Apesar da existência de
nomes lendários como Coroner ou Poltergeist, a verdade é que a Suiça não é
fértil em bandas de thrash
metal. Mas o cenário parece estar a mudar
com a nova geração, sendo que um dos líderes desse movimento são os Axxelerator.
A banda já está ativa deste 2009, mas somente este ano lançaram o seu
longa-duração de estreia, Heads Or Tails.
Fomos falar com o quarteto de Lucerna para conhecer melhor as suas motivações e
a sua estreia.
Viva! Obrigado pela
oportunidade e parabéns pela vossa estreia. Antes de mais, podes apresentar a
banda aos metalheads portugueses?
Somos os Axxelerator de Lucerna, Suíça, e já estamos no ativo desde 2009. Musicalmente,
sempre nos dedicamos ao Thrash da Bay
Area dos anos 80, mas também tentamos inclui elementos de outros subgéneros do metal, como a NWOBHM, Black Metal etc..
Heads Or Tails foi lançado
a 24 de setembro. O que nos podes revelar sobre este lançamento?
Embora os Axxelerator estejam ativos há 12 anos, Heads Or Tails é o nosso primeiro longa-duração. E estamos muito
orgulhosos com o resultado! Para nós, é um álbum bastante variado e de alguma
forma difere de outros álbuns de Thrash
que tens ouvido atualmente.
Ou seja, como definiriam
os Axxelerator para os leitores que não vos conhecem?
Boa pergunta! Eu diria que somos uma
banda de Thrash Metal inspirada nos
anos 80 com foco na melodia, riffs
cativantes e refrões. Para nós, isso supera mais do que velocidade e
agressividade, penso eu. Ou chama-se apenas de Bunker Thrash, termo que já há algum tempo que usamos para
descrever a nossa música (risos)!
Podem contar-nos como começou
esta viagem?
Tudo começou em 2009, quando Dave, Vale
e Mathias começaram a fazer música juntos. No início, principalmente covers de Metallica e Slayer. Em
2010 juntou-se Jeremy no baixo e começamos a escrever as nossas próprias
canções. Esse é o início oficial dos Axxelerator.
Depois dos primeiros espetáculos nos anos seguintes, gravamos o nosso EP Soulcatcher entre 2015 e 2016. Um ano
depois, mudamos a nossa formação substituindo Mathias por Shane e Jeremy por
Stopf.
A banda nasceu como Rust,
mas mudou logo para o nome atual. Porque?
Rust era mais um nome
provisório. Nunca tivemos um logotipo para este nome. Além disso, Axxelerator adapta-se muito mais ao
estilo de música que tocamos.
Living With Nuclear Neighbours e Paradise Lost foram os
vossos singles até agora. Acham que são
totalmente representativos do álbum?
Acho que Living With Nuclear Neighbours é bastante representativo de todo o
álbum - especialmente em contraste com Paradise
Lost, que é a única power ballad que
encontrarás no álbum. Escolhemos Paradise
Lost como segundo single para
mostrar às pessoas que também tentamos superar os limites musicais - e que os Thrashers obstinados também podem ser
sentimentais (risos)!
A Suíça não é conhecida pelas
suas bandas de thrash
metal. Como é a cena aí? Esperam
conseguir mudar isso?
É verdade! A cena thrash suíça parece ser menor do que em
outros países. Mas, ainda assim, existem algumas bandas muito fortes, como
lendas como os Coroner ou Poltergeist e também coletivos jovens e
promissores como Total Annihilation,
Comaniac etc.. Realmente esperamos
que também consigamos entrar no cenário suíço e também ser contados como uma
banda de Thrash estabelecida.
Head Or Tails foi
lançado seis anos após o vosso primeiro EP de 5 temas. Por que demoraram tanto?
Após o lançamento do nosso EP Soulcatcher, os Axxelerator passaram por algumas mudanças cruciais na formação.
Além disso, saímos da nossa antiga sala de ensaios e encontramos um novo local
que convertemos na nossa nova sede. Tudo isso levou ao atraso do lançamento do nosso
álbum.
Como foram as sessões de
escrita e gravação? Correu tudo como planeado?
A maior parte do material já estava
escrito e finalizado há bastante tempo. Após a mudança de formação mencionada, houve
apenas duas novas canções que foram escritas adicionalmente para Heads Or Tails (Living With Nuclear Neighbours e Here Comes The Pain Patrol). Todo o material foi gravado na nossa
sala de ensaio - mas devido a problemas técnicos, tivemos que regravar TODAS as
nossas faixas de guitarra. Como podes imaginar, isso foi muito frustrante e
exaustivo. O mais aliviante é ter agora o disco finalizado e nas nossas mãos.
Agora que as coisas estão a
ficar normais, o que planeiam para apresentar este álbum ao vivo?
A nossa festa de lançamento aconteceu no
dia 25 de setembro na nossa cidade natal, com forte apoio dos lendários Poltergeist e da banda de thrash metal Bávara, Processor. Foi uma grande festa com
muitos amigos, cerveja e Heavy Metal!
Obrigado, pessoal, mais
uma vez, foi uma honra fazer esta entrevista. Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Muito obrigado por nos concederes esta
entrevista. Gostaríamos muito de tocar no belo Portugal um dia.
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