Entrevista: Frontback


Os Frontback são mais um dos exemplos de como tudo é diferente na Suécia. A sua vocalista, Anlo Front venceu uma competição chamada… Sweden’s Rock Voice e com isso a banda teve oportunidade de atuar num dos principais canais televisivos do seu país. Portanto, um país que não se importa com o barulho do rock ‘n’ roll e, se calhar por isso, este terceiro álbum da banda se chamar, precisamente, Don’t Mind The Noise. Para nos contar tudo, eis o guitarrista Axel Graneskog.

Olá Axel, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo vosso álbum. Em primeiro lugar, podes apresentar a banda aos hardrockers portugueses?
Olá Daniel, obrigado por nos receber e pela ótima review ao álbum! Absolutamente, os Frontback são uma banda sueca de rock que tenta misturar muita energia com vocais cativantes e um bom e puro rock’n’roll na música e no palco.

Quais são as vossas principais influências?
Esta é uma boa pergunta. Na banda, todos temos um gosto bastante amplo de música rock, e isso leva a como a música dos Frontback é criada. Tudo, desde The Hives, Royal Republic, Iron Maiden, Green Day, Def Leppard ao rock mais antigo, mas também a coisas mais pesadas do black & death metal. Claro que não ouves death ou black metal nas nossas músicas, mas, por exemplo, o nosso baixista usa um baixo de 5 cordas. Isso leva a que possamos ter algumas partes mais pesadas aqui e ali também. Faz muito com o som e o feeling.

Como definirias Don’t Mind The Noise para os nossos leitores que não vos conhecem?
Acho que uma boa descrição é que é um álbum de rock cativante, muito energético, com muita força e ótimos vocais, misturado com uma produção algo moderna. Na minha opinião, o álbum mostra muito bem quem somos.

Podemos considerar este o vosso álbum com o toque mais moderno da carreira? Foi premeditado?
Sim, talvez seja. Pelo menos, de certa forma. O nosso primeiro álbum, Born With A Secret, parecia bem diferente de como soamos hoje. O segundo álbum, Heart Of A Lion, foi mais puro rock'n'roll e acho que é este álbum que mostra que descobrimos como queremos escrever músicas. Acho que este novo álbum é uma mistura muito boa do som mais cru do Heart Of A Lion, com alguns toques modernos. Desta vez, também trabalhamos com outro produtor, Nicklas Eklund (Starlab Studios) e antes ouvimos algumas das suas produções mais modernas e ficamos empolgados ao ver o que ele queria experimentar e adicionar à produção de músicas. Acabou por ser uma combinação muito boa.

Sendo este já o vosso terceiro álbum, consideras que foi o mais difícil de criar? Por quê?
Criar música demora sempre muito tempo, mas acho que o processo de composição das músicas está cada vez mais suave. Pessoalmente, houve algumas coisas há alguns anos que naturalmente afetou o processo. "A vida acontece" como diz a nossa vocalista Anlo, mas estamos muito orgulhosos do novo álbum e será muito divertido poder mostrá-lo a todos!

Desta vez, qual foi a vossa abordagem no processo de composição? A mesma dos álbuns anteriores ou tentaram algo diferente?
Praticamente o mesmo, sim. Desta vez escrevemos algumas das músicas mais por nós mesmos e depois trabalhamos nelas em conjunto. Mas o objetivo principal é sempre que queremos escrever músicas nas quais acreditamos e gostamos. Quando temos o sentimento certo numa música ficamos felizes.

Anlo venceu o Sweden’s Rock Voice numa competição com mais de 1000 concorrentes. Acredito que seja uma importante marca para ela e para a banda. Sentiram que essa vitória trouxe benefícios reais para a banda?
Sim, com certeza isso ajudou-nos no caminho a seguir. Dá muita motivação à banda e, por exemplo, tocamos para todo o país num dos maiores canais de televisão da Suécia. Foi ótimo!

Como estão a ser preparados os espetáculos com os Thundermother?
Onde quer que toquemos, tentamos sempre fazer um espetáculo com muita energia e coração, por isso estamos ansiosos para fazer isso ao vivo nesses shows. Também garantiremos misturar o setlist com músicas novas e mais antigas.

Que mais têm planeado para levar estas música para palco?
Agora vamos tentar promover o nosso novo álbum ao vivo, tanto quanto possível. Começaremos uma tournée pela Suécia neste outono e inverno, mas depois também iremos ao estrangeiro. Agora, já estamos a agendar espetáculos para 2020 e estamos ansiosos para ver para onde vamos!

Obrigado Axel. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado Daniel pelo convite! Apenas quero agradecer a todos que nos apoiam de alguma forma. Isso significa muito! Vemo-nos na estrada em algum lugar, tem um bom dia e hei, confiram o álbum e digam o que pensam!

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