Mantendo o intervalo de três anos entre lançamentos, os
Lugnet atingem a importante marca do terceiro álbum com Tales
From The Great Beyond. Um disco que teve mais tempo para ser construído e
que permitiu à banda sueca, pela primeira vez, ir para estúdio com mais temas
do que os que precisava. Se algum dia ouviremos os que ficaram de fora desta prensagem,
para já é uma incógnita. Mas não é uma incógnita que a banda se foca cada vez
mais nos anos 70 e nos nomes dourados dessa década: Deep Purple, Black Sabbath
e Rainbow. Para nos falar deste novo lançamento, estivemos à conversa com o baterista
Fredrik Jansson-Punkka.
Olá,
Fredrik, obrigado pela disponibilidade. Mantendo o intervalo de três anos entre
os lançamentos, Tales From The Great Beyond é o vosso
novo álbum. Qual foi o processo que vos levou até este álbum depois de Nightwalker?
Olá, obrigado pela entrevista!
Começamos a escrever este álbum apenas quando a pandemia começou. Para nossa
sorte não tínhamos muitos espetáculos planeados, portanto para nós deu-nos um
ano inteiro apenas para escrever e arranjar o máximo de música possível.
Levamos mais tempo para criar as músicas, talvez mais do que nos álbuns
anteriores.
Três
anos se passaram desde o lançamento de Nightwalker.
Durante este período, o que mudou no reino dos Lugnet?
Micke Linder (Troubled
Horse) entrou para a guitarra no final de 2019. Já nos tinha ajudado em
alguns espetáculos antes, quando alguns dos outros guitarristas não podiam. Quando
Mackan Holten decidiu deixar, Micke foi a nossa primeira e única
escolha.
Ambos
os vossos álbuns anteriores foram muito bem recebidos. Qual foi a vossa
intenção quando começaram a trabalhar neste novo álbum?
Fazer um álbum que quiséssemos ouvir
e forçar um pouco mais os nossos próprios limites.
Que
diferenças apontas entre este novo álbum e os anteriores?
Acho que é um pouco mais
diversificado do que os álbuns anteriores. Desta vez, toda gente esteve mais
envolvida na composição, portanto foi em algumas direções que podem surpreender
as pessoas.
Desta
vez tentaram alguma abordagem diferente?
Já que desta vez tivemos mais
tempo, tivemos o luxo de ter mais músicas para escolher. No passado, entrávamos
no estúdio quando tínhamos oito músicas e era isso. Agora temos um monte de
material excelente que vamos começar a trabalhar quando tivermos tempo. Ou
talvez apaguemos tudo e comecemos do zero... quem sabe?
Nightwalker foi
lançado ainda na pré-pandemia, portanto, a pandemia afetou de alguma forma a
criação deste álbum?
Excetuando o tempo que não
pudemos fazer espetáculos, não.
Lugnet
é uma banda com foco total nos anos 70. Mas vocês são todos mais jovens, certo?
Gostariam de ter vivido naqueles anos? Porquê?
Vamos apenas dizer que temos
idade suficiente para saber mais. Eu não posso falar pelos outros, mas sim, eu
provavelmente sentir-me-ia mais em casa naquela altura do que agora. Não sou
contra a tecnologia, mas às vezes acho que se está a ir um pouco longe demais.
Tudo parecia ser um pouco mais fácil naquela época…
O
álbum foi gravado pelo lendário duo Sion Johansson e Mike Wead. Como foi
trabalhar com eles? Que contribuição deram às vossas composições?
Não munto, efetivamente. São
pessoas muito boas para se trabalhar. O estúdio Solnasound Recordings é
incrível e estamos muito satisfeitos com o resultado, mas as músicas que levámos
para o estúdio não foram alteradas durante a gravação.
Estão
prontos para ir para palco? O que têm planeado?
Sim, estamos prontos! No dia 28
de agosto tivemos um espetáculo na nossa cidade natal, Estocolmo para comemorar
o lançamento do álbum. Tocámos o álbum inteiro, bem como um conjunto de músicas
antigas, incluindo algumas muito antigas que não tocamos há anos, por isso foi uma
noite especial.
Muito obrigado, Fredrik, mais uma vez. Queres enviar alguma mensagem para os vossos fãs?
Muito obrigado pelo vosso apoio, espero que possamos tocar em teu país o mais rápido possível!!!
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