Entrevista: Dan Lucas



Oriundo da antiga RDA, Dan Lucas tem tido relevância em alguns projetos dentro de um rock mais soft e melódico. E, ao longo da sua carreira, teve oportunidade de ter estado envolvido em projetos quer na Alemanha, quer no Canadá, quer nos EUA, mais propriamente na Califórnia. Com a pandemia, sobrou tempo para criar e assim nasceu um disco autobiográfico, intitulado The Long Road, motivo para chegarmos à fala com o vocalista e guitarrista.

 

Olá, Dan, tudo bem? Obrigado pela disponibilidade. Antes de mais, importas-te de apresentar o teu projeto aos rockers portugueses?

Olá, Pedro, estou muito bem, até porque agora o meu novo álbum foi recentemente lançado. Chama-se The Long Road e, claro, tem muito a ver com a minha vida até agora.

 

Porque The Long Road? O que significa?

The Long Road também significa The Long Way of Life que eu tenho andado até agora e, em grande medida, tem a ver comigo mesmo.

 

Portanto, é como um álbum biográfico?

Certo. Neste álbum quis processar algumas experiências e coisas que aconteceram comigo na minha vida.

 

Todas estas músicas são novas ou representam as tuas criações ao longo do tempo?

A maioria das canções foi escrita nas últimas semanas e meses. A música Sunshine é mais velha, já a escrevi em 2000 para a minha filha. Na altura tinha 5 anos e ainda é meu "raio de sol" hoje. É por isso que eu realmente queria publicar essa música.

 

Foste o responsável por todas as criações ou houve trabalho colaborativo?

Exceto em I Can't Believe It que escrevi juntamente com o meu velho amigo Tom Leonhardt e a faixa bónus You Reap What You Sow do musical Jack The Ripper de Frank Nimsgern, todas as canções foram escritas por mim.

 

Quanto aos músicos, quem esteve contigo a gravar The Long Road?

Inicialmente, tinha gravado as músicas completamente em casa como demos. Mas é claro, eu não queria usar baterias eletrónicas nem outros instrumentos artificiais na produção final. Por isso procurei um estúdio onde pudesse gravar o álbum com músicos de verdade. E encontrei pessoas muito boas e um estúdio totalmente novo em Ansbach, na Baviera. Sebastian Berg na bateria, Andrew Lauer no baixo e Daniel Krüger nos teclados. Gravei as guitarras e alguns teclados sozinho e também contratei alguns músicos convidados para os solos.

 

De que forma a pandemia afetou (se afetou!) a criação deste novo álbum?

A pandemia foi uma das razões pelas quais escrevi o álbum em primeiro lugar. Na verdade, a maior parte do tempo estava em tournée com uma banda de versões rock e, portanto, distraído do trabalho criativo. De repente, tive tempo para tratar das minhas próprias coisas. E o trabalho em estúdio também só foi possível porque estamos todos vacinados.

 

Tens um passado musical associado a alguns projetos. Agora, olhando para trás, qual deles te deu mais prazer fazer?

Claro, tive muitas experiências musicais na minha vida, conheci muitos músicos interessantes e brilhantes. O meu tempo no Canadá e na Califórnia, mas também os primeiros espectáculos com os KARO após a minha fuga da RDA moldaram-me e deixaram muitas memórias. Mas gosto de olhar para a frente e fico muito feliz por ter de novo algo meu nas mãos.

 

E quanto a espetáculos? Tens alguma coisa agendada para os próximos tempos?

Fiz um espectáculo a solo aqui em Munique no dia do lançamento do meu álbum, onde apresentei algumas das novas músicas apenas com guitarra. Além disso, o H.E.A.T. Festival acontecerá no dia 4 de dezembro em Ludwigsburg, mas de forma reduzida em comparação com o passado, pois ainda é impossível conseguir bandas de fora. Estou ansioso para me apresentar lá com a minha banda, que também tocou nas sessões de estúdio. E depois estou a planear uma primeira tournée em março.

 

Obrigado, Dan, mais uma vez, queres deixar alguma mensagem para os teus fãs ou acrescentar mais alguma coisa?

Sim, gostaria de cumprimentar todos os fãs em Portugal, também tenho alguns subscritores das minhas redes sociais por aí. E, claro, espero que gostem do álbum. Muito obrigado pela oportunidade desta entrevista. E, por favor, continuem saudáveis!



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