Algumas
das músicas do novo álbum dos The Dead Daisies, Locked
And Loaded, já tinham surgido em anteriores álbuns da banda; outras são
faixas que o coletivo costuma tocar ao vivo. De uma forma ou de outra, Locked
And Loaded é um tributo aos grandes nomes do rock que inspiraram os
membros dos The Dead Daisies e, ao mesmo tempo, mais uma oportunidade para
ouvir canções imortais executadas por grandes músicos. Enquanto um novo álbum
de originais não surge, David Lowy respondeu a Via Nocturna e deixou aberta a
possibilidade de um novo regresso ao nosso país durante o próximo ano.
Olá
David! Obrigado pela tua disponibilidade. Antes de mais, como é que conseguiram
reunir este line-up fantástico?
Obrigado eu.
Nós somos todos bons amigos e apaixonados pela música e gostamos mesmo de
colaborar quando escrevemos, gravamos e atuamos. Juntos passamos o entusiasmo
para os nossos fãs. Todos adoramos o mesmo tipo de rock e trazemos a
nossa própria alma para a banda. É por isso que fazemos sempre algo de novo e
vamos evoluindo e é isso que nos torna tão únicos e que faz com os nossos fãs
nos adorem. É tudo música e essa é a base dos The Dead Daisies.
Locked
and Loaded é o vosso novo álbum e reune uma coleção de versões que podem ser
encontradas noutros álbums vossos, certo?
Sim. Inclui
ainda outros temas que nós adoramos tocar nos concertos.
No
vosso primeiro álbum, têm uma música chamada Lock’n’Load. Locked And Loaded é uma referência a essa música?
Não, a música
foi originalmente escrita por Jon Stevens que começou a banda em 2013.
Ele escreveu-a com o Slash. Quando a ouvi achei que era um grande tema
para o primeiro álbum dos The Dead Daisies. Por isso decidimos
incluí-las.
Nesta
coleção de temas há uma interessante variação no tempo. Todos estes artistas
foram, de alguma forma ou em algum momento, uma inspiração?
Neste álbum
está incluído um conjunto de versões que cobrem um alargado período de tempo. Estas são as canções que os membro da banda,
de forma coletiva, gostam e as quais, numa determinada fase, inspiraram as
nossas carreiras. Somos fãs de música rock e gostamos de tocar versões,
por isso, quando os fãs começam a pedir, é natural, para nós, lançar uma
coleção de versões.
Tendo
nascido em Sidney, achas que ainda pertencem lá com um line-up tão internacional?
Mesmo tendo
começado em Sidney, sempre tivemos músicos dos EUA. A primeira tour que
fizemos tínhamos Richard Fortus e Charley Drayton. Desde sempre
que a banda tem sido um coletivo musical com diferentes membros.
Estás
envolvido em mais algum projeto?
Estou
envolvido em outros projetos, embora não relacionados com a música. De vez em
quando coescrevo com outros autores e, recentemente, fiz um espetáculo com a
banda de Marco.
Vão
apresentar este álbum ao vivo? É fácil conciliar as agendas de todos?
Estamos a
trabalhar em algumas coisas. Temos muitas ideias criativas e os fãs irão gostar
do nosso espetáculo ao vivo no próximo ano, quando tivermos completado o novo
álbum. Precisamos de tempo porque gostamos de estar juntos… escrever, gravar e
fazer jams juntos… mas não é fácil.
Ao
longo da vossa carreira tiveram oportunidade de tocar em Cuba e no Polish Woodstock. Há outros objetivos do género para alcançar?
Eu não penso
dessa forma. Apenas quero escrever, gravar e tocar a música rock ‘n’ roll
que gosto. Estou certo que os managers surgirão com outras fantásticas
oportunidades para tocar para os fãs de rock.
Obrigado,
David! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Espero encontrar
os nossos fãs em Portugal! Já tocamos aí algumas vezes e adoramos a energia e a
vibe do público português. É um belo país com excelentes pessoas. Mal
podemos esperar por ir aí no próximo ano.
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