Entrevista: Toehider



Embora possa parecer um nome desconhecido em território europeu, o certo é que os Toehider já têm um catálogo com 12 álbuns no seu país natal, a Austrália. Mas, do resultado da junção entre Mike Mills e o designer Andrew Saltmarsh, I Like It! é já o quarto registo a juntar aos 12 citados. Portanto, muita experiência nesta banda e que é bem visível num I Like It! moderno e diversificado. Foi, precisamente, com o bem-humorado Mike Mills que falamos a respeito deste projeto e deste lançamento.

 

Olá Mike, tudo bem? Obrigado pela disponibilidade para esta entrevista. Embora os Toehider não sejam uma banda muito conhecida na Europa, as coisas estão prestes a mudar com o vosso novo álbum, I Like It!. O que nos podes dizer a respeito desta nova obra?

É verdade! Toehider é uma banda muito desconhecida, ela existe realmente? Por outro lado, o novo álbum é um verdadeiro foguete de dinamite. Puro entretenimento.

 

O álbum está programado para ser lançado em abril, mas já tinha sido lançado em setembro. Esse foi apenas digital ou apenas para o mercado australiano?

O que aconteceu foi que, durante 2018 e 2019, escrevi e gravei cerca de 40 músicas e lancei-as via Patreon. Depois pedi aos assinantes do Patreon para escolher as 12 melhores músicas e essas são as músicas que ouves no álbum! Eu gosto de dizer a brincar “se não gostam do álbum, a culpa é dos fãs!”

 

Desta vez tentaste algumas abordagens diferentes em comparação com os teus álbuns anteriores?

Tentei sempre espelhar o espectro emocional humano na música. Feliz, triste, zangado, engraçado, deprimido, etc. Este álbum é uma extensão dessa abordagem.

 

Ouvir I Like It! é impossível não gostar (risos)! E percebo uma grande diversidade de estilos e influências. Como consegues gerir essa mistura no teu processo criativo?

Obrigado! Isso vem de gostar de vários géneros diferentes e de estar muito curioso para ver se consigo escrever algo assim. Além disso, algumas músicas são escritas no teclado, outras na guitarra, algumas da perspetiva dos vocais, etc., portanto, esse também é um fator que contribui.

 

Com tudo isto dito, como definirias I Like It! para os nossos leitores que não te conhecem?

O coração está mais numa abordagem mais antiga de fazer álbuns. The Beatles, Beach Boys, Queen... Todos eles tinham álbuns onde cada música era bem diferente da anterior.

 

Na verdade, és responsável por um número impressionante de lançamentos. De que forma olhas para trás e analisas o teu trajeto?

Comecei a fazer o que faço por necessidade. Cansei-me de depender de membros das bandas e das lutas sobre qual direção uma banda deveria tomar. Também deixei de contribuir para contratar produtores e engenheiros (de qualquer maneira, nunca fiquei feliz com o resultado). Ouvir álbuns mais antigos é, ao mesmo tempo, constrangedor e encorajador. Posso ouvir que estou a melhorar como compositor e produtor, mas também é difícil para mim aceitar que os álbuns antigos não soam muito bem.

 

Como é que um artworker e designer aparecem num projeto musical e como tem sido esse trabalho com Andrew Saltmarsh?

Já temos colaborado há anos na troca de ideias e conceitos um com o outro. É uma ótima forma de trabalhar.

 

Já foi lançado o vídeo para He’s There... And Then He Does That. Por que escolheste este tema? Há mais vídeos previstos?

Escolher o single é sempre difícil e não houve outro motivo além da parte do piano no início soar muito bem. Talvez algo que chame a atenção do ouvinte?

 

Muito obrigado, Mike! Queres enviar alguma mensagem aos teus fãs?

Continuem a conduzir com responsabilidade e ouçam apenas Toehider, mais nenhuma música, por favor (senão ficarei com muitos ciúmes).



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