Moon Over Baskerville
permitiu a Marty Punch vencer o German Rock & Pop Awards 2015.
Algumas portas se abriram, mas o músico alemão não deixou de ter os pés bem
assentes na terra e com humildade e trabalho partiu para a concretização do
segundo disco do seu projeto Marty And The Bad Punch. Assim surge Walk A
Straight Line que volta a contar com uma lista incrível de grandes músicos.
Percebamos como…
Olá
Marty, obrigado pela tua disponibilidade. Depois de Moon After Baskerville, quais foram os teus objetivos
quando começaste a trabalhar em Walk A Straight Line?
Bem, inicialmente não queria fazer um segundo álbum.
Mas tinha tantas ideias da primeira sessão de escrita e também novas ideias em
mente, que disse para mim mesmo... vamos fazer um segundo álbum. Mas queria fazer
algo um pouco diferente, a soar mais aos anos 80 com um enorme som de bateria e
um pouco mais de teclado.
Quanto anos passaram desde a tua estreia? Como utilizaste
este tempo?
Foram seis anos. Moon Over Baskerville foi
lançado em outubro de 2014. Eu sou um compositor que precisa de tempo… (risos).
E também tenho um emprego diário. Portanto, não é fácil encontrar tempo entre o
trabalho e a composição.
O primeiro álbum permitiu-te ser galardoado com
alguns prémios. Que efeito tiveram esses prémios no teu processo criativo? Sentiste
uma maior pressão ou mais responsabilidade na altura em que começaste a
escrever o novo álbum?
Com certeza, foi incrível ganhar esses prémios! Os prémios
ajudaram a abrir algumas portas, mas não tiveram nenhum impacto no meu processo
criativo para o segundo álbum. Não houve absolutamente nenhuma pressão. Quero
dizer, nada mudou. Ainda estou a fazer tudo isto como um hobby - estou a
escrever as músicas que gosto. E estou muito feliz com o álbum. As diferentes
músicas e estilos musicais, os convidados, a arte, o vinil - é um ótimo álbum
que eu posso colocar na minha coleção de vinil e tenho muito orgulho disso.
Falando em prémios, o novo álbum também está no
bom caminho - o single Zakopane foi o hit número 1 na Polónia! Um começo muito bom para este novo
lançamento…
OOOOOH Sim! Foi uma surpresa e estou muito orgulhoso e feliz por o
primeiro single Zakopane ter sido tão bem recebido na Polónia. Tem tido muito
Radio Airplay por lá e recebi ótimos comentários. Por falar nisso -
também recebi muitas boas respostas dos outros singles. Universe com
Frank Pané (Bonfire) e com certeza o mais novo single My
Demons com Bruce Kulick (KISS/Grand Funk Railroad).
Como analisas o Walk A Straight Line, especialmente em
comparação com a tua estreia?
Oh, o primeiro álbum foi mais orientado para o som do Classic Rock
do final dos anos 70 e o Walk A Straight Line é definitivamente um
"filho dos anos 80"! Há muito mais variações de estilos de música neste
Walk A Sraight Line. Podes encontrar músicas como The Last Song
que poderia ser uma música dos Dire Straits, a faixa-título é única e
lembra-me Russ Ballard dos anos 80, Zakopane poderia estar num
álbum de Mike Oldfield com os sinos tubulares adicionados. Mas também é
possível encontrar músicas ao estilo do primeiro álbum - That Girl, My
Demons e Say Hi To Eileen.
Quanto tempo demoraste a criar este álbum,
considerando inclusive que é um álbum duplo?
Como disse anteriormente, tenho um emprego diário, pelo
que não é fácil encontrar tempo entre trabalho e composição. A ideia de Walk
A Straight Line nasceu logo após a conquista do German Rock & Pop
Awards em 2015. Tive sempre ideias para novas músicas e trabalhei nelas.
Como no final tinha tantas músicas, não tive outra hipótese senão colocá-las
num duplo álbum. Precisas perceber que eu odeio o CD. Sou maníaco por vinil e
adoro ter as minhas próprias músicas em vinil na minha coleção (risos). E a
versão em vinil precisa ser perfeita - do trabalho artístico à qualidade do
vinil. Assim, para responder à tua pergunta, no total foram necessários 5 anos
para criar este álbum em vinil.
Neste álbum, tens a colaboração de alguns
excelentes músicos. Como conseguiste a sua prestação?
Também sou editor de uma revista de música on-line
e tenho o meu próprio blog/fb chamado Marty´s Rock House e
tenho feito, também, muitas entrevistas com músicos. Tenho muitos amigos na
música e aprendi muito com eles. Sarah Straub é uma colega da editora do
primeiro álbum que conheço desde essa altura. Sempre quis trabalhar com ela
porque tem uma voz absolutamente deslumbrante. Podem ouvi-la no dueto com David
Cagle na música Feels Like Heaven. Esse será o quarto single
que sairá na terceira semana de março. Acabamos de gravar um vídeo com Sarah e
David e estou realmente ansioso por esse lançamento. JK Northrup e eu
somos amigos há muito tempo - e também sou um grande fã seu. Apenas lhe
perguntei se queria assumir a voz em The Story Of Making Of A Straight Line
e imediatamente disse sim. Depois disso, perguntei se também queria fazer um
solo no álbum e ele fez o solo mais longo de todos os tempos desde Southbound
Train. Quanto a Frank Pané, eu sou um grande fã dos Bonfire e
Frank é, simplesmente, o melhor guitarrista aqui na Alemanha. Adoro a sua
maneira de tocar e também já o conheço há muitos anos. Ele também disse
imediatamente que sim para tocar um solo no álbum. Quanto a Tommy Denander,
lembro-me de ele ter perguntado se poderia contribuir com um solo no álbum e como ele
também é amigo de Bruce Kulick, então entrei em contato com Bruce…
Estás envolvido em mais algum projeto?
Sim, o Better
Be Strong – Allstar Project. Uma regravação do primeiro álbum produzido por Tommy
Denander com os vocais convidados de Robert Tepper, David Cagle,
Steph Honde, Mick White e muitos outros. Ainda estou à procura uma
organização de solidariedade social porque quero fazer algo de bom com este
projeto e dar algo às pessoas mais necessitadas. Não há planos para concluir
isto, mas confiram a página facebook e mantenham-se informados.
Pronto para subir ao
palco? O que tens planificado a este nível?
Gostaria muito de subir ao palco com a minha música,
mas sou exigente com o meu trabalho e com certeza quero que seja perfeito. Não
quero trabalhar com músicos de hobby, quero trabalhar com músicos
profissionais para que tudo saia perfeito. E, certamente, isso também será
caro. Eu não posso fazer um pay to play gig e simplesmente não aceito
isso. Se a procura certa dos fãs por espetáculos ao vivo estiver lá, certamente
o farei, mas a partir de agora não vou mais fazer espetáculos ao vivo. Vamos ver...
Muito obrigado, Marty! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
De nada, Pedro. Muito obrigado pelo convite. Também
quero agradecer a todos os meus novos amigos e fãs de todo o mundo. Espero que
gostem deste álbum tanto quanto eu. E continuem sempre a perseguir os vossos
sonhos!
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