São
formados por elementos oriundos do crust/punk dos Simbiose e
do speed metal dos Toxikull e, apesar de parecer um
projeto recente, estes Black Flare já andavam a ser preparados (embora não de
forma contínua) há algum tempo. Finalmente este projeto que junta stoner,
doom, epic e metal tradicional estreia-se, a 25 de maio,
com o seu álbum homónimo, com 9 temas e numa edição a cargo da Firecum
Records. O guitarrista Nuno foi o porta-voz.
Viva Nuno, obrigado por
despenderem algum tempo com Via Nocturna. Os Black Flare são um jovem projeto,
mas, neste curto espaço de tempo, como tem sido a vossa existência?
Boas! Não é
um projeto tão jovem quanto isso. É uma ideia que já tem muitos anos e que foi
aparecendo nas alturas mortas dos Simbiose
mas sem nunca ter sido nada de sério. Foi,
entretanto, esquecida por variadíssimas razões, mas ressuscitado há uns dois ou
três anos como os Black Flare. Não foi fácil encontrar uma formação estável, mas finalmente
conseguimos e podemos avançar.
Como e de onde nasceu esta ideia de se juntarem neste projeto?
Foi então nas
horas mortas de Simbiose. Sempre gostámos de metal e, para fugir à rotina, foram aparecendo riffs e ideias que não se enquadravam de todo e
que simplesmente tínhamos que aproveitar para criar algo.
É resultado da pandemia ou não?
Não, a
pandemia só nos veio atrapalhar em termos de logística e de timings.
E como é que se fundem influências como os Simbiose e os
Toxikull?
Com muito
jeitinho (risos). É fácil, todos nós gostamos de metal mais tradicional
independentemente daquilo que fazemos nos Simbiose e nos Toxikull e quando assim é as coisas fluem naturalmente.
Para este projeto que nomes ou movimentos mais vos influenciam?
Suponho que acabem por se afastar das vossas bandas de origem...
Todos nós
gostamos de metal, daquelas bandas mais tradicionais como, Maiden, Judas, Rainbow, etc., mas
também gostamos muito de bandas com um som mais moderno como Grand Magus, 3 Inches of Blood (RIP),
etc. Inconscientemente o que estamos a criar será uma
fusão de tudo isso, um som tradicional mas pesado e moderno.
De onde vem a inspiração para os vossos temas?
Em termos
musicais vem de todo esse tipo de bandas. Em termos líricos... não, não falamos
de Vikings, não somos do negro, e não temos baladas (risos). Somos inspirados
por tudo o que nos rodeia em termos de sociedade: guerra, opressão, situações
pessoais...de tudo um pouco, mas sempre com um cariz de critica social que é
aquilo que ao fim ao cabo mexe connosco.
Bending The Will foi a escolha para primeiro vídeo. É um tema representativo do álbum que aí vem?
Penso que
sim. É um tema que tem um pouco de tudo o que se pode encontrar no disco.
Há previsões para mais algum vídeo?
Os Black Flare, tal como a
maior parte das bandas underground em Portugal, não tem grandes meios
financeiros para investir nesse tipo de divulgação. Temos orgulho de
conseguirmos até agora produzir e realizar tudo, desde a gravação do disco,
mistura, masterização, gravação e edição do vídeo...temos muito orgulho em
conseguirmos ser DIY. Posto isto, sim, temos ideia em gravar mais um ou
dois vídeos se as condições para isso se proporcionarem.
De que forma foi feito o trabalho de composição na banda?
Como disse,
muitas das músicas deste disco já tinham uns tempos e foi o Nuno que tinha,
musicalmente, tudo feito. As letras e as melodias das vozes
que faltavam foram sendo acrescentadas pelo Antim.
A terminar, mais uma vez obrigado e dou-vos a
oportunidade de acrescentar algo mais ao que já foi abordado nesta entrevista?
Bom, esperamos
que o pessoal goste do disco, apoie a banda e apoie o underground
nacional. Protejam-se, cumpram as regras para que possamos
estar juntos ao vivo o mais rápido possível e fazermos umas belas festarolas!
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