Entrevista: Hitten


Os últimos anos têm sido de intensa atividade para os Hitten. E mesmo que a pandemia tenha feito abrandar ligeiramente o ritmo, a verdade é que Triumph & Tragedy é o terceiro álbum da banda de Murcia em cinco anos. A novidade para este novo registo é a mudança de baterista e esse foi um dos aspetos abordados na conversa que mantivemos com o guitarrista Dani Meseguer.

 

Olá, Dani! Obrigado por esta oportunidade! Novo álbum lançado - quais são os sentimentos nos Hitten?

Olá Pedro! Obrigado pelo convite. É ótimo responder a todas estas perguntas. Bem, estamos muito felizes porque o dia do lançamento do álbum está a chegar! Depois de todo o trabalho duro, é bom finalmente segurar o disco com as próprias mãos. Além disso, o álbum foi enviado para a editora em novembro de 2020, por isso, após um ano de espera, estamos muito animados.

 

O vosso álbum anterior, Twist Of Fate, foi lançado em 2018. Começaram imediatamente a trabalhar nestas novas músicas?

Podemos dizer sim. Até mesmo alguns dos riffs foram compostos no estúdio durante as sessões de gravação de ‘TOF’.

 

De alguma forma a pandemia afetou a forma ou o ritmo de criação deste novo álbum?

O processo de composição real começou durante o primeiro mês de 2020. Eu disse “processo de composição real” porque na verdade já tínhamos vários riffs gravados em 2019 ou mesmo antes. Por exemplo, o riff principal de Hard Intentions saiu durante as sessões de gravação do álbum anterior Twist Of Fate, como disse antes. Eu sei que isso pode parecer estranho, mas a pandemia da Covid-19 teve uma boa influência neste álbum. Devido ao tempo que tivemos durante a “primeira vaga” pudemos concentrar-nos, dar uma olhadela nos riffs que tínhamos escrito, compor novos, estudá-los, compor arranjos e assim por diante.

 

Por que escolheram um título como Triumph & Tragedy? Qual é o seu significado? Onde podemos encontrar o triunfo e a tragédia neste álbum ou no seu making of?

Gostamos do conceito. A vida em aspetos gerais é triunfo e tragédia. Bem, a música que fala sobre isso é autointitulada. É uma música de mais de 11 minutos. Com certeza encontramos tragédia na época em que foi escrita com toda a primeira vaga de covid.

 

O álbum foi gravado em vários países. Achas que afetou o desenvolvimento normal de todos os processos?

De todo! Estamos extremamente felizes e orgulhosos de como o fizemos. Na verdade, o processo foi muito fácil. Enviamos todas as pré-produções para Marco Prij, que gravou a bateria no seu estúdio na Holanda. Assim que terminamos todas as faixas de bateria, mudei-me para Murcia, a nossa cidade natal, e começamos a gravar todas as faixas de guitarra e baixo nos estúdios Terror Twins. Alexx gravou todas as linhas vocais em Torino. Depois de gravarmos tudo, mudamo-nos para Barcelona para misturar com Javi Félez (Moontower Studios).

 

Tiveram alguns problemas com o baterista deste álbum, tendo-se separado do vosso antigo baterista. O que aconteceu?

Nada de errado com ele. Simplesmente tinha um ponto de vista diferente sobre a banda, pelo que decidimos que o melhor para os dois lados era a separação. Ele é um baterista muito bom e fez um ótimo trabalho no disco anterior e em todos os concertos durante todos estes anos.

 

E qual foi a solução que encontrada para a bateria?

Quando tomamos a decisão, conversamos com o nosso amigo de longa data Marco Prij e propusemos-lhe a gravar a bateria para o próximo álbum. Marco aceitou de bom grado. Tem sido uma experiência incrivelmente boa trabalhar com este baterista talentoso.

 

Deste álbum, já lançaram quatro singles. Por que escolheram tantos? São representativos de todo o álbum ou tentaram proporcionar diferentes pontos de vista?

Na realidade, há mais um a caminho. O último. Apenas sentimos que tínhamos que o fazer. Também nos ajudou a chamar novamente a atenção das pessoas depois de todo este tempo sem concertos. É uma forma de dizer que estamos aqui e estamos vivos e agitados.

 

Nas tuas próprias palavras, como definirias Triumph & Tragedy, especialmente em comparação com os vossos lançamentos anteriores? Podemos dizer que é uma continuação natural do vosso som?

Completamente! T&T é a evolução natural do som dos Hitten e nada do que ouves no álbum foi ampliado para soar de uma forma ou de outra. Não nos sentamos em volta de uma mesa um dia e decidimos soar mais melódicos, tudo surgiu espontaneamente. O som melódico de Hard’n’Heavy já estava forte no predecessor Twist Of Fate, apenas fomos um pouco mais longe. Somos todos grandes fãs do Hard Rock dos anos 80/90 e, claro, inútil dizer, do som mais clássico do Heavy Metal dos anos 80, portanto misturar os dois foi a coisa mais natural de se fazer.

 

Têm alguma coisa agendada ou planeada para promover este disco ao vivo?

Sim! Já estamos confirmados no Rock Imperium Festival juntamente com os Whitesnake, Scorpions e Europe entre outros grandes artistas. Também estamos a fechar espetáculos na Europa para o próximo ano.

 

Obrigado, Dani, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa ou enviar uma mensagem para os vossos fãs?

Obrigado pela oportunidade. Foi um prazer. Para os nossos fãs: lembrem-se de nos seguir nas nossas redes sociais para que não percam as próximas notícias! Rock on.


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