Review: Act III: Pareidolia Of Depravity (ADAMANTRA)

 


Act III: Pareidolia Of Depravity (ADAMANTRA)

Inverse Records

Lançamento: 25/outubro/2024

 

Dez anos foi o tempo que os Adamantra demoraram a preparar o sucessor de Act II: Silent Narratives. Dez anos nos quais a banda investiu fortemente num processo criativo que os traz até ao terceiro ato da sua novela, o novo álbum, Act III: Pareidolia of Depravity. São oito faixas com narrativas obscuras e que deixam espaço para interpretações diversas. Oito faixas, cada uma revelando uma faceta diferente da capacidade de criação de atmosferas densas e emocionantes, numa narrativa reforçada por uma combinação de teatralidade vocal e arranjos musicais de grande impacto. O álbum abre em tons tranquilos, numa faixa que culmina com um solo de baixo como que a anunciar a intensidade instrumental que virá a seguir. Uma intensidade que nos guia por progressões magistrais com destaque rítmico poderoso, intercaladas com elementos sinfónicos e um trabalho coral imponente. Um conjunto de pormenores trabalhados a rigor científico que realçam a grandiosidade da composição. E aonde ainda devem ser incluídos os elementos, quer de acting voice, quer de samples, que, claramente, nos transportam para uma poderosa representação cénica. Paradise Epilogue, que encerra o álbum de forma épica, é o melhor exemplo do que foi dito, apresentando uma sofisticada alternância entre orquestrações, progressões e coros e atingindo o seu auge nas texturas iniciais de piano, no trabalho do ensemble de cordas e no majestoso trabalho coral, verdadeiramente de cortar a respiração. O contraste, surge em An Unfinished Tale, tema que reduz o ritmo e aposta na emoção e no detalhe instrumental, recuperando influências jazzísticas que revelam a versatilidade musical da banda. Esta é uma balada sombria que oferece um momento de pausa introspetiva, com destaque para os arranjos de guitarra de Panu Kiskola. Em suma, este terceiro ato da banda finlandesa Adamantra é mais do que uma simples continuação; é uma expansão temática e sonora que desafia os limites estabelecidos pela banda e aprofunda os elementos distintivos do som do grupo. Uma obra-prima que, além de respeitar as raízes do género, não tem receio em se aventurar por terrenos inovadores. [92%]

 

Highlights

Charade Of Cruelty, Hypocrites, Of Beasts And Angels, Morpheme, Paradise Epilogue

 

Tracklist

1. Treacherous Valour

2. Charade Of Cruelty

3. Hypocrites

4. Of Beasts And Angels

5. Morpheme

6. An Unfinished Tale

7. False Illusions

8. Paradise Epilogue

 

Line-up

Tuomas Nieminen – vocais

Panu Kiskola – guitarras

Jukka Hoffrén – baixo

Mikko Sepponen – bateria

Chrism – teclados

 

Convidados

Mervi Myllyoja (violino); Manna Lahti (violino), Maarit Holkko (viola); Iida Sinivalo (violoncelo) - Quarteto de Cordas (3, 4, 8)

Maija Rautasuo, Anna Ginström, Vilma Keisala, Janne Rantanen, Tatu Erkkilä, Niilo Erkkilä, Joonas Tuominen, Martin Iivarinen – coro (4)

Maija Rautasuo, Anna Ginström, Vilma Keisala, Joonas Tuominen – quarteto coral (8)

Anu Lampela – grand piano (8)

Erik Kraemer, Mikael Salo – backing vocals (1)

Kimyarda Jones, Laura Cornelius, Dorsey Jackson, Chris West, Christina Lowe, Tuomas Nieminen - voice acting/diálogos (8)

 

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Edição

Inverse Records    

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