Se a
pandemia parou alguns projetos, outros surgiram precisamente devido a ela. Foi
o caso dos aBAND’onados, banda de Coimbra nascida em 2020. O primeiro
longa-duração só deverá começar a ser gravado para o ano, mas os vários singles, entretanto lançados, têm sido bastante bem
recebidos. Por isso, oportunidades para tocar ao vivo não têm faltado e sempre
com boas reações. Ricardo Serra foi o cicerone desta visita em formato
entrevista por esta nova entidade musical nacional.
Olá, Ricardo, tudo bem? Podes apresentar-nos
este novo coletivo nacional, os aBAND’onados? Quando começaram e o que vos
motivou a erguer este projeto?
Olá,
tudo bem. E com o Pedro? Os aBAND’onados, banda rock de Coimbra,
surgiram em meados de 2020. Pode parecer estranho, mas o que nos motivou a
erguer este projeto, foi a pandemia. Outro projeto musical, onde 3 de nós ainda
estamos inseridos, viu-se obrigado a parar por causa do cancelamento de eventos
e espetáculos. Foi durante esta fase que peguei na letra de Ao Metro,
que tinha escrito já há algum tempo, e comecei a compor o tema. Devido ao
sucesso do tema percebemos que o projeto tinha pernas para a andar e decidimos
continuar a fazer a nossa própria música.
De que forma surge o vosso nome, especialmente
com essa curiosa forma de ser escrito?
Curiosamente
surge por causa da pandemia. O nome foi a forma que arranjamos de marcar aquela
época muito difícil para todos os artistas que, de certa forma, ficaram
abandonados. Digamos que o nome da banda é uma homenagem a todo o pessoal do
meio artístico. Depois, se bem me lembro, foi o Basílio (baterista) que teve a
ideia de usar aquele trocadilho e no meio do nome destacar “BAND”.
Já tinham tido outras experiências musicais
antes desta nova aventura?
Sim.
Todos nós já passamos por vários projetos musicais e, neste momento, ainda
estamos a conciliar outros projetos com os aBAND’onados. A
particularidade é que este é o primeiro projeto de originais que surge no nosso
percurso.
Que nomes ou movimentos mais vos influenciam?
Somos
uma banda rock que, devido às influências dos vários elementos, explora
o pop rock, alternative rock, indie rock, punk rock,
pop punk, entre outros. Como todos os temas da banda são cantados em
português podemos referir algumas influências nacionais: Tara Perdida,
Peste & Sida, UHF e G. N. R. são alguns exemplos.
O vosso primeiro single foi para o tema Ao Metro que rapidamente
se tornou um sucesso, e que tem uma curiosa história por trás. Queres
compartilhar?
Há
quase 15 anos deu-se a extinção dos serviços do Ramal da Lousã. O que estava
previsto era substituir as automotoras pelo metro, mas as obras pararam quando
ainda mal tinham começado. A extinção dos serviços para dar lugar ao Metro
Mondego causou vários protestos por parte da população, que se encontra até aos
dias de hoje sem qualquer transporte público naquele troço. Quisemos ser a voz
do povo e mostrar o descontentamento de todos em relação a esta situação que se
arrasta há anos. Deverá ter sido coincidência, mas gosto sempre de referir, a
nível de curiosidade, que as obras foram retomadas pouco tempo depois de
lançarmos o single Ao Metro.
Depois de Ao Metro
que outros singles já lançaram?
Lançamos
mais três singles: Este País, Mosquito na Teia e Tu Só
Vives Uma Vez.
Um primeiro longa-duração já está a ser
preparado? O que nos podes adiantar a este respeito?
Sim,
estamos a trabalhar nesse sentido. Estamos prestes a terminar a composição dos
temas que ainda faltam para o primeiro álbum. Posso adiantar que vamos para
estúdio no próximo ano, mas não consigo falar em prazos por enquanto. Entretanto
quem quiser ouvir alguns dos temas que farão parte deste CD pode ver a banda ao
vivo nas datas que já temos agendadas.
Como funciona o processo de composição nos
aBAND’onados?
O
processo já aconteceu de várias formas. A única regra que mantemos até agora é:
primeiro a letra e depois a música. A maior parte das letras são escritas por
mim e, assim sendo, já levo algumas ideias de arranjos para os ensaios. Estes
podem ficar ou não, consoante opinião dos restantes. Também já aconteceu o João
(guitarrista) chegar a um ensaio com uma letra e um arranjo feitos por ele e,
em pouco tempo, estávamos todos entrosados naquilo e o resultado foi muito
agradável para todos. No último tema que criámos apresentei a letra num ensaio
e disse: “Tenho aqui esta letra, mas ainda não tenho ideias para a música.
Vamos criar isto todos juntos agora”. E a coisa fluiu. É como digo, não temos
uma regra.
Como tem sido a apresentação ao vivo deste
álbum? Sei que têm estado bastante ativos, logo como tem sido a reação e a
receção?
Tem
sido bastante positivo. Temos recebido bastantes elogios do público que nos vê e,
quem nos segue e nos conhece desde o início, diz que estamos cada vez melhor em
palco. É incrível ver que há pessoas que já sabem de cor refrões de temas que
ainda nem editámos.
Mas, há mais datas previstas para os próximos
tempos. Queres referir onde os fãs vos poderão ver ao vivo?
Claro
que sim. Vamos passar por Freamunde, Figueira da Foz, Coimbra, Lisboa e Aveiro.
O primeiro é já dia 14 de outubro na Paranoid Beer & Records. Gostaria
de destacar o concerto no Liquidâmbar em Coimbra porque estamos em casa
e contamos com casa cheia.
Obrigado, Ricardo! Queres acrescentar mais
alguma coisa?
Quero
desde já agradecer a oportunidade que nos deste e pedir ao pessoal que nos siga
nas redes sociais e plataformas digitais. Aproveito para referir que estamos
disponíveis para agendamento de concertos através do e-mail: abandonadosbanda@gmail.com. Um abraço e obrigado.
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