Out Of The Dark (FROZEN LAND)
Massacre Records
Lançamento: 16/junho/2023
Out Of The Dark é o novo álbum dos Frozen Land e pode
ser dividido em duas fases bem distintas. Até ao tema-título, os finlandeses
mostram excelentes argumentos numa linha de power metal tradicional. A
abertura helloweeniana, King’s A Bitch, rápida, sing-along
e com uma atitude de alegria e descomprometimento dá o mote. The Prophecy,
surge logo a seguir, num registo mais compassado, com toques de neoclassicismo,
num misto de Stratovarius com Hammerfall, estes no segmento dos
coros épicos. Dying Of The Light volta a trazer velocidade, melodia e
neoclassicismo e fecha um trio de temas verdadeiramente assombrosos para abrir
um álbum. Não sendo particularmente inovador, até esta fase Out Of The Dark
posiciona-se na pole position dos melhores álbuns do género do ano.
Estranhamente, ao quarto tema surge a balada Don’t You Ever Leave Me.
Não é que seja uma má balada, mas foi claramente uma má aposta colocar este
tema nesta altura, quebrando nitidamente o embalamento e todo o empolgamento.
Mas está longe de ser a pior das opções tomadas pelos Frozen Land. Até
porque logo a seguir, The Northern Star, White Lightning e o
tema-título retomam as boas doses de descargas de power metal da escola
finlandesa. A primeira menos exuberante em termos melódicos, mas muito mais
espetacular em termos de composição; as restantes recuperando toda a alegria de
canções que apetece cantar até à eternidade. O pior vem depois. Os dois temas
finais não só não têm nada a ver com o que ficou para trás, como conseguem
destruir parcialmente toda a excelência do trabalho feito. Em The Slayer
e Señorita surge uma estranha e ridícula abordagem ao eletro pop.
É certo que a popalhada no metal se tem espalhado como uma
autêntica pandemia, principalmente depois do inusitado e inexplicável sucesso
dos Battle Beast. E, pelos vistos, também chegou aos Frozen Land.
E essa aventura completamente desnecessária custou a este álbum, à vontade, 8%
da sua classificação final. Porque, uma coisa é fazer uma versão de um tema
desse género (como tinha acontecido com Angels Crying, dos E-Type,
incluída em Frozen Land), outra, completamente diferente, é construir de
raiz dois temas assim! Apenas esperamos que não seja esse o caminho a seguir
pela banda e que tenha sido apenas uma experiência que não correu muito bem. A
qualidade do que está antes assim o exige. [84%]
Highlights
King’s A
Bitch, The Prophecy, Dying Of The Light, The Northern Star, White Lightning
2. The
Prophecy
3. Dying Of
The Light
4. Don’t You
Ever Leave Me
5. The
Northern Star
6. White
Lightning
7. Out Of The
Dark
8. The Slayer
9.
Señorita
Line-up
Tony Meloni -
vocais
Tuomas Hirvonen - guitarras, backing vocals,
vocais (8, 9)
Aleksi Salomaa - baixo
Antti Sorsa - teclados
Aki Kuokkanen – bateria
Convidados
Ute - kantele (5), backing vocals
(8)
Dirty J – vocais sujos (8, 9)
Max Malone - countdown
(8)
BirdyHead – teclados
(8, 9)
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