Devem ser poucos os que nunca dançaram
ou cantarolaram o tema Everything About You dos Ugly Kid Joe. Já se passaram
muitos anos, faz precisamente 30 este ano, mas a banda continua a destilar o
seu hard rock diversificado e com bastantes
influências acústicas. E com Rad Wings Of Destiny, lançam o seu primeiro álbum
em sete anos, voltando a trabalhar com Mark Dodson com quem tinham
compartilhado as funções nesse lendário America’s Leas Wanted. O guitarrista
Klaus Eichstedt falou-nos do novo álbum e compartilhou histórias do passado.
Olá,
Klaus, tudo bem? Obrigado pela disponibilidade. Rad Wings
Of Destiny é o vosso novo álbum que surge
após um hiato de 7 anos. O que têm feito desde o lançamento de Uglier Than
They Used Ta Be?
Olá, bom
obrigado. Andar em tournée com os Ugly Kid Joe, desenhar t-shirts, escrever músicas e criar filhos.
Todas
as músicas incluídas em Rad Wings Of Destiny são criações recentes ou foram escritas ao longo dos últimos 7 anos?
A maioria foi
escrita nos últimos 3 anos.
Para
este álbum voltaram a trabalhar com Mark Dodson. Quais foram os vossos propósitos
e objetivos ao convidá-lo?
Ele é um grande
produtor e um bom amigo da banda. Fizemos America's
Least Wanted com ele e, na altura, gostamos muito de trabalhar com ele, e
ainda gostamos agora. Ele e Whit compartilham um amor pela produção ao estilo old school.
Naturalmente,
são uma banda que é fortemente influenciada pelo incrivelmente bem-sucedido single
Everything About You e pelo álbum America's
Least Wanted. Mas passaram-se 30 anos. De
que forma olham agora para esse enorme sucesso naquela época?
Estamos muito
agradecidos por isso e percebemos que isso raramente acontece, especialmente
com um bando de idiotas com 20 e poucos anos. É incrível o que uma música de
sucesso pode fazer. Nós somos muito sortudos.
Três
anos depois, Menace To Sobriety também foi muito bem recebido, mas em 1997 a banda separou-se. O que
aconteceu? Achas que, de alguma forma, foram reféns do vosso próprio sucesso?
Não, reféns não.
Acho que nos estávamos a distanciar lentamente como músicos e pessoas e
estávamos todos à procura de outra coisa, algo novo para fazer. Eu acho que, de
certa forma, a separação foi muito saudável.
O
reencontro aconteceu por volta de 2010, certo? O que vos motivou a voltar à
ação?
Sim. Whit e eu
fomos convidados por uma banda em Lake Tahoe chamada Fortress apenas por diversão e ainda tínhamos aquele fogo para
tocar juntos em palco… e Shannon e Dave, que estavam a trabalhar num álbum dos Godsmack na altura ligaram e perguntaram
se gostaríamos de fazer um álbum de reunião... Acho que eles tinham estado a
beber (risos)… o que obviamente concordamos que era uma boa ideia.
Atualmente, a banda é formada por todos os
membros originais?
Mais ou menos: tem
havido membros a ir e a vir, às vezes originais, às vezes novos, mas Whit e eu
temos sido os pilares e Dave ainda é parte integrante das composições da banda
e da produção, enquanto Cordell esteve envolvido na maioria das coisas dos UKJ.
Vamos voltar a Rad Wings Of Destiny. Este álbum é, mais uma vez, uma colecção de
temas de hard rock sempre com a forte presença da guitarra acústica. É uma
marca registada dos UKJ?
Eu não diria que a
guitarra acústica é uma marca registada dos UKJ, mas está em muitas das nossas coisas porque simplesmente faz
tudo soar melhor. Nós sempre adoramos o som do acústico e a forma como ele
complementa as guitarras elétricas. Dave é o nosso virtuoso interno da guitarra
acústica.
De
qualquer forma, se eu te pedisse para descrever este novo álbum, o que dirias?
É um disco de hard rock com diversidade... e um pouco old school. Algo para todos. Há algumas
letras interessantes e não há um tema comum.
Em
breve regressarão à Europa para apresentar este álbum. O que têm preparado para
esta tournée?
Estamos a
preparar-nos para tocar algumas músicas novas do novo álbum! Mal posso esperar.
Portugal
estará incluído?
Espero que em
breve, mas não nesta primeira fase em novembro. Agora será apenas o Reino
Unido.
Antes
de terminarmos esta entrevista, podes contar-nos essa velha história de como criaram
o vosso nome apenas para um espetáculo, como forma de brincadeira com os Pretty
Boy Floyd?
Estávamos sem
nome, melhor, estávamos entre algumas opções e recebemos uma ligação de um
clube local em Santa Barbara a dizer que tinham uma vaga de abertura para nós
com os Pretty Boy Floyd. Pesquisamos
quem era e percebemos que eram uma banda muito glam de Hollywood… basicamente pareciam o oposto de nós, portanto como
uma piada nós dissemos sim e o nosso nome será: Ugly Kid Joe… abrindo para Pretty
Boy Floyd (risos). Muito engraçado.
Por
que decidiram manter o nome depois disso?
Simplesmente
colou! O nome tinha um bom toque. E era original. Fácil para os direitos de
autor.
Obrigado, Klaus!
Obrigado.
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