Desta vez o tradicional
intervalo de quatro anos entre cada disco, tão habitual nos Marauder desde o
álbum 1821, do ano 2000, não se verificou. A pandemia e as
mudanças de formação estiveram na origem desse atraso que, mesmo assim, foi disfarçado
com o lançamento da compilação The Demo Tapes (1991-1993). Quanto a este
novo álbum, o sétimo da banda grega, que incorpora, como vimos, dois membros
novos, traz um título que diz tudo Metal Constructions VII. E para nos
falar dele, precisamente um dos homens novos, o vocalista Tassos Krokodilos.
Olá, Tassos, tudo bem? Como estão desde a última vez que
conversamos, em 2016? O que têm feito os Marauder desde essa altura?
Saudações
desde Atenas, Pedro! Bem, acabamos de lançar o nosso novo álbum e estamos a
trabalhar para o promover o máximo que pudermos! Claro que ensaiar para alguns espetáculos
ao vivo é crucial!
É costume manterem um intervalo de 4 anos entre os
lançamentos, mas desta vez o espaço foi maior. O que motivou essa longa espera
desde Bullethead?
Bem,
definitivamente a loucura do COVID afetou-nos e tivemos algum tempo extra e
inspiração para compor o novo álbum. Situações difíceis fornecem sempre uma
inspiração para a verdadeira música do coração.
Houve duas grandes mudanças nos Marauder para este novo
álbum nas posições de vocalista e baterista. Acredito que isso também
influenciou o atraso de Metal
Constructions VII, estou certo?
Encontrar
novos membros nem sempre é fácil. Embora tenhamos mantido contacto desde a nossa
última cooperação, acredito que os elementos pensaram sempre em mim como sua
escolha número um. Não por causa das minhas habilidades como vocalista, mas por
causa da nossa longa amizade.
Desde quando estão a bordo? Já tiveram oportunidade de colaborar
no processo criativo das
novas músicas?
Quando
entrei na banda em 2022 a maior parte do material já estava composto pelo
Andreas. Acredito que o pessoal demorou e organizou as coisas com a maior calma
possível. Devo dizer que o resultado é positivo!
Dito isso, estas músicas novas são recentes ou são
construções de metal
edificadas desde o lançamento de Bullethead?
Não,
são frescas e ainda a contorcer-se! Como te tinha dito... muita inspiração que
não podia esperar.
O que nos podes dizer a respeito deste novo álbum, Metal Constructions VII? A começar pelo
título que parece ser de uma compilação. Por que a escolha deste título para o
álbum?
Os Marauder têm entregado
metal puro nos últimos 25 anos. Eu acho que este é o melhor título! É
claro que parte “VII” representa que é o nosso sétimo álbum!
Tem sido afirmado que este é um álbum semiconceptual.
Olhando para alguns títulos de músicas (Holy Bible, The Son Of God, Father), o
conceito tem algo a ver com o aspeto religioso?
Não,
não é um álbum conceptual. E a religião é sempre um tema interessante para
escrever uma música!
Por outro lado, têm músicas com títulos que se encaixam
perfeitamente nas questões do metal. Como lidam com essa mistura?
Não
acreditamos que haja um “obrigatório” em escrever músicas ou escolher títulos
de músicas. O que quer que sintamos ou pensemos, nós escrevemos! Tão simples
quanto isso!
O álbum 1821 é frequentemente citado como uma comparação com Metal
Constructions VII. Como vês essas comparações? Metal Constructions VII
é a continuação desse bem-sucedido álbum?
A única
coisa que se assemelha a 1821 é a música Never Die que poderia
ser facilmente ter sido incluída em 1821!
O álbum ainda não foi lançado há muito tempo, mas as
primeiras críticas têm sido incríveis. Como estão a reagir a todas essas
excelentes análises do vosso trabalho?
Estamos
muito gratos por isso e esperamos que mais pessoas possuam este álbum e
entendam todas as coisas que estamos a tentar dizer.
O que têm planeado em termos de tournées para este novo álbum? Portugal
estará incluído?
Neste
momento, não temos planos específicos para uma tournée. Talvez alguns espetáculos
no estrangeiro, mas nada está confirmado ainda.
Muito obrigado, Tassos, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado, Pedro, pela entrevista! Stay metal e quem sabe…? Talvez nos encontremos em Portugal um dia…
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