7488
é o disco de estreia dos prehistoricos e traz uma sonoridade que combina gerações,
fruto das vivências que cada um dos músicos e que reflete numa fusão de jazz,
rock, world music, funk e até hip-hop. César
Correia, baixista da banda, apresentou-nos este novo e excitante projeto
nacional.
Olá, César, tudo bem? Antes demais, obrigado pela
disponibilidade. Quem são os prehistoricos? Podem apresentar-nos este coletivo
nacional?
A banda prehistoricos nasceu a partir de temas
originais compostos por familiares e amigos próximos, que, juntos, se tornaram
num conjunto de músicas cheias de ritmo e jazz. A banda é composta por 5
elementos principais, mas por vezes convidamos músicos para tocarem connosco. A
harmonia nasce do André Gomes no teclado, Carlos Pires na
guitarra, Rúben Garção Silva no saxofone, Pedro Rodrigues na
bateria e eu, César Correia, no baixo.
Já agora, porque a escolha do vosso nome e, principalmente, a
escolha da maneira como é escrito?
O nome prehistoricos surgiu graças a uma equipa
de futebol, de rua, na altura dos anos 90, na zona das Galinheiras, que tinha
precisamente o nome de Pré-Históricos. As Galinheiras foi o bairro onde cresci
e, sendo assim, tornou-se numa grande homenagem à minha infância,
especialmente os momentos em que via os meus primos jogar à bola nesse clube.
Senti que o nome é tão apelativo que era inevitável não darmos esse nome à
banda. Decidimos que se escreveria "prehistoricos", por questões artísticas
e pelo trocadilho que aparenta, pois aparenta estar mal escrito.
Depois, parabéns pelo vosso excelente EP, 7488. E aqui, gostaria que falassem um pouco do vosso trajeto
musical até chegarem a este lançamento?
Somos todos músicos freelancers. Apaixonados
pela música, decidimos há uns anos criar uma banda juntos; os WACK.
Entretanto amadurecemos e nasceu este belíssimo projeto musical, os prehistoricos.
Na grande maioria das vezes, estamos sempre todos juntos. Nós e o jazz...
E é por esse tempo de partilha que nascem grandes obras musicais. A este grupo
juntou-se o Carlos Pires - a quem trato por Grão-Mestre - é a cereja
no topo do bolo, pois é o retrato perfeito daquilo que define os prehistoricos.
Que nomes ou movimentos mais vos influenciam?
O jazz fusão foi a maior inspiração para a
criação do 7488. Inspiramo-nos também em grandes nomes como Dave
Weckl, Snarky Puppy, Rippingtons e ente outros.
Uma das coisas mais curiosas é a escolha dos títulos quer para o
EP, quer para as músicas. Como é que surgem? E têm algum significado secreto?
Os nomes das músicas são experiências de vida vividas
sobretudo por mim, muitas delas partilhadas com quase todos os membros da
banda. Segredo, não diria, mas ao longo do tempo ir-se-ia perceber...
principalmente para quem vier ver os nossos concertos.
Como foi feita a montagem e criação de 7488?
Tinha as ideias bastante definidas, obviamente algumas
melhores do que outras, mas recordo-me de, no primeiro ensaio, que fiz com o
Pedro e com o André, ensaiamos algumas articulações de ideias, só que nenhuma
funcionou. Mas no dia certo, asseguro que surgiu o que hoje é o nosso 7488,
e a partir daí foi reunir o resto da malta.
Este álbum conta com alguns convidados. Como se proporcionou a sua
participação e que input conferiram às vossas composições?
A música Alma Velha foi feita especialmente
para a Tânia Tavares e sou suspeito, já que partilho vida com ela,
portanto foi facílimo. A Lady In Red saiu de um conceito de hip hop
jazz, onde o sumo partia exatamente do misticismo e estoicismo. Por isso,
concluí que o Vicente e o Dikas, que também faziam parte dos WACK, eram
as pessoas perfeitas para me acompanhar na compilação do tema.
O EP já foi lançado há uns meses, por isso, pergunto como tem
sido a sua receção?
Tem sido incrível, porque a aceitação tem sido tão
efusiva e as músicas que pensávamos que não chegavam a algum tipo de público,
são essas mesmas que nos surpreendem e fazem com que nós ainda cá andemos a
compor e a dar concertos.
Estando a iniciar o vosso trajeto, que objetivos e ambições têm?
Queremos ser ouvidos e que apreciem as nossas músicas.
Não queremos quaisquer tipos de fama, apenas reconhecimento pelo valor do nosso
trabalho. Queremos tocar em locais em que se consiga efetivamente passar a
nossa mensagem.
Pelo que percebi já tiveram oportunidades de apresentar este
disco ao vivo. Há planos para continuar?
Já apresentamos ao vivo em Lisboa, em dois concertos.
O nosso objetivo é precisamente continuar o nosso percurso. Principalmente,
tocar em qualquer canto do mundo que sejamos ouvidos! É das Galinheiras ao
resto do mundo! Esse é o objetivo a cumprir.
Obrigado, César. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Nós somos os prehistoricos e, a partir daqui, ouçam-nos com a maior atenção melódica possível.
Adoro o som desta banda quem não teve oportunidade ouçam que vão adorar estacamos precisando de uma banda em Portugal com esta sonoridade.
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