Entrevista: Fatal Embrace


Cada vez mais obscuros, maléficos e pesados, os Fatal Embrace demoraram quatro a colocar cá fora um novo álbum. Operation Genocide foi o resultado de um período conturbado no seio da banda de Berlim, situação que ainda se verifica. Independentemente disso, os thrashers voltam a não desiludir com o seu registo violento, mas melódico. Falámos com o vocalista Dirk Heiland que nos esclareceu tudo.

Olá Dirk! Com uma carreira tão longa, o que nos podes dizer a respeito deste novo álbum Operation Genocide?
Bem, é um álbum muito variado, típicamente Fatal Embrace, coisas muito rápidas e faixas lentas, extremas, mas também muito melódicas. Eu acho que é mais um passo em frente, outra lição de violência...

Por que razão o álbum se chama Operation Genocide? Há alguma mensagem política subjacente?
A humanidade está a destruir-se. Receio que num previsível future surjam guerras civis, pelo menos é o que aparenta. Daí o título do álbum. Alguns poderes, ditadores e bilionários estão a fazer de tudo para garantir que haverá outra guerra mundial. E aí teremos, definitivamente, o inferno na terra. Mas, na verdade, os Fatal Embrace não são uma banda política. Somos uma banda do inferno e escrevemos sobre o lado sombrio de todos nós.

Olhando para os títulos das músicas, podemos adivinhar que o aspecto lírico é muito agressivo. Que temáticas abordam nas letras?
Os nossos textos tratam de Satanás, morte, inferno e diabo, o viveiro do mal, fantasias doentias, atrocidades, loucos, assassinos em massa, agressores sexuais perversos doentes, açougueiros humanos, canibais insanos. Tudo isto está relacionado com o nosso mundo destruído. Como já disse, o mundo é governado por criminosos absolutos e os seus poderes insanos, e isso é realmente assustador.

Passaram quatro anos desde o vosso último álbum, Slaughter To Survive. O que fizeram durante este tempo?
Sim, 4 longos anos, muito tempo. Fizemos concertos, trabalhamos nos nossos empregos, escrevemos novas músicas, mas começamos a divergir. Ensaiamos cada vez menos e de momento a banda está parcialmente em reformulação. Mas ficará tudo bem.

Como decorreu a experiência no estúdio? Tudo como programado?
Sim, correu tudo bem em estúdio, mas demorou muito tempo. Mas o resultado está ótimo e muito bem produzido pelo nosso produtor Matze Wendt.

Já tiveram a oportunidade de apresentar estas músicas ao vivo? Que mais têm programado neste campo?
Fizemos alguns espetáculos com as novas músicas e as reações às novas faixas foram muito boas. Nesta altura estamos a testar novos músicos, queremos escrever novas músicas para o próximo álbum e queremos voltar ao vivo, quando estivermos 100% completos. Queremos voltar aos concertos novamente.

Muito obrigado, Dirk! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pela entrevista e uma saudação metálica aos leitores, permaneçam negros, brutais e pesados.

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