Asynapse é o segundo álbum
para os espanhóis Exessus, uma banda que parte do thrash mas prefere
deixar para ouvintes discernirem onde irão chegar. Foram cinco anos desde a sua
estreia, Time In Coma, mas a pandemia teve aqui um efeito importante
neste atraso. Estes foram alguns dos temas de conversa com o vocalista e
guitarrista Iván Exe.
Olá, Iván, como estás? Obrigado pela
disponibilidade e parabéns pelo vosso novo e excelente álbum. Asynapse mostra,
sem sombra de dúvidas, a forma como o vosso projeto se desenvolveu e cresceu.
De que forma se preparam para este novo álbum?
Obrigado pelo teu interesse na banda. É um prazer responder às tuas
perguntas. Preparamo-nos muito para este novo álbum. Tivemos que incrementar um
pouco, já que este álbum foi um passo em frente tanto em termos de música quanto
de letras. No final, é tudo o resultado se prática e trabalho duro.
Desta
vez, o que trouxeram de novo para a mesa de composição ou processo de produção?
Uma das coisas em que eu acredito que mais mudou no processo de composição
foi o facto de que agora temos uma melhor compreensão de como dizer mais com
menos, e esse 'menos' é realmente melhor que o antigo 'mais'. Por outras
palavras, acho que crescemos como músicos e que somos capazes de expressar
intenções de forma mais concisa e de uma maneira precisa.
Asynapse é lançado cinco anos após o vosso álbum
anterior, Time In Coma. Por que demoraram tanto entre os
lançamentos?
Não demoramos 5 anos para compor e gravar um novo álbum, talvez 2 anos ou
menos para compor e mais 1 para gravar. No entanto, há 2 razões pelas quais
demorou 5 longos anos para o lançar. A primeira razão foi a COVID e todas as
implicações que teve, por isso decidimos que era melhor esperar por um melhor momento
de lançar a música da maneira que queríamos. A segunda razão é que nós queríamos
fazer um bom plano de lançamento que envolvesse uma boa tournée na
Espanha, portanto tivemos que esperar até que pudéssemos encontrar a pessoa para
o fazer. No final, tivemos a sorte de nos juntar-mos à Blood Fire Death
e podemos dizer que temos um agente incrível que está a fazer tudo isso possível.
Isso
proporcionou o tempo necessário para fazer as músicas crescerem e se desenvolverem
nas grandes canções que são?
Honestamente, devo dizer, de forma muito humilde, que somos muito rápidos a
compor música. Temos sempre ideias e sentimentos que queremos expressar e, na verdade,
muitas músicas não fizeram parte do segundo álbum, que já tem mais de 1 hora de
duração. Portanto, para responder à pergunta, não precisávamos de tanto tempo
para compor música. Nós usamos todo esse tempo para planear adequadamente o
lançamento.
Pelo meio, vivemos uma pandemia. Como lidaram
com isso?
Não foi fácil. Para ninguém. No nosso caso, foi uma situação estranha, pois
tínhamos o álbum gravado e boa parte do plano de lançamento já estava pronto
para ser realizado, mas tivemos que esperar até que a situação voltasse a algum
tipo de normalidade, mas realmente não sabíamos quando isso iria acontecer. Foi
estranho, tempo com muitas incertezas, mas no final continuamos juntos e
fortes.
Já agora, como foi desta vez a metodologia
de trabalho da banda na composição das músicas?
A metodologia de trabalho é mais ou menos a mesma do primeiro álbum. Eu assumo
o papel de compositor, pego nas minhas ideias e nas ideias do resto da banda e
coloco-as todas juntas numa estrutura coerente para que acabemos por ter uma
música. O processo não é tão simples assim, mas já dá para ter uma ideia da
metodologia.
Asynapse é considerado um álbum thrash. No
entanto, cada um de vocês injeta as suas influências individuais. Assim, no
final, como definirias a vossa música?
Essa é uma pergunta difícil, já que não nos importamos muito com tags
na música. Gostamos? Fixe. Não gostamos? Vamos a algo diferente. Mas nesse
processo nunca realmente consideramos se algo é do género X ou do género Y. Nós
somos obviamente Metal, mas uma vez que isso esteja resolvido, cabe às
pessoas usarem o rótulo que acharem mais confortável.
Uma equipa vencedora nunca muda, certo? Foi
por isso que voltaram a trabalhar com Gerard Rigau?
Sim, não poderias ter definido melhor. Ele é um profissional incrível e
sentimo-nos muito bem a trabalhar com ele. Ele fez um excelente trabalho com o
processo de gravação de Asynapse.
Agora com o álbum lançado, quais são os planos
para espetáculos ou uma tournée?
Mesmo que não possamos falar muito agora, temos uma tournée planeada.
Fiquem atentos para ver onde Asynapse irá!
Muito obrigado, Iván, mais uma vez. Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pela entrevista. Foi um prazer responder-vos a todas estas
perguntas. Obrigado por apoiarem a cena Metal.
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