Entrevista: Nemedian Chronicles


 

A vontade de trazer de volta os gloriosos momentos do epic metal, numa altura em que as fações mais extremas dominam, é o grande objetivo dos Nemedian Chronicles. Para já apresentam-se com uma narrativa inovadora, assente nos escritos de Robert E. Howard e nos Reinos Hiborianos, nomeadamente na civilização Nemédia. O baixista Guillaume Lefebvre explicou-nos este fascínio e já avançou que a banda irá estar presente, daqui a sensivelmente um ano, no importante Up The Hammers Fest.

 

Olá, Guillaume, obrigado pela disponibilidade. Podes apresentar este projeto Nemedian Chronicles aos metalheads portugueses?

Sim, claro! Olá, bom dia aos metalheads portugueses! Somos os Nemedian Chronicles, uma banda francesa de power metal de Toulouse e Pau, no sul da França, e acabamos de lançar o nosso primeiro álbum!

 

Quando nasceu este projeto e com que finalidade?

A banda foi formada em 2017 por mim, o baixista, e pela Katia, a empresária que imediatamente procuraram músicos para esta nova aventura! O nosso propósito é contar as grandes proezas de Conan, o Cimério e outros heróis hiborianos numa banda épica de heavy/power metal!

 

Que crónicas são essas que trazem para os metalheads?

São as crónicas da Nemédia, uma civilização que é mais ou menos equivalente à Alemanha e à Áustria da Era Hiboriana. Os estudiosos escreveram crónicas sobre Conan, razão pela qual todas as histórias de Conan começam pelas famosas Crónicas Nemédias Know oh Prince… Daí o nome da banda!

 

Qual a importância das histórias de Robert E. Howard para a definição do conceito da banda?

É primordial! Decidimos concentrar-nos nas várias histórias incríveis e aventureiras escritas por esse autor genial. Ele também era amigo de HP Lovecraft e definitivamente havia algo mais sombrio e selvagem no seu trabalho em comparação com muitos outros trabalhos de fantasia. Howard é e continuará a ser a nossa principal fonte de inspiração.

 

O que nos podes dizer a respeito das vossas principais influências e objetivos para este álbum de estreia?

Depois da inspiração das letras, vamos ver as musicais… Somos influenciados principalmente por bandas de power metal como Blind Guardian, Hammerfall e Running Wild, mas também por bandas de heavy metal como os bons e velhos Iron Maiden. Também citaremos Manowar, é claro, pela vibração bárbara! Há também influência de compositores de música clássica que escreveram bandas sonoras de filmes, como Basil Poledouris ou Ennio Morricone. Os nossos objetivos? Bem, vamos tentar fazer o melhor que pudermos, vamos ver onde isso nos levará! Se há um objetivo por trás de tudo isso, digamos, é ajudar a manter vivas coisas que amamos: Conan, o Bárbaro e a música epic metal numa época dominada pelo metal extremo.

 

Como trabalharam o processo criativo? Como funcionam as coisas na banda?

Na maior parte, a música e as letras foram escritas por mim. Várias músicas foram escritas antes mesmo da banda ser formada. Mas todos os outros membros estão associados ao processo criativo, os guitarristas podem reescrever partes dos solos de guitarra, por exemplo. E Alexandre teve também um papel importante ao assumir as partes sinfónicas, o que o levou a propor novos arranjos e ideias.

 

Todas as quatro músicas do EP homónimo de 2020 também foram incluídas neste álbum. Promoveram algum rearranjo nessas músicas?

Sim, as 4 faixas da demo de 2020 foram reorganizadas e achamos que foi o melhor. Há pequenas, mas eficientes, mudanças nos padrões de bateria em The Thing In The Crypt, por exemplo, uma ideia do baterista Guillaume (sim, há dois Guillaumes na banda…). A outra parte importante foi o facto de termos colaborado em Born On A Battlefield e The Song Of Red Sonja com Julie Denn, uma cantora que adicionou os seus esplêndidos vocais femininos. Estamos ansiosos para colaborar com ela novamente no futuro!

 

Já tiveram oportunidade de tocar este álbum ao vivo? Ou têm planos para isso no futuro?

Não e sim! Não, ainda não tocamos ao vivo, pois até agora concentramo-nos na parte de estúdio. Mas sim, pretendemos apresentar-nos ao vivo e já recebemos diversas propostas. Incluindo esta espetacular: temos a honra de anunciar que seremos uma das bandas de abertura da edição de 2025 do Up The Hammers Fest, que acontecerá de 6 a 8 de março de 2025 em Atenas, que inclui Crimson Glory e Titan Force!

 

Muito obrigado, Guillaume! Queres enviar alguma mensagem aos nossos leitores ou acrescentar mais alguma coisa?

Sim, claro…Portugal é um belo país com pessoas fantásticas (e excelente comida também, isso ajuda!), por isso esperamos que um dia tenhamos a oportunidade de fazer um concerto aí. Também queremos saudar os fãs citando o equivalente hiboriano dos seus países, portanto terminaremos com estas palavras: Salve tu, poderoso Zingara!!!


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