Entrevista: Torn Fabriks

 


Mind Consumption já ficou para trás e com Impera os Torn Fabriks não perdem tempo e assumem-se como um dos estandartes do nosso thrash metal. O power trio continua fisicamente afastado, por isso, a pandemia pouco ou nada mudou na sua forma de trabalhar. E, pouco mais de um ano depois, voltamos a conversar com o guitarrista Jorge Matos, desta vez a respeito desta nova proposta.

 

Olá, Jorge, como estás? Obrigado pela disponibilidade. Como passaram estes tempos difíceis entre Mind Consumption e o novo trabalho, Impera?

Olá, Pedro, tudo bem?! Nós é que agradecemos o interesse. Passou-se bem dentro do possível, nenhum de nós os três esteve em casa, (teletrabalho) para o bem da nossa sanidade mental, tivemos alguma sorte nesse campo.

 

Desde quando estão a trabalhar nestes temas?

Estes temas começaram a ser trabalhados praticamente logo a seguir a edição do Mind Consumption. As versões demo da Rise Or Fall e da Leave Me Be já estavam feitas, estruturadas, etc.

 

Impera não é um título muito associado ao thrash metal. Que significado tem? 

Sim, Impera realmente não é um daqueles cliché Thrash, mas nós também somos muitos ao género, beer, mosh and nuclear. O álbum era inicialmente para se chamar Divide And Impera, mas, por sugestão do Gualter acabou por ficar só Impera, desconhecíamos à altura que Ghost tinha álbum novo com o mesmo título (risos). O conceito do álbum acaba por ser metafórico, representa a conquista do nosso espaço no meio musical, mas também serve de metáfora a esta nossa nova realidade brutal, onde o valor da vida humano vale zero, constantemente subjugada pelos interesses dos grandes grupos económicos, pelos interesses geoestratégicos. Dividir e Conquistar

 

Já agora, qual é a vossa abordagem em termos líricos desta vez?

A abordagem é exatamente a mesma, apesar de não sermos propriamente uma banda política, os temas abordados pelo Ricardo são a sua visão pessoal sobre a dura realidade, pode eventualmente haver alguma abordagem mais pessoal.

 

Têm aqui um tema intitulado We, Torn Fabriks. É uma demonstração de que este álbum também é pessoal?

(Risos) Não, Pedro, não é por aí. A faixa We, Torn Fabriks é um hino às bandas que tanto nos influenciaram e que crescemos a ouvir. Uma viagem a nossa saudosa juventude (risos).

 

Como foram os processos de composição e de gravação, para este álbum? Alguma vez se encontraram todos ou estiverem sempre afastados?

O processo de gravação deste álbum foi parecido com o de Mind Consumption, numa primeira fase gravo as demos em casa, envio para o Gualter, que por sua vez grava as baterias no seu home studio, o mesmo processo com o Ricardo. Depois volta tudo a casa de partida para ie captar as guitarras e mixar/masterizar.

 

Já lançaram alguns vídeos deste álbum, não foi? Podem falar destas vossas escolhas?

Sim, claro, a Rise Or Fall foi escolhida como música de avanço quase meio ano antes de sair o Impera, a Hallucinating Levels já estava programada para ser o single do álbum.

 

O primeiro EP foi lançado a meio de uma pandemia e, suponho, sem uma boa promoção ao vivo. O que têm feito agora a este nível?

Para este álbum estamos a organizar uma mini tour aqui pelo continente, mas só para o ano. A logística assim obriga, o Ricardo como sabes vive nos Açores e o Gualter vive em Reading UK, logo tem de compensar.

 

Obrigado, Jorge, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?

Mais uma vez obrigado pelo interesse e apoio. Apoiem o underground nacional. 

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