Despite The Rise Of The Sun é o
segundo lançamento do quinteto americano de prog death metal melódico Solemn Vision E é uma
prova tangível que
o trabalho árduo permite resultados superiores. Este
álbum traz músicas que a banda não só sempre quis escrever e gravar, como também
ouvir, como os próprios ouvintes e fãs de música. Um álbum com temas mais curtos,
agressivos e diretos que os presentes no primeiro álbum homónimo e que os
confinamentos ajudaram a moldar. Desde as profundezas de Brooklyn, o quinteto
acedeu a responder às nossas questões.
Olá, pessoal, como
estão? Despite The Rise Of The Sun é o vosso segundo álbum de
estúdio. Como têm sido as reações até agora?
Até agora muito positivas.
De que forma Despite The Rise Of The
Sun mostra a vossa evolução como banda?
Este disco conta com contribuições de composições de
todos os membros da banda e é resultado direto desse facto.
Como foi o processo de
composição para este álbum? Mudaram alguma coisa em relação ao anterior?
Embora o primeiro álbum tenha algumas músicas escritas
na íntegra, este álbum foi um esforço muito mais colaborativo do que o
anterior.
Já estavam a trabalhar neste
álbum desde antes da pandemia. De que forma os confinamentos atrasaram o
lançamento deste álbum?
Tínhamos cerca de 4 músicas prontas antes do confinamento.
Quando este terminou em Nova York, os bares e restaurantes ainda não deixavam
as pessoas entrar e os lugares exteriores também eram limitados, portanto, eu,
Carlos e Mau encontrávamo-nos quase todos os dias no nosso estúdio e continuamos
a escrever, com Aaron a vir ao fim de semana para adicionar o seu toque. Kadin
mora no outro lado do país, por isso enviaríamos coisas para ele e vice-versa.
Entramos no estúdio de gravação Westfall em agosto de 2021 e passámos o
mês inteiro a gravar. Depois de termos os masters, começámos a procurar editoras
e aqui estamos hoje.
Esse atraso ajudou no
crescimento das músicas de Despite The Rise Of The Sun?
Certamente. Surgiu tudo organicamente e nada foi
apressado.
Comparado ao vosso álbum
homónimo, Despite The Rise Of The Sun tem músicas consideravelmente
mais curtas. Por que decidiram seguir esse caminho musical?
Inclinamo-nos para músicas mais agressivas e diretas,
as durações mais curtas não foram realmente intencionais. Com todos a
contribuir para os preparativos, simplesmente aconteceu dessa forma.
Sobre o que fala este
álbum, em termos líricos?
Vai desde doenças mentais, até algumas músicas com
temas de fantasia, até lutas internas e externas. Não foi planeado, mas o tema
recorrente parece girar principalmente em torno de estar numa situação difícil.
Após o surto de Covid e os confinamentos, sentimos que as letras deste álbum seriam
compreensíveis para muitos ouvintes.
Como foi o trabalho de
estúdio para esse álbum?
Sem problemas. Literalmente moramos no estúdio durante
17 dias e trabalhamos nele entre 8 e 10 horas por dia. Um grande agradecimento
a Billy Pfister de Westfall por dar vida à nossa visão!
Este é o vosso primeiro
álbum pela Black Lion Records. Como se proporcionou essa parceria?
Eles foram-nos recomendados por um amigo e entraram em
contacto. Gostamos do roster deles e eles pareceram interessados, portanto
começámos a conversar, negociar e aqui estamos.
Quais são os vossos planos
para promover este álbum em palco? Portugal estará incluído?
Planeamos fazer o máximo de tournées que
pudermos. Idealmente, adoraríamos voar para a Europa e percorrer todo o
continente, incluindo Portugal, mas infelizmente não temos nada em preparação
para isso neste momento.
Obrigado, pessoal, foi
uma honra. Querem enviar alguma mensagem para os vossos fãs portugueses?
Obrigado pela entrevista. E obrigado a todos os fãs
portugueses que amam e apoiam o que fazemos e esperamos tocar para todos vocês
em breve!
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