional da música.

Outra diferença é a entrada de um novo baixista. Desde quando ele está a trabalhar com a banda? Teve oportunidade de colaborar no processo criativo deste novo álbum?
NG: Spencer juntou-se à banda depois de termos resolvido as músicas. Teve uma ótima abordagem com a música e demonstrou muita paciência e disciplina quando trabalhou comigo durante a gravação. Encorajei-o a ser ele próprio e a mostrar a sua personalidade através do baixo, praticando em casa. Embora não tenha contribuído para a escrita, a sua presença teve, claramente, um impacto positivo em todos durante o processo de gravação. Definitivamente irei tentar destacá-lo mais no próximo disco, porque adoro o seu estilo de tocar baixo.

Portanto, o vosso primeiro longa-duração está cá fora. Quais são as vossas expetativas?
AR: A minha expetativa é apenas ser levado a sério. É quase impossível para uma nova banda romper e ganhar a vida com a música. Como músico mais jovem, especialmente no metal, onde o a idade média das bandas é um pouco mais velha, apenas esperamos começar uma carreira e chegar ao maior número possível de fãs.

Os The Offering têm sido descritos como praticando um tipo incrivelmente dinâmico de heavy metal. Mas, nas vossas palavras, como descreveriam a vossa música?
NG: Eu não gosto de discutir subgéneros no metal, embora saiba que é uma grande parte da cultura do metal e das compras de discos. Simplesmente recomendo aos ouvintes de metal que querem ouvir algo novo, embora Fresh Metal não seja realmente um nome atraente. Se eu fosse outra pessoa e alguém me desse o Home, mesmo que não gostasse, certamente o apreciaria por tentar ser original.

Que outros projetos têm em mente realizar nos próximos tempos?
NG: Queremos andar muito em tournée com este álbum e aperfeiçoar o nosso espetáculo ao vivo. Estas músicas são desafiadoras, mas são absolutamente o som desta banda. Gostaria de ter a certeza de que estamos confiantes ou facilmente capazes de saber como o som desta banda é traduzido ao vivo, antes de iniciarmos as composições para o álbum número 2.

Por falarem em tournées, o que têm planeado?
AR: Acabamos de fazer um pequeno festival aqui na Europa. Tivemos a sorte de tocar nalguns grandes festivais como o Fezen e o lendário Wacken, que para nós era um sonho. Quanto a tours futuras, temos algumas coisas em andamento e estamos esperançados em poder finalizer uma tour Americana e outra europeia no próximo ano.



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