Entrevista: Aeonblack



Há seis anos atrás conversávamos com os Aeonblack a propósito de Metal Bound. Muito tempo se passou, mas a banda alemã continuou fiel aos seus principios de fazer um metal poderoso e genuíno. Um teutonic metal na verdadeira aceção da palavra. Com um novo álbum nas lojas, impunha-se voltar a conversar com o coletivo. E quem nos respondeu foi o vocalista Holger Fehrke-Berger, o guitarista/baixista/teclista Michael Maunze Kan e o novo membro, o guitarrista/baixista Ferdinand Panknin.

 

Olá, pessoal, como estão? Seis anos depois, aqui estão de novo com uma nova dose de heavy metal. O que podem os fãs esperar de The Time Will Come?

Holger Fehrke-Berger (HFB): Olá Pedro, é bom que estejamos a fazer esta entrevista juntos novamente. Os fãs de metal podem esperar uma dose de Heavy Metal de primeira. Direto, pura adrenalina, puro metal.

Michael Maunze Kan (MMK): O novo álbum contém as marcas comerciais típicas dos Aeonblack adicionadas a algumas coisas novas como samples ou teclados. Com certeza irás ouvir a evolução musical da banda desde o Metal Bound.

 

A última vez que conversamos, em 2016, afirmaram que gostaria de tocar tanto quanto possível em qualquer lugar do mundo. Conseguiram alcançar esse objetivo?

HFB: Tivemos um ou outro espetáculo e também uma pequena tournée, mas ainda é difícil fazer shows como banda underground.

MMK: Na época de Covid, foi quase impossível tocar ao vivo. Fizemos o último ensaio em novembro do ano passado. De resto, é muito difícil conseguir espetáculos como uma banda quase desconhecida

Ferdinand Panknin (FP): Realmente gostaria de tocar em alguns lugares de Portugal. Como estive em Lisboa em 2018, aliás cidade muito bonita, descobri muitos pubs e discotecas de Rock e Metal. Portanto, se houver possibilidade, não hesitem em contactar-nos!

 

O que fizeram durante estes seis anos? E quando começaram a trabalhar neste novo álbum?

HFB: O que fizemos...? Por favor, deixa-me pensar um pouco. Conseguimos fazer alguns espetáculos e festivais, mas lá está, houve algumas mudanças na formação da banda e isso retardou o fluxo.

MMK: Escrever canções e testar baixistas.

 

Uma das primeiras e mais visíveis mudanças é que agora são um quarteto. Por que fizeram essa opção?

HFB: Não foi uma mudança intencional, ainda somos cinco pessoas, mas estamos à procura de um baixista.

MMK: No passado, foi sempre a coisa mais difícil de encontrar, os baixistas. Mas hoje em dia parece quase impossível. Não sei porquê.

FP: Eu respondi ao anúncio dos Aeonblack, pois estavam à procura de um baixista. Mas eu nunca toquei baixo nos Aeonblack, porque a posição para a guitarra estava livre. Bem, quando entrei no grupo.

 

Além disso, e como referiram, também há algumas mudanças na formação. Quando e por que aconteceram e como foi a adaptação dos novos membros?

HFB: Como dito antes, foi assim que aconteceu com a mudança de formação. As diferenças musicais foram a razão.

FP: Na minha opinião, foi muito fácil entrar no grupo. Eles foram muito amigáveis ​​e de mente aberta para mim e para as minhas ideias.

 

Para este novo disco tentaram algumas abordagens diferentes em comparação com o álbum anterior?

HFB: Oh sim, desta vez trabalhamos em paralelo. Ou seja, uma parte da banda gravou em casa e uma parte no estúdio.

MMK: Desta vez decidimos gravar guitarras não da maneira “clássica”. Testamos o Re-Amping e funcionou muito bem. Foi muito confortável gravar em casa e experimentar vários sons e configurações.

 

Então, na vossa opinião, chegará a hora de quê? Existe algum tipo de referências pandémicas neste título?

HFB: Não foi planeado dessa forma. Simplesmente aconteceu assim e agora encaixa-se perfeitamente com a época. A faixa-título é sobre a profecia de Nostradamus.

 

Como poderiam descrever o trabalho que Dennis Ward fez com o vosso álbum?

HFB: Dennis Ward é uma pessoa absolutamente fantástica e um especialista profissional. Ele sabe exatamente como esse tipo de música deve soar.

MMK: Foi muito fácil trabalhar com Dennis. Enviamos arquivos por e-mail ou esclarecemos todas as dúvidas abertas via telefone ou Skype.

 

Já lançaram um vídeo para a música Warriors Call. Por que escolheram essa música? Há mais vídeos a caminho?

HFB: Achamos que essa música reflete tudo o que são e representam os Aeonblack. Sim, há um segundo vídeo a caminho.

 

Falando em futuro, o que planeiam fazer depois desta época de pandemia?

HFB: Acho que vamos tentar novamente fazer vários espetáculos ao vivo.

 

Muito obrigado! Querem mandar alguma mensagem para os vossos fãs em Portugal?

HFB: Muito obrigado também por esta entrevista. Ah sim, legião de metal Aeonblack de Portugal. Vocês são muito, muito grandes apoiantes e se pudermos, vamos ao teu país e arrasar em alguns concertos. Nesse sentido, mantenham-se saudáveis ​​e horns up, metaleiros.



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