Entrevista: Elusive God

 


Aparentemente ninguém sabe quem eles são, mas isso nem é relevante, porque, afinal, o que interessa é mesmo a música e não tanto quem a toca. Essa é a ideia do trio croata Elusive God que após um EP de 4 temas, The Darkest Flame, sombrio e muito influenciado pelo doom tradicional, regressam com o seu primeiro longa-duração, Trapped In A Future Unknown, mais orientado para componente épica, melódica e tradicional.  Via Nocturna foi falar com um trio que gosta de Portugal e que brinda connosco com um cálice de bom Vinho do Porto.

 

Olá, pessoal, obrigado pela disponibilidade e parabéns pela vossa estreia. Em primeiro lugar, podem apresentar a banda aos metalheads portugueses?

Olá, obrigado pelo teu tempo e interesse! Elusive God é uma banda croata de Doom Metal, formada em 2018. Expressamos as nossas visões criativas através de música lenta e atmosférica. Até agora, lançamos o EP The Darkest Flame e o álbum Trapped In A Future Unknown. O metal – como o vemos – é exagerado, misterioso e em camadas. É preciso muito mais do que uma audição superficial ou consumir para aprofundar a própria mensagem que a música transmite.

 

Quais são as vossas principais influências?

Titãs do metal tradicional como Iron Maiden, Manowar, Judas Priest, W.A.S.P. Por outro lado, somos fãs de Candlemas, Trouble, The Skull, Dread Sovereign, Cathedral e claro - The Devil's Blood. Acreditamos firmemente que boa música de metal deve ser escrita e tocada por fãs dedicados de metal.

 

Como definiriam Trapped In A Future Unknown para os leitores que não vos conhecem?

É Doom Metal da forma que nós o imaginamos - género sombrio, pesado e atmosférico com forte influência do metal tradicional. Às vezes é épico e grandioso, às vezes é escuro e podre até o âmago. Cada música do álbum tem uma abordagem e uma atmosfera únicas. Além disso, as melodias são influenciadas pela música tradicional croata, o que nos dá um som realmente distinto.

 

Qual é a principal diferença entre o EP e esta estreia em formato longo?

A principal diferença está nas atmosferas. O EP Darkest Flame foi mais sombrio e influenciado pelo doom tradicional. Trapped in a Future Unknown é mais melódico e épico com forte influência do metal tradicional.

 

Como foi o processo de composição para este álbum?

Suave e agradável. Sabíamos o que queríamos alcançar e tínhamos os meios e o foco para isso.

 

The Darkest Flame tinha quatro músicas e nenhuma delas está incluída neste álbum. Por que decidiram assim?

Como mencionado anteriormente, o material do EP é diferente, portanto não houve necessidade de o misturar com o material do álbum. Além disso, ficamos muito satisfeitos com o resultado do EP, portanto era melhor não tocar mais nessas músicas. O EP foi um encapsulamento musical perfeito de onde estávamos como banda naquele momento. Além disso, tínhamos bastante material novo.

 

Trapped In A Future Unknown é um título muito curioso para o álbum. Por que decidiram escolhê-lo?

Representa a atmosfera geral do álbum. Cada música é uma surpresa por si só, portanto, de certa forma, não sabes o que o futuro reserva enquanto ouves o álbum - estás preso num futuro desconhecido. Também representa uma luta para criar um caos na tua mente, pensando demais e pensando em possíveis resultados futuros negativos. Mas, o importante é que haja a libertação, como pode ser ouvido no final do álbum.

 

Este é um álbum conceptual? Se sim, podem contar-nos qual é a história por trás dele?

Não, não é um álbum conceptual. Cada música tem o seu próprio tema e elas não estão conectadas de nenhuma forma. Os temas são principalmente introspetivos, baseados em experiências pessoais e resultado de estar ciente de si mesmo, do mundo ao seu redor e do seu lugar neste mundo.

 

Vocês apresentam-se como Elusive R., Elusive H. e Elusive T. Por que usam esses nomes?

Simplesmente, queríamos ter essa componente misteriosa nos Elusive God. Queríamos que os nossos ouvintes se concentrassem principalmente nas nossas criações musicais. Parece que hoje em dia tudo ao redor das bandas é mais importante do que a música em si. Desta forma, obtivemos reações e feedback muito mais honestos sobre a nossa música porque não havia preconceitos incluídos. Todo o conceito de Elusive God é enfatizar a música, a arte e a expressão. A música deve falar por si.

 

Lançaram algum vídeo para promover este álbum?

Lançamos um visualizer video para a música Wrath From Above e um lyric video para a música Worthless Words. Também temos um plano para fazer um videoclipe até o final do ano.

 

Quais são os vossos planos de tournée para este álbum?

Sem planos de tournée até agora. Existe a possibilidade de fazer alguns espetáculos, mas isso ainda está em fase de planeamento.

 

Obrigado, pessoal. Gostariam de enviar alguma mensagem aos vossos fãs portugueses?

Obrigado pela entrevista e pelo apoio! Mantenham os vossos olhos e ouvidos em Elusive God e tentem obter a vossa cópia de Trapped In A Future Unknown. Estamos confiantes de que fizemos um álbum que definitivamente merece a vossa atenção. Além disso, temos que dizer – tu tens um país muito bonito e mal podemos esperar para voltar lá - seja com os Elusive God ou de forma particular. Enquanto isso, vamos comemorar o lançamento do nosso álbum bebendo o néctar dos Deuses direto de Portugal - Vinho do Porto.


Comentários

DISCO DA SEMANA #47 VN2000: Act III: Pareidolia Of Depravity (ADAMANTRA) (Inverse Records)

MÚSICA DA SEMANA #48 VN2000: My Asylum (PARAGON)(Massacre Records)

GRUPO DO MÊS #11 VN2000: Earth Drive (Raging Planet Records)