Northern
Cross foi o EP que, em 2020, lançou o nome de Evermore. O álbum de
estreia, Court Of The Tyrant King, surgiria cerca de meio ano
depois e apresenta 8 temas de um interessante power metal onde
os hinos marcam presença e as melodias ficam na cabeça. Como a própria banda
afirma, um power metal da velha guarda como parece já ninguém ser capaz
de fazer. Mas os Evermore conseguem e de forma brilhante. Por isso fomos
conversar com o jovem coletivo sueco e foi o baterista Andreas Vikland e o
multi-instrumentista Johan Karlsson quem nos respondeu.
Olá,
tudo bem? Parabéns pela estreia e obrigado pela disponibilidade. Primeiro,
podem apresentar a banda aos metalheads portugueses?
Olá! Obrigado e estamos ótimos. O
verão está aí e o tempo está bom. Os Evermore são Johan Karlsson
e Andreas Viklands (música e composição) e Johan Haraldsson,
vocalista.
Evermore
é um novo e empolgante projeto. Podem contar-nos como começou a vossa viagem
enquanto banda?
Obrigado! Andreas e Johan K.
cresceram juntos e tocaram e ouviram o mesmo tipo de música e bandas. No início
de 2000 tinham uma banda chamada Euphoria, que também tocava power
metal. Depois desse grupo se ter separado, Johan e Andreas continuaram a
criar música juntos e por volta de 2016 decidiram montar um álbum completo.
Mais tarde, por volta de 2018, Johan H. juntou-se como vocalista. Os Evermore
começaram como um projeto de estúdio, mas tem estado cada vez mais inclinado a
também tocar ao vivo futuro, graças às pessoas fantásticas que nos ouvem e
escrevem.
Que
nomes ou movimentos citariam como sendo as vossas principais influências?
Johan K. e Andreas cresceram com
as grandes bandas de power metal dos anos 90, como Edguy, Helloween,
Stratovarius, Avantasia e assim por diante, bem como com as
bandas mais pesadas da época, como Pantera, Metallica e Slayer.
Johan H. tem um gosto muito amplo pelo metal e ouve todos os tipos de
bandas e estilos que vão dos AC/DC ao metal mais extremo. Ele é
um grande fã do Saxon entre outros.
Que
outras experiências tiveram antes dos Evermore, para além daquela já
anteriormente referida?
A banda que Johan K. e Andreas
começaram no início de 2000 chamava-se Euphoria, lançaram dois
álbuns demo e fizeram alguns espetáculos. Fora isso, sempre gostamos e
tocamos esse tipo de estilo no metal que é fortemente melódico,
cativante e edificante. Johan H. cantou com outras bandas, como os Morning
Steel por exemplo.
De
que forma Court Of The Tyrant King mostra a mostra
evolução como banda desde o EP Northern Cross?
Lançamos Northern Cross
porque queríamos apresentar o estilo e o conceito da banda antes do álbum real
ser lançado, para ver que tipo de reações teríamos. O tipo de power metal mais
old school que gostamos e tocamos desapareceu um pouco de cena e foi
substituído por bandas de power metal mais modernas. Nós gostamos
daquele estilo antigo e tradicional e é isso que queremos tocar. A reação foi
muito boa, pois parece que muitas pessoas sentem falta deste estilo há anos e
estamos muito felizes por eles terem encontrado isso de novo em nós. Não há
muitas mudanças feitas no álbum em comparação com o EP, exceto as 3 faixas que
foram remasterizadas antes do longa-duração ser lançado.
Precisamente,
todas as canções de Northern Cross estão incluídas no
álbum. Mudaram alguma coisa?
Não, são basicamente as mesmas,
mas remasterizadas.
Até
agora, apenas alguns CDs físicos foram impressos. A pandemia foi a razão para
tal?
Bem, tu sabes que somos uma nova
banda a começar e ainda somos independentes. Somos nós que tratamos de tudo,
como marketing, distribuição e interação com os fãs. Honestamente, não
estávamos bem preparados para as reações que obteríamos e tentamos acompanhar,
mas é um pouco agitado lidar com tudo nós próprios. Recentemente, fechamos um
contrato com a Alone Records para que o álbum esteja disponível em vinil
e CD após o verão. Isso é bom e na verdade é bom ter uma editora a tratar da
distribuição. As pessoas também poderão comprar o vinil e o CD diretamente a
partir de nós numa edição limitada.
Já
que falas em vinil, já estava planeado esse lançamento. Quando acontecerá?
Sim! Estará disponível em edição
limitada padrão preto e laranja distribuída pela Alone Records. No
entanto, ainda podem comprar diretamente a partir de nós. Haverá algum tempo de
espera, pois a produção está lenta devido a confinamentos e assim por diante,
mas espero que chegue neste outono.
Quando
é que os fãs terão a possibilidade de encomendar um?
A Alone Records permite
que encomendem o vinil na sua loja virtual já agora. Nós esperamos que a
produção dos vinis não demore muito. Queremos que ele seja lançado o mais
rápido possível, é claro. Quando recebermos os vinis, iremos anunciá-lo no
nosso Facebook para que as pessoas possam fazer o pedido, se quiserem
fazer o pedido diretamente de nós.
Como
decorreram as sessões de gravação? Tudo como planeado?
Oh, meu, foi muito longo (risos).
Originalmente, fizemos este álbum para nós mesmos, porque queríamos lançar um
álbum de power metal da velha guarda o que é difícil de conseguir hoje
em dia. Na realidade não planeamos a receção que teve. Demoramos e fizemos tudo
devagar, sem pressa. Algumas das músicas do álbum foram feitas há muito tempo. Call
Of The Wild é na verdade a primeira música de power metal que
Andreas e Johan K. fizeram. Tem mais de 20 anos. Fizemos essa música quando
éramos adolescentes. Mudou ao longo dos anos, mas o refrão principal e as
melodias são os mesmos. Da próxima vez, não passaremos muito tempo no estúdio,
pois entendemos que as pessoas querem mais deste estilo de power metal e
temos um monte de coisas prontas que queremos lançar.
Quais
são os vossos planos ao vivo para este álbum?
Infelizmente, a pandemia tornou
muito difícil tocar ao vivo e conseguir espetáculos. Tocar ao vivo agora parece
muito incerto, pois os espetáculos são anunciados e cancelados pouco depois.
Decidimos usar o resto do ano para voltar ao estúdio e começar a gravar o
próximo álbum. Teremos como objetivo um lançamento no próximo ano, se tudo
correr bem. Se gostam do nosso estilo e músicas, com certeza vão gostar do que
temos reservado para vocês!
Obrigado,
pessoal, mais uma vez, foi uma honra fazer esta entrevista. Gostariam de deixar
alguma mensagem para os vossos ou acrescentar algo mais a esta entrevista?
Sem problemas, obrigado pelo
convite! Queremos que os nossos fãs saibam que eles são incríveis e que nos dão
muita motivação e inspiração. Estamos orgulhosos de tê-los como fãs e faremos o
nosso melhor para continuar a entregar o puro power metal da velha
escola para que possam reviver as grandes memórias de uma era do power metal
que está atualmente, um tanto perdida no tempo.
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