Mestres
do metal clássico, das harmonias,
das twin guitars e… dos títulos compridos! São os Blazon
Rite. E já roda por aí o tão aguardado segundo álbum dos verdadeiros
guerreiros do metal de Filadélfia, Wild Rites And Ancient Songs,
um álbum onde se exibe o metal clássico carregado de melodia e hinos. O
guitarrista James Kirn explica-nos tudo.
Olá, James, tudo bem? Obrigado pela disponibilidade. Em
primeiro lugar, podes apresentar a banda aos metalheads
portugueses?
Estamos bem! Somos os Blazon Rite de Filadélfia,
EUA. Tocamos heavy metal tradicional com elementos de NWOBHM e power
metal. Acabamos de lançar o nosso segundo álbum Wild Rites And Ancient
Songs e estamos muito animados por finalmente o poder compartilhar com o mundo!
Dois
anos se passaram desde o último álbum, o bem recebido, Endless
Halls Of Golden Totem. Como passaram esse tempo?
Passámos esse tempo a criar este álbum e a ensaiar as
músicas para o estúdio. Para este álbum, queríamos intensificar a nossa
composição e performance, por isso trabalhamos muito para trazer uma
nova energia para este nosso segundo lançamento.
Como
foi a vossa preparação para este álbum? Tentaram alguma nova abordagem,
criativa ou musicalmente falando?
Sim, queríamos que as músicas fossem mais enérgicas,
simples e cativantes. Tentamos ser mais diretos na nossa abordagem de
composição e Pierson, o nosso guitarrista, contribuiu com duas músicas para
este álbum que ajudaram a apimentar as coisas. Também quisemos fazer mais
coisas com guitarra acústica para o tornar um pouco mais folk.
Têm
um processo criativo muito rápido. Podes contar-nos como funciona e quem é o
principal responsável por esse setor?
Nós começámos a compor assim que o último álbum foi
lançado. Já tínhamos muitas ideias prontas, portanto esse foi o nosso lema, não
parar de escrever até que tivéssemos um álbum totalmente novo. Acabei de entrar
no modo de composição e não queria parar até ficar sem ideias. Acho que daqui
para frente vamos fazer uma pequena pausa e depois voltamos e escrevemos um
pouco mais de forma colaborativa.
Nesse
particular, de forma trabalharam as excelentes harmonias de guitarra?
Temos a ideia e limitamo-nos a desenvolvê-la. Às vezes
sozinhos ou na prática, mas em última análise, reunimo-nos. Geralmente eu tenho
a ideia e Pierson coloca o seu toque na sua harmonia e torna-a ainda melhor. As
harmonias são assim memoráveis, por isso tens que ter a certeza de acertar.
Uma
das coisas mais evidentes nas vossas músicas e álbuns são os longos títulos.
Podemos ver aqui algumas aproximações poéticas no campo lírico?
Às vezes preciso de mais palavras para transmitir o
conceito e acho que geralmente elas aparecem um pouco mais do que outros (risos).
Sempre respeitei títulos longos no metal porque sinto que estou a ganhar
mais dinheiro. Quero dizer, You’ve Got Another Thing Coming é
ridículo, mas é tão incrível e diz tudo. Eu penso quando escrevo as minhas
letras e sinto que quanto mais longo for o título, mais uma ideia o público terá
do que está para vir.
Por
falar nisso, qual é o significado do título do álbum Wild
Rites And Ancient Songs?
Apenas pensei que o título resumia os temas gerais do
álbum. Às vezes só vai tão fundo quanto parece old school e heavy
metal. Geralmente gosto de intitular o álbum com o nome de uma música do
álbum e agora não foi diferente. Algumas músicas falam sobre ritos selvagens e
essas músicas falam sobre temas que são antigos.
O
álbum soa muito orgânico. Foi gravado ao vivo em estúdio?
Na verdade, não. Gravámos este álbum, mas certificamo-nos
de que teríamos um espetáculo muito bom com o som das guitarras e bateria a
soar orgânico. Queríamos que soasse um pouco antigo e natural e não muito
moderno e superproduzido. Algumas pessoas gostam mais do som antigo e eu adoro o
som do último álbum, mas queria tentar uma abordagem diferente. Também usamos
alguns equipamentos incríveis em estúdio, o que ajuda sempre.
O primeiro
single
retirado deste álbum foi Salvage What You Can Of The Night. Por que
escolheram essa música? Há planos para lançar mais algum?
Pensamos que essa música era cativante como o inferno,
divertida e simplesmente brutal. É barulhenta, tem gang chorus e os riffs
e solos são incríveis. A letra é de topo e ridícula sobre uma noite de malta a
meterem-se em problemas numa antiga vila. Pierson também escreveu essa música, portanto
achamos que seria bom destacarmos uma canção sua.
Já
tiveram a oportunidade de tocar estas músicas ao vivo? E o que têm planeado para
o futuro?
Sim, já tocamos algumas delas ao vivo duas vezes e a
resposta tem sido incrível. Achamos que soam muito bem ao vivo, portanto foi
emocionante adicioná-las ao set. Fizemos
Autumn Fear Brings Winter Doom, Salvage… e Mark Of The
Stormborn Riders. Vamos continuar a escrever e a
fazer espetáculos enquanto pudermos.
Muito obrigado, James, mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pela entrevista e encorajo todos a conferir o nosso novo álbum Wild Rites And Ancient Songs.
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