Cinco anos depois de The Calm Hunter e com um novo baterista, os Isole, banda-irmã dos Ereb Altor, também
se associaram à Hammerheart Records para o lançamento de Dystopia. A escassos dias de ambas as bandas
iniciarem a sua tournée com os In The
Woods… falamos com o guitarrista e vocalista Daniel Bryntse sobre este novo
álbum e a tour que se avizinha.
Olá Daniel! Obrigado
pela disponibilidade e parabéns pelo vosso novo álbum Dystopia. Mas, o que se passou para demorarem tanto tempo entre o álbum
anterior e este?
Não tenho muita certeza de ser
capaz de identificar exatamente o motivo pelo qual houve - pelo menos para nós
- um tempo extraordinariamente longo entre os álbuns. Eu acho que em parte pode
ser explicado pelo facto da maioria de nós ter estado ativo com outras bandas e
projetos e em parte porque talvez precisássemos "recarregar" um pouco
depois de lançar vários álbuns dentro de um período de tempo bastante curto. Não
foi nada que planeássemos ou que fosse discutido… simplesmente aconteceu.
Portanto, como não
estiveram parados, o que fizeram durante este período?
Como banda, realmente não
fizemos muito. Houve algumas tours
curtas e distanciadas, mas nada mais, na verdade. É claro que estivemos a
trabalhar em novos materiais, de forma intermitente durante esse semi-hiato.
Depois do último
álbum, mudaram de baterista. Desde quando está Victor Parri convosco? Já teve oportunidade
de colaborar na criação destas novas músicas?
Sim. Ele tem alguns créditos
na escrita do álbum, além de ter mãos livres para trabalhar em muitas partes da
bateria. Ele fez a sua estreia com a banda tocando uma música durante a festa
de lançamento de The Calm Hunter, que
também foi o espetáculo de despedida de Jonas.
Nós tínhamos um pé na porta
através da minha e de Crister outra banda, Ereb
Altor, que naquela altura já tinha assinado com a Hammerheart. E conseguimos colocar o outro pé.
Por que a escolha de
um título como Dystopia? Que temáticas abordam neste álbum?
Eu não diria que o álbum tem
um conceito abrangente, mas há algumas músicas que refletem sobre alguns dos
perigos reais no mundo de hoje e para onde podemos estar a ir num futuro não
muito distante - “em direção à distopia ”. Mas há também os temas mais
"típicos" do doom, como
tristeza, desespero e por aí fora.
Como definirias Dystopia, no conjunto da vossa discografia?
É simplesmente um álbum de Isole. Acho que os antigos ouvintes
reconhecerão a abordagem musical geral que adotamos neste álbum. Há indícios dos
nossos dias anteriores, mais orientados para a destruição, enquanto mantemos
aquele som progressivo melódico e levemente aberto dos nossos álbuns
posteriores. Ocasionalmente aromatizado com pitadas de inspiração que vão desde
o heavy metal ao death metal.
Em breve iniciarão
uma tournée com os In The Woods e com a vossa banda
irmã, Ereb Altor. Quais são as vossas expetativas?
Tento não ter nenhuma
expetativa de antemão. Afinal, nada acontece como se prevê. Mas espero alguns
bons espetáculos, conhecer pessoas fixes e divertir-me. E um pouco de exaustão,
já que tocarei duas vezes todas as noites (com Isole e Ereb Altor).
E o vossos fãs? O que
podem esperar eles?
Eles podem esperar ser presenteados
com uma mistura de músicas novas e antigas e, quanto a nós, apresentarmos o
melhor espetáculo que conseguirmos.
Obrigado Daniel! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Nada mais que um
agradecimento aos nossos fãs - antigos e novos - e a vocês pelo vosso apoio! Rock'n'roll!
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