Entrevista: SIStema


Os SIStema são uma banda de punk e metal formada em Lisboa em 2007. Constituídos por Rafa na voz, João Fininho na guitarra solo, CR7 na guitarra ritmo, Luís no baixo e Pedro na bateria, têm lançado um split vinil com os Albert Fish em 2012, o álbum Caos, em 2013 e a participação ca compilação O Som das Ruas, em 2015. No passado sábado, 21 de setembro, a banda juntou-se a um evento solidário, Juntos pelo Santiago, organizado pela Margarida Vieira Louro, nos Nirvana Studio. Foi este um dos tópicos de conversa com com o beermonster Rafa.

Olá, obrigado! Como começaram os SIStema?
Tudo começou em 2007,era guitarrista de uma banda, depois juntei uns amigos na brincadeira, e foi tudo à base de amigos.

Qual a origem do vosso nome?
Sistema, e o sistema e relaciona-se com a sociedade, em que vivemos. 

Gostam mais de atuar em salas pequenas ou salas grandes?
Sinceramente, em salas pequenas, cria se um ambiente familiar. Já tocamos em salas grandes e é completamente diferente. 

Quais as vossas referências e influências musicais?
Cada um tem as suas influências é um misto de punk, rock e metal, é um misto de cada um. É uma mistura. 

Os SIStema passaram uma má fase, foram boicotados. Ficou a dever-se a quê?
As pessoas julgam que nós devemos tocar quando eles querem, mas não é assim que as coisas funcionam. O pessoal, que nos seguia, deixou de nos seguir e andaram a falar mal da banda, mas felizmente já passou, já ultrapassamos essa fase. 

Tem um novo CD a sair, atribulado com a mudança de formação. Como se encontra a banda atualmente? 
Tínhamos um elemento da banda que se portou mal connosco, foi um bocado a covardia, ele foi covarde e como ele saiu, tivemos de gravar tudo de novo, e os custos foram acrescentados, mas agora já estamos bem. 

Como vês atualmente, o estado de saúde do rock em Portugal? 
Na minha opinião mal, já esteve pior... Temos grandes bandas, excelentes músicos, muita vontade, mas pouco apoio. O que se faz por cá, vem do suor próprio e muita vontade, mas os apoios são muitos escassos. O público também é preguiçoso e culpado... Preferem gastar 200 euros, em festivais beras, do que pagar 5 ou 10 euros, em bandas de qualidade... assim, nunca lá iremos. 

Que temas abordam como mensagem? 
SIStema fala do dia-a-dia da banda, como cerveja, festa, camaradagem e temas que nos afetam... Sim, mais de cerveja e afins, mas basicamente isto... Somos uma banda apolítica. Cada um de nós tem os seus ideais e gostos, mas para que fique bem ciente, SIStema está além de políticas, clubices ou crenças. Essas tretas, para nós, não têm espaço na banda! Somos uma família, em que a base é a camaradagem. 

Tem algum ritual ao subir ao palco? 
Temos a cerveja, como combustível. Sem ela não tocamos. 

Recentemente participaram num concerto solidário, Juntos pelo Santiago. O que vos motivou a aceitarem o convite da Margarida?
Concertos solidários, SIStema aceita sempre! Não foi o primeiro, nem será o último. Estamos sempre disponíveis, pelas nobres causas!

Acham que as bandas em geral deveriam ter um lado mais solidário?
Acho e devem mesmo... A música faz parte das nossas vidas. Há inclusive malhas que a todos nós nos marcam de uma forma ou de outra. A música tem o poder de nos levar a encarar o mundo lá fora, com outra postura! Nós, SIStema, não conseguimos lidar com injustiças. SIStema foi fundado com base em certos valores... Não abdicamos deles. No que pudermos fazer ao nosso alcance para um futuro melhor, cá estaremos! Quanto às bandas em geral, cada um que fale por si... Nós, SIStema, somos assim e não vergamos!

Sentiram que conseguiram superar as expetativas em prol do evento?
Sempre complicado um concerto solidário... Mas correu bem, creio eu! A data não ajudou muito, pois havia mais gigs nesse dia e chovia a potes... O tuga é comodista por natureza. Mas foi bastante positivo...Bastante mesmo! Parabéns a todos os que abraçaram esta causa, e principalmente à Margarida, que foi incansável e de garra fenomenal!

O que podem esperar os vossos admiradores, neste ano de 2019?
Melhor que 2018 vai ser de certeza. Temos novos projetos em vista, vamos fazer uma tournée pelo país, de norte a sul e vai correr bem, estamos com fé nisso. 

Querem deixar uma mensagem para os vossos seguidores, aqui na Via Nocturna? 
Bebam muito e paguem umas jolas
[Entrevista: Rita Sequeira]

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