Entrevista: Wine Guardian


Onirica colocou o estranho nome Wine Guardian no mapa musical do rock e metal progressivo. Quatro anos se passaram e Timescape mostra uma clara evolução numa banda que tem gosto em inovar e evita a repetição. Como aliás fica bem demonstrado neste altamente evoluído seu segundo registo. Para conhecermos melhor este coletivo italiano, fomos falar com o vocalista e guitarrista principal Lorenzo Parigi. 

 

Olá, Lorenzo. Obrigado por esta oportunidade. Em primeiro lugar, podes apresentar a banda aos metalheads portugueses?

Olá, Pedro! Obrigado pelo convite. Basicamente, os Wine Guardian são três amigos de longa data que tocam metal juntos desde que estavam na escola. Crescemos a ouvir bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Helloween, Savatage, Queensryche, mas também algumas coisas mais pesadas como Opeth, Sepultura, Devin Townsend, Death. Sem esquecer a paixão pelo rock e prog rock dos anos 70. Fundamos a nossa primeira banda aos 13 anos de idade. No entanto, a formação atual remonta a 2008. Desde então, a música que mais gostamos de tocar é aquela que ainda não experimentamos!

 

A banda tem um nome muito curioso. Como surgiu?

Aconteceu sem um motivo particular. Como tantos outros jovens começamos a ensaiar numa adega adaptada, também gostamos de beber juntos e, por último, mas não menos importante, éramos todos grandes fãs dos Blind Guardian! Talvez não seja o nome mais matador, mas sempre gostamos da curiosidade que ele desperta.

 

Entre o Timescape e o Onirica, quatro anos se passaram. Como ocuparam esse tempo?

A melhorar as nossas habilidades de composição e a ouvir massivamente o antigo e o novo metal progressivo. Só queríamos fazer um novo álbum quando tivéssemos a certeza de que daríamos um salto real em relação ao Onirica.

 

Quando começaram a trabalhar neste novo álbum?

Imediatamente após o lançamento do Onirica.

 

Como têm sido as primeiras reações, até agora?

Devemos dizer que recebemos um feedback muito positivo. Tanto de entendidos como de pessoas comuns. Isso é o mais importante para nós, falar de música progressiva.

 

Neste álbum exploraram sons ainda mais complexos do que na vossa estreia. Pretendiam criar desafios a vocês próprios?

Como mencionamos antes, não estamos interessados ​​em responder a um padrão que já exploramos. Pode chamar-se de inquietação, mas assim que descobrimos algo novo a ouvir música, sentimos a necessidade de colocar em prática as nossas próprias composições.

 

Já agora, como funciona o processo de composição na banda?

Na verdade, a primeira entrada vem quase sempre de mim, guitarrista e cantor, que escrevo a maior parte dos riffs e das melodias. Depois, o arranjo é coletivo, com um grande papel desempenhado pelo baixista Stefano. É claro que Davide tem a tarefa de dar à música o seu som definitivo, com a sua bateria.

 

Este álbum é o vosso primeiro lançamento com a Logic (Il) Logic Records & Burning Minds Music Group. Como se proporcionou essa ligação?

Desde o lançamento do Onirica em 2017, sempre estivemos convencidos de que precisamos de um forte apoio na promoção da nossa música. Quando tivemos o primeiro embrião do Timescape pronto, tivemos muita sorte em encontrar o pessoal da Burning Minds Music Group, pois são pessoas que realmente acreditam na música, independente do raciocínio comercial.

 

O que têm planeado para promover este álbum, logo que a pandemia o permita?

Infelizmente, não temos uma resposta para esta pergunta. O nosso objetivo é voltar a palco o mais rápido possível, não apenas na Itália. Quem sabe se teremos sucesso por nós mesmos ou precisaremos de algo que se pareça com uma agência...

 

Mais uma vez, Lorenzo, obrigado. Gostarias de deixar alguma mensagem para os vossos fãs ou acrescentar algo mais?

Muito obrigado a ti! Para nós, ouvir música é, acima de tudo, uma experiência emocional. As habilidades técnicas são importantes, mas o objetivo é a mensagem artística. Isso é o mais importante para ter uma atitude progressista para alcançar uma quantidade maior de pessoas.



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