Não se deixem enganar: apesar
de cantarem em castelhano, terem um nome espanhol e usarem sopros à boa maneira
Marichi, os Pendejo são verdadeiros neerlandeses, como
Menno Roymans fez questão de deixar bem claro. O que motivou esta conversa com
o trombonista da banda foi o lançamento deste álbum considerado como ‘intermédio’
– Toma. Quatro versões e quatro temas ao vivo retirados da tour
do seu último registo Sin Vergunza. O seu sucessor já está para breve,
bem como uma tour ibérica que deverá incluir algumas datas em Portugal.
Confiram.
Olá, Menno, obrigado pela
disponibilidade! Em primeiro lugar, quem é este grupo de latinos na Holanda, que
dá pelo nome de Pendejo!? Podem apresentar a banda aos rockers portugueses?
Ei! A banda foi fundada por El Pastuso e pelo seu primo Jaap. Eles
são holandeses, mas Pastuso nasceu na Colômbia e ambos moraram em vários
lugares da América Latina antes de virem para a Holanda e fundarem os ¡Pendejo! Ao longo dos anos, a banda
teve algumas mudanças na sua formação; Pastuso cuida dos vocais principais e do trompete, temos
Stef Gubbels no baixo, Joerie Dekker na guitarra, Sjoerd van der Knoop na bateria e eu no trombone.
Então a base está na América
Latina? Desde quando estão na Holanda?
Não te enganes, meu amigo, somos todos muito
holandeses! Comemos batata frita com maionese, temos em média 1,57 filhos e
usamos tamancos.
O vosso som resulta espetacular
com a mistura de sopros e letras em espanhol. Como tem sido a aceitação na
Europa?
No nosso país, as pessoas realmente não parecem atingi-lo
em grande número, embora tenhamos seguidores muito leais. Obtivemos, de longe,
a melhor resposta na Espanha, Suíça e Alemanha. Já estivemos na Espanha muitas
vezes, mas realmente descobrimos a Alemanha (ou a Alemanha descobriu-nos)
depois da nossa tournée como suporte aos Monster Magnet em 2018. Fizemos muitos novos
amigos lá!
Falando agora de Toma,
quando decidiram lançar este trabalho?
A ideia de gravar algumas versões já andava a ser
planeada há um tempo, mas depois de ter terminado a tournée Sin
Verguenza, decidimos que estava na altura certa. Também para ver como a nossa
formação relativamente nova funcionaria em estúdio. Na verdade, foi planeado
para ser apenas um EP, com 6 covers. Achámos que apenas quatro seriam
dignas de serem colocadas num álbum pelo que decidimos remisturar algumas
faixas ao vivo do espetáculo de lançamento do SV e lançá-lo como um álbum
'intermédio'.
As quatro versões foram feitas exclusivamente
para este lançamento ou foram selecionadas de antigas sessões de gravação?
Não, são gravações exclusivas!
O vosso álbum mais recente
ainda é Sin Verguenza de 2018. Já estão a
trabalhar num sucessor? O que nos podes avançar a este respeito?
Sim, por agora temos cerca de 15 novas músicas em
demo. Serão terminadas em breve e depois decidiremos quais são as
suficientemente boas para entrar no novo álbum. Vai ser muito pesado e
carregado de sopros. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de
2022. Se a fila de espera para as impressões em vinil não for muito longa!
Nos últimos anos, têm feito
bastantes tournées... até ter aparecido o Covid.
Agora que as coisas estão a melhorar, o que têm planeado nesse aspeto?
Esperamos tocar nesses palcos novamente no
próximo ano! Temos uma tour ibérica que já tivemos que adiar duas vezes
e, com certeza, fá-la-emos em 2022! Temos esperança em algumas datas
portuguesas também. Depois faremos Alemanha e Suíça, Holanda e Bélgica, e se o COVID
morrer, talvez América Latina novamente! Esperemos...
Obrigado, Menno, mais uma vez. Queres
acrescentar mais alguma coisa ou enviar alguma mensagem para os vossos fãs?
Obrigado pela entrevista. Obrigado por nos verem
e adoraríamos ver-vos a todos num dos nossos espetáculos quando estivermos por
perto! Stay heavy!
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