Entrevista: Grin

 


O duo de heavy psych-doom de Berlim Grin já vai na sua terceira proposta, desta vez com o sugestivo título de Phantom Knocks. Sempre a trabalhar sozinhos, desta feita tiveram uma ajudazinha extra com um Hammond no tema Arcane, sendo que é apenas a segunda vez que permitem que alguém fora do duo entre nas suas composições. Phantom Knocks pode ser visto como uma longa faixa dividida em oito rituais xamânicos individuais com elementos e paisagens sonoras recorrentes, algo que os Grin nunca experimentarem. Mas o resultado é promissor…

 

Olá, pessoal, como estão? Obrigado pela disponibilidade. Primeiro, podem apresentar os Grin aos metalheads portugueses?

Olá, Pedro, estamos muito bem, obrigado pela entrevista. Somos uma dupla de heavy psych-doom de Berlim, nascida no início de 2018. Até agora lançamos 3 longa-duração, o nosso álbum de estreia Revenant em 2018, o sucessor Translucent Blades em 2020 e Phantom Knocks que acabou de sair em outubro de 2022.

 

Existem várias bandas chamadas Grin, até mesmo uma no vosso próprio país, a Alemanha. Isso não vos afeta?

Bem, que eu saiba não houve nenhuma confusão. Eu acho que desde que não sejam dentro do mesmo género, não há o risco de haver enganos. Há Grin’s suficientes para todos (risos).

 

Phantom Knocks é, então, o vosso novo álbum, dois anos depois de Translucent Blades. Quais foram os propósitos e objetivos para este novo álbum?

Quando começamos a escrever um novo álbum, nunca temos planos ou intenções precisas de antemão. Isso geralmente surge gradualmente durante o processo de escrita e gravação. Na verdade, foi sempre assim connosco, também com nossos outros projetos, mas, no final, tem que ser um álbum incrível.

 

Neste álbum mantém as vossas marcas registadas, mas conseguiram injetar algo novo em comparação com os álbuns anteriores?

Phantom Knocks pode ser visto mais como uma longa faixa dividida em oito rituais xamânicos individuais com elementos e paisagens sonoras recorrentes, algo que nunca fizemos antes. Também despendemos muito mais tempo e energia neste álbum do que nos anteriores, quer na escrita quanto na gravação. Tudo soa mais complexo, mais pesado, mais psicadélico e, desta vez, é um pouco mais acessível.

 

No processo criativo, trabalharam apenas em dupla ou tiveram ajuda de algum membro exterior à banda?

Até agora sempre escrevemos e gravamos tudo por nós próprios e não acho que nada vá mudar a esse respeito no futuro próximo. Com exceção de Kyle dos Zaum que contribuiu com os vocais e letras da música Ordinand no nosso álbum de estreia e Rene no Hammond em Arcane no novo álbum.

 

Exatamente, para essa música chamaram René Noçon para o Hammond. Qual foi o vosso objetivo?

Isso foi muito espontâneo. René é um velho amigo nosso que acabou de gravar o seu álbum a solo no meu estúdio aqui em Berlim, por isso perguntei-lhe se gostaria de contribuir com algumas partes de órgão para o tema Arcane e foi assim que acabou no álbum. Obrigado, novamente Monsieur Noçon!

 

Que vídeos gravaram a partir deste álbum?

Temos dois vídeos e um visualizer-video. Um para a faixa Shiver, que contém algumas imagens das nossas sessões no Hidden Planet Studio e depois um vídeo bastante hipnótico para a faixa Arcane. Uma bela viagem por paisagens distópicas e extraterrestres. Por favor, confiram!

 

O que têm programado para uma tournée para promover Phantom Knocks?

Faremos mais alguns espetáculos este ano, que serão anunciados em breve e depois trataremos dos festivais e tournées para 2023.

 

Muito obrigado, pessoal, mais uma vez. Querem acrescentar mais alguma coisa?

Foi um prazer. Muito obrigado.


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