Torn Fabriks é o mais
recente nome do thrash metal nacional e vem demonstrar a vitalidade que
este movimento tem granjeado nos últimos tempos. É um power trio
constituído por nomes bem conhecidos do nosso panorama e que aqui surgem
influenciados pela vertente old school, ao qual associam uma forte
mensagem intervencionista. O visionário do projeto, Jorge Matos (Earth
Syndicate) falou-nos deste primeiro ano de vida e de Mind Consumption, o
primeiro registo da banda.
Viva Jorge, obrigado
por despenderem algum tempo com Via Nocturna. Os Torn Fabriks nasceram apenas
em 2020, não é verdade? Mas, neste curto espaço de tempo, como tem sido a
vossa existência?
Viva,
antes demais obrigado nós pelo interesse. Sim, Torn Fabriks fez neste
mês de março exatamente um ano. Tem sido um ano bastante positivo e até
arriscaria surpreendente, levando em consideração o nosso tempo de existência
enquanto banda.
Como e de onde nasceu
esta ideia de se juntarem neste projeto?
Este
projeto nasceu o ano passado durante primeiro confinamento geral, devido a uma
simples partilha de um vídeo da minha outra banda (Earth Syndicate) por
parte do Ricardo Santos (Morbid Death/Torn Fabriks) no seu
perfil. Foi criado assim um canal de comunicação entre mim e o Ricardo, que até
à data éramos perfeitos desconhecidos. Lembro-me de a certa altura lhe
perguntar e era fã de Thrash e de lhe enviar umas faixas que tinha guardadas na
gaveta, porque não encaixavam no meu outro projeto. Esta foi basicamente a
matriz de Torn Fabriks. Uns meses mais tarde juntou se a nós o Paulo
Soares (baterista de Torn/Rageful) e foi aí o ponto de
viragem para este projeto se tornar efetivamente numa banda.
Já tinham tido outras
experiências musicais anteriormente? Ou ainda mantém outros projetos em
simultâneo?
Sim,
como referi anteriormente o Ricardo tem os Morbid Death que dispensam
apresentações, o Paulo tem os Rageful e eu os Earth Syndicate. O
meu passado foi mais ligado ao crust (toquei nos Simbiose de 97 a
2001 se não estou em erro).
Algum significado para
um nome como Torn Fabriks? Como surgiu?
É
mais fácil explicar primeiro como surgiu e depois o significado (risos).
Inicialmente eu sugeri ao Ricardo a palavra "Fabrics" pois para além
de gostar da fonética e de como soava, havia uma ligação lírica à Dark Roots
Of The Earth de Testament. O Ricardo sugeriu então Torn Fabriks,
para não soar tão pobre. Por coincidência a junção das duas palavras tem todo a
ver connosco, três velhos trapos ainda no ativo nestas lides (risos).
Que nomes ou movimentos
mais vos influenciam? De onde vem a inspiração para os vossos temas?
Os
nomes que mais nos influenciam são obviamente os Testament, Kreator,
Destruction, Slayer, Sodom e todos aqueles nomes sonantes
do Thrash Metal old school. A nossa inspiração vem exatamente daí. Liricamente
falando inspiramo-nos nas nossas vivências, nas relações humanas e no dia a dia
comum a todos nós.
Os três singles de 2020
serviram como um teste à forma como a banda seria recebida?
Sim,
sem dúvida serviu exatamente para perceber de que forma seria aceite um projeto
como o nosso.
Depois desses três
singles, surge o EP Mind Consumption. Tem tudo aquilo que a banda pretendia
mostrar nesta fase?
Sim,
pode dizer-se que sim. Na altura em que conseguimos a parceria com o Pedro e
com a sua Firecum Records, foi tudo planeado à volta da elaboração do Mind
Consumption, desde o art work (Roger Esteves), até à
composição dos outros três temas presentes no EP.
Têm aproveitado a fase
de confinamento para compor novos temas?
Sim,
o próximo álbum está já a ser composto e posso adiantar até que já temos seis
músicas novas, compostas para esse fim.
A terminar, Jorge, mais
uma vez obrigado e dou-te a oportunidade de acrescentar algo mais ao que já foi
abordado nesta entrevista.
Mais uma vez nós é que agradecemos a oportunidade e aproveito para desejar saúde para todos, mantenham-se firmes que vamos ultrapassar esta pandemia que nos assola e nos priva da nossa liberdade e direitos mais básicos. Acreditem que em breve estaremos todos juntos novamente num qualquer festival de Metal. In it for life.
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