No
caso dos Pressure Points já é habitual longas esperas entre álbuns. Foram seis
anos para lançar a estreia, Remorses To Remember
(acabaria nomeado para os Finnish Metal Awards); cinco para o segundo, False
Lights e oito anos para o excecional regresso The Island. Causa
maior: problemas sérios na formação. Ultrapassada que está a tormenta, o
quinteto finlandês apresenta uma ilha rodeada por um mar de tranquilidade,
independentemente da forte agitação marítima causada pela qualidade das
canções. Em virtude de todas as vicissitudes, quem
assumiu a liderança artística foi o teclista Veli-Matti Kyllönen, aka,
Wellu, com quem estivemos à conversa.
Olá, Wellu, tudo
bem? Em primeiro lugar, deixa-me dar-te os parabéns pelo excelente novo álbum
dos Pressure Points. The Island é um verdadeiro passo
em frente em comparação com False Lights, não concordas?
Olá, e muito obrigado! Definitivamente, nós progredimos
como banda desde False Lights. Acho que pode ser ouvido principalmente
nas melodias, mas talvez também nas estruturas das canções: em The Island
há menos canções curtas ou, devo dizer, canções mais compactas. Com False
Lights o tema mais curto tinha 7,30 minutos, agora estamos nos 5! Estamos a
tornar-nos cada vez mais catchy!
Mas, porquê 8 anos
entre os dois álbuns? O que fizeram neste período?
Tivemos alguns problemas sérios com a nossa formação.
Bem, com guitarristas e vocalistas guturais para ser mais exato. Houve alguns
que tentaram, incluindo Saku Aaltonen, que também escreveu canções para novo álbum. Mas,
na maioria das vezes, estivemos a tentar construir uma banda novamente e como que
tínhamos que aprender a fazer tudo pela nossa unidade central, Vili, Janne e
eu. Isso demorou algum tempo!
Entretanto receberam
um novo vocalista, Juha Tretjakov. Desde quando ele está a bordo? Já teve oportunidade
de colaborar no processo criativo deste álbum?
Juha já está na banda há cinco anos. E que bom
partido é ele! Som único, personalidade muito boa, musicalidade profissional
combinada com habilidades enérgicas de frontman. Mas, no final, Juha é
um nerd total, que é como uma cereja no topo do bolo! Juha escreveu
letras, fez toda a arte do álbum e também é responsável por algumas melodias.
Em termos de
comparação, como foi o trabalho para este álbum? Seguiram a mesma metodologia
de antes ou tentaram alguma nova abordagem?
Tivemos que renovar todo o processo: como não
tínhamos nenhum compositor na banda, assumi o comando de líder artístico. Enquanto
costumávamos trabalhar no local de ensaio, eu trabalho principalmente por mim próprio.
Poli as minhas demos o máximo que pude antes de as mostrar à banda e
depois como que seguimos o padrão usual, onde toda a banda dá o toque final na
música e que faz a música soar como Pressure Points. Desta vez o nosso baterista Vili também teve um
grande papel como produtor ao fazer as misturas finais: a sua determinação e
escolhas difíceis fizeram o álbum soa tão fresco e arejado quanto parece.
Podemos considerar The Island como um álbum conceptual? Se sim, que temas são abordados?
Na verdade, não. Não há um tema, mas histórias
que escrevemos na altura. The Island é uma história dos 8 anos que levou
para o fazer. Às vezes, toda a esperança sobre o futuro foi perdida, mas, de
alguma forma, mantivemos a banda viva. E estamos muito felizes do que fizemos
agora. E consigo ouvir todas essas emoções naquelas músicas.
Com estes 8 anos de
hiato, as músicas apresentadas neste álbum são todas recentes ou há alguma que
seja mais antiga?
Todas as músicas são novas, mas compostas durante
um período de 5 anos. As mais novas como Two Moons e So Ordinary
foram feitas em 2 anos ou algo assim. Na verdade, já temos algum novo material
cozinhado, mas também alguns riffs matadores dos velhos tempos. Eu
prefiro trabalhar principalmente em coisas novas, mas alguns riffs
parecem seguir-te ao longo dos anos, esperando pelo momento e lugar certos.
Quem sabe, se vai ser a nossa próxima música!
O que têm
programado em termos de tournée para promover este álbum?
Trabalho em andamento! Posteriormente informaremos
sobre as tours.
Muito obrigado, Wellu,
mais uma vez. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado! Aos leitores: Divulguem! The Island
é o nosso melhor álbum até agora e se gostam de bandas como Leprous, Opeth, Dream Theater, também poderão gostar
de nós! Sejam progressivos e experimentem!
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