Em todos os campos
musicais se tem notado que o talento tem vindo a crescer no nosso país. O
resultado é o surgimento de inúmeros projetos dos mais diversos quadrantes
musicais, aos quais tentamos, naturalmente, dar voz. Desta feita o espaço de
antena é atribuído aos Tontos, coletivo que lançou Réstia em formato
digital no ano passado e promove o formato físico atualmente. Acabados de pisar
dois palcos importantes (Casino Estoril e Sol da Caparica), os Tontos
reuniram-se para falar com Via Nocturna.
Olá, pessoal, tudo bem?
Podem apresentar-nos este coletivo nacional, os Tontos? Quando começaram e o
que vos motivou a erguer este projeto?
Olá, Pedro! Muito obrigado pelo convite. Então, os TONTOS
são Vasco Boucinha, Joel Cabeleira Costa, Cláudio Zacarias
e Júlio Guerreiro. Este projeto nasceu com o Vasco e o Joel a tocarem
umas coisas juntos, depois aos poucos, foram surgindo várias composições. A
dada altura sentimos a necessidade de avançar com as músicas em formato de
banda para tocar ao vivo, e foi nessa altura que entraram o Júlio e o Cláudio e
com eles a sonoridade caraterística da banda.
De que forma surge o
vosso nome? Tem algum significado especial?
Nós andámos bastante tempo à procura de um nome.
Queríamos algo que fosse fácil de lembrar e que de alguma maneira fizesse as
pessoas pensar, que provocasse uma reação. Tontos desempenha bem essa
função. A nossa forma de estar e de ser também nos leva a ter uma atitude
despretensiosa relativamente à atitude e estado de espírito. Ou seja,
normalmente vemos as coisas pelo lado positivo, sabes, “o copo meio cheio”.
Portanto nunca vemos Tontos pelo seu lado depreciativo e por todas essas
razões o nome assentou que nem uma luva. Às vezes até achamos que devíamos
todos ser mais tontos.
Já tinham tido outras
experiências musicais antes desta nova aventura?
Sim, todos nós sempre estivemos ligados à música.
Tontos são uma banda
que tanto bebe no rock como em outras áreas musicais. De que forma
conseguem conjugar essa panóplia de influências?
É verdade, todos temos um leque enorme e diversificado
de influências musicais. Bom, nós fazemos a música que gostamos de ouvir,
portanto o nosso processo consiste, basicamente, em integrar as influências que
temos, dentro da nossa linguagem musical e é assim que conseguimos conjugar
tudo com naturalidade. Dito assim até parece fácil (risos), mas é verdade.
Assim sendo, de que
forma é feito o trabalho de composição na banda?
No início era tudo feito entre o Vasco e o Joel e a
grande maioria das músicas do álbum Réstia vem daí. Depois, já em banda,
o Júlio e o Cláudio começaram a contribuir para as composições. Portanto, o
lançamento do álbum, para além do registo das canções, foi também a conclusão
de um capítulo.
Réstia é o vosso álbum de estreia que
foi lançado, pelo que pude perceber, digitalmente no ano passado. No entanto,
agora estão a promover o lançamento em formato físico. Porque decidiram dar
este passo?
A sequência de eventos foi surgindo naturalmente à
medida que os passos iam sendo dados. O ano passado, surgiu a oportunidade de
trabalhar com a Editora Farol Música, que gostou do nosso trabalho e que
tem desempenhado um papel crucial para a banda. Já muitas coisas importantes
aconteceram por causa deles. O formato físico é também uma maneira de tentar
abrir outras portas e um belo cartão de visita!
O último single foi para o
tema Faz o Relógio (Parar), mas já têm lançado vários ao longo do tempo,
não têm? Para além deste último que outros já têm a rodar?
Sim, temos. Por ordem cronológica os singles
com vídeo foram: Viro Costas a Mim, Só para Ti “Rouxinol”, Não
Voltar, Réstia e Faz o Relógio (Parar).
Como tem sido a
apresentação ao vivo deste álbum? Sei que recentemente apresentaram o álbum no
Casino Estoril. Como correu a noite?
Tem sido muito gratificante. Tocar ao vivo é o que
realmente gostamos de fazer. Poder partilhar as nossas músicas, as palavras, a
nossa energia é realmente um privilégio. A noite correu bem, é um sítio
importante para mostrar o nosso trabalho e felizmente tivemos bastante apoio do
nosso público.
E a presença no Sol da
Caparica? Como foi a receção?
O Sol da Caparica foi uma experiência
fantástica, saímos de lá de coração cheio e felizes por poder ter participado e
ter feito parte de um dos grandes festivais nacionais. Foi um grande teste para
nós e sentimos que estamos preparados para este tipo de eventos. A receção foi
ótima, fomos muito bem recebidos.
Ao vivo têm atuado com
um baixista convidado. No álbum quem assumiu essa posição?
Sim é verdade, o nosso querido Abelhinha! No álbum foi
o Joel que assumiu a maior parte dos baixos. O Vasco gravou dois temas e outros
dois o Sérgio Júlião que chegou a fazer parte da banda.
Já há novidades quanto
ao nome de um baixista permanente?
Ainda não. As coisas têm corrido bem e com
naturalidade e certamente, a seu tempo, tudo se irá compor da melhor maneira.
Há mais datas previstas
para os próximos tempos. Queres referir onde os fãs vos poderão ver ao vivo?
Para já temos várias propostas em cima da mesa, mas
ainda por confirmar. A melhor maneira de nos seguirem e apoiar é através das
redes sociais, lá damos todas as informações ao minuto. Subscrevam nos nossos
canais e carreguem no sininho (risos). Mas é verdade, as redes são parte
crucial da comunicação das bandas.
Obrigado, pessoal!
Querem acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado, nós, pelo convite e por podermos partilhar
contigo e com o teu público um bocadinho da nossa história. Continuem a apoiar
a música portuguesa, felizmente não há falta de talento no nosso país.
Força rapazes!!! Estamos juntos 💪💪💪
ResponderEliminarMuito bom! Parabéns!
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