Entrevista: Helltrail


Loud & dirty! E assim se apresentam os quatro cavaleiros do groove, oriundos da região de Rhine, na Alemanha, no seu primeiro longa-duração intitulado Off A Six Foot Town. Grooves pesados, ganchos catchy e coros na tradição dos Motörhead, Black Label Society e Psychopunch e riffs furiosos à Pantera/Metallica/Megadeth, são as suas principais referências. Achim Lanzendorf, vocalista e guitarrista, foi o porta-voz da banda nesta sua apresentação.

Olá Achim, obrigado pela disponibilidade. Os Helltrail ainda não são uma banda muito conhecida, pelo que te pediria que apresentasses a banda aos metalheads portugueses
Somos os Helltrail da Alemanha e estamos orgulhosos em vos apresentar o nosso primeiro álbum. Se procuram uma banda a tocar de verdade e com um som cru, sem ser nenhum hypercorrect new-core-whatever metal, sem teclados adicionais nem overdubs nos coros, aqui estamos nós. Apenas bateria, baixo, guitarras e vocais, agitando backbeats lentos ou músicas thrashy uptempo.

O que vos motivou a criar esta banda?
Pergunta fácil: divertirmo-nos a tocar música barulhenta!

Quais são as vossas principais influências tanto no aspeto lírico, quanto musical?
Obviamente, a música é influenciada por vários estilos de metal. Grooves pesados ​​como Black Sabbath ou Black Label, batidas groovy como riffs Pantera, mas também batidas uptempo diretas de muitas bandas famosas da Bay Area, como Testament, Metallica, Anthrax, por exemplo. Os nossos membros ouvem uma grande variedade de música. Às vezes são quatro pessoas com gostos muito diferentes. Para além disso, mais do que rock, variamos do hard rock da velha escola até ao dark metal. Em termos líricos, trata-se principalmente de coisas pelas quais passei na minha vida ou histórias que acontecem apenas na minha cabeça. Acho que muitas vezes há muito espaço para todos, para adaptar os temas à sua situação pessoal.

Como definirias a vossa estreia Off A Six Foot Town, para quem não conhece a banda?
De uma maneira curta? Como um amigo afirmou: "soa como os velhos Metallica ou Megadeth, enquanto os Pantera e os Black Label têm um bebé..."

Que objetivos tentam alcançar com esta coleção de músicas?
Não é um álbum conceptual, portanto, não há nada por trás que conte uma história que una todas as músicas. Limitamo-nos a escolher as melhores músicas do nosso repertório e colocamo-las no álbum.

Como surge este título? Há alguma mensagem subjacente?
Durante alguns anos moramos em cidades maiores, mas a maioria de nós decidiu mudar-se para aldeias menores. Em vez de "sim, adoramos viver em Los Angeles" nós não somos uma banda de uma grande área famosa. Então, por um lado, com este disco, estamos de volta ao mundo e, por outro, ainda estamos a sair do campo...

A experiência em estúdio foi um pouco complicada. O que aconteceu realmente?
Foi um resumo de várias coisas. O computador principal falhou totalmente, alguns equipamentos, como o channelstrip ou os amplificadores de guitarra, morreram durante as gravações e o pior foi um roubo. Uma experiência estranha, quando se entra em estúdio e se encontram pessoas que nunca se viram antes a guardar todas as tuas coisas...

E por essa altura, também o vosso baterista sofreu um grave acidente, não foi? Já está tudo bem com ele agora?
Sim, mas infelizmente demorou alguns meses após o acidente de moto para ter, novamente, o braço esquerdo em funcionamento. Outro motivo por que este álbum demorou tanto a ser terminado.

Já tiveram oportunidade de tocar estas músicas ao vivo? E o que têm mais agendado para os próximos tempos?
Fizemos um espetáculo de teste num clube no final do ano passado. Para 2020, haverá alguns espetáculos na Alemanha, que anunciaremos data a data. Temos planeada a gravação de um vídeo para abril que esteve agendada para fevereiro. O primeiro vídeo será lançado o mais rápido possível.

Muito obrigado Achim! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pelo teu interesse Pedro. Quando começarmos a agendar, tentaremos encontrar uma agência adequada e adoraríamos tocar em Portugal!

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