Review: Metal City (RAVEN)

 

Metal City (RAVEN)

(2020, Steamhammer/SPV)

[Lançamento: 18/setembro/2020]

 

Há cada vez mais bandas novas a olhar para o passado. Os veteranos Raven fazem o oposto: olham para o futuro! E cinco anos após o obscuro Extermination regressam noutro nível – o nível da banda desenhada! Mas continuam a ser (ou quase!) a banda mais selvagem do mundo, como orgulhosamente ostentam na capa de Metal City, o seu novo registo. Metal City é um álbum frenético, cheio de energia, com uma bateria completamente tresloucada (cortesia de Mike Heller, o novo elemento), um baixo endiabrado e solos completamente atípicos e inimagináveis. E sempre a abrir! Os três primeiros temas são fortes, rápidos, num frenesim autêntico, onde o speed de The Power e Top Of The Mountain dão lugar ao thrash de Human Race. Mas este tema também traz um break harmónico que dá passagem a um solo melódico… antes de voltar ao poderio de uns Raven cada vez mais belicistas! Quando chegarmos a Newcastle, quer dizer a Metal City (tema que homenageia a sua cidade natal), a coisa acalma um pouco, é mais compassada, há até algo de prog, mas rapidamente começa a acelerar, até porque o power trio percebe que depressa e bem… só mesmo eles! E a melhor fase do disco está aí: as memórias dos anos 80 de Battlescarred fazem deste uma malha inolvidável; já Cybertron volta a trazer o thrash num registo que tanto se aproxima dos Megadeth, como dos Rage. A seguir, volta o mesmo frenesim de uma bateria louca com a mais curta e direta Motorheadin’ (sim, não é só no título que lembra os Motörhead). Até aqui, Metal City revela-se um álbum sensacional, mas a quebra final é bem percetível. Not So Easy até escapa num registo mais rock ‘n’ roll e tradicional, mas a maior agressividade de Break não resulta muito bem e a abordagem stoner/doom (a lembrar Black Sabbath) do longo When Worlds Collide, também não. No fundo, percebe-se a vontade do trio arriscar em registos diferenciados, mas essas aventuras umas vezes correm bem, outras não. E neste caso, quanto a nós, não correram muito bem. Ainda assim, saúda-se este regresso em grande forma: poderoso, enérgico, atiçado e bem equilibrado por cima. [82%]

 

Highlights

The Power, Metal City, Battlescarred, Cybertron, Not So Easy

 

Tracklist

1.      The Power

2.      Top Of The Mountain

3.      Human Race

4.      Metal City

5.      Battlescarred

6.      Cybertron

7.      Motorheadin’

8.      Not So Easy

9.      Break

10.  When Worlds Collide

 

Line-up

Mark Gallagher – guitarras, vocais

John Gallagher – vocais principais, baixo

Mike Heller – bateria

 

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Edição

Steamhammer/SPV   

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