Blood Dynasty (ARCH ENEMY)
Century Media Records
Lançamento: 28/março/2025
O decimo terceiro álbum de estúdio dos Arch
Enemy promete tornar-se marcante, não só pela abordagem musical do coletivo
sueco, mas também pelas novidades. Desde logo, salta à vista a estreia do
guitarrista Joey Concepcion que substituiu Jeff Loomis; depois é
notório um título em francês, Vivre Libre. Trata-se de um cover
do tema dos Blasheme, incluído no álbum Désir de Vampyr (1985, Lizard
Records), que assim se torna na primeira versão que os suecos incluem numa
edição regular de um álbum e que traz a curiosidade de ser totalmente cantada
com vocais limpos. Finalmente, em termos estilísticos, e nunca abdicando da sua
forte costela de death metal melódico, os Arch Enemy procuram surpreender
e expandir os seus horizontes para fora dos cânones mais tradicionais do
género. E isso é particularmente evidente na segunda metade de Blood Dynasty
após o interlúdio de tranquilidade que é Presage. Exemplos? A orientação
thrash metal do tema-título; o instrumental fortemente inspirado no heavy
metal tradicional de Paper Tiger e os elementos de power e
neoclassicismo (a lembrar os Stratovarius) de The Pendulum.
Talvez seja por isso que, após a audição de Blood Dynasty, se fique com
a ideia de que este é um álbum muito mais inspirado e apelativo nos momentos
mais melódicos que propriamente nos mais brutais. Aliás, já antes, A Million
Suns promete vir a tornar-se um dos maiores hinos da banda, pela sua mescla
de brutalidade, harmonias e linhas melódicas. Quanto à primeira metade, ela
está assente em sonoridades mais extremas, com riffs fraturantes e
afiados. Ainda assim, não é preciso esperar muito para sermos surpreendidos
pela introdução de vocais limpos. Acontece logo em Illuminate The Path,
coincidindo com uma das secções melodicamente mais deslumbrantes do álbum.
Isto, depois de uma abertura com Dream Stealer onde a banda mostra todos
os seus argumentos de força e poder, e antes da maquinalmente demolidora March
Of The Miscreants, faixa com uma assinalável transfiguração a meio do seu trajeto. Como
se percebe, Blood Dynasty afirma-se como um álbum de contrastes, onde a
brutalidade caraterística do coletivo nórdico encontra novas formas de
expressão melódica e surpreende com abordagens inesperadas. Se este registo
representa um vislumbre do futuro da banda, então podemos esperar um caminho
onde a agressividade e a melodia venham a coexistir de forma ainda mais intrincada
e ambiciosa. [91%]
Highlights
Illuminate The
Path, Vivre Libre, A Million Souls, The Pendulum, Liars & Thieves, Paper
Tiger
1. Dream Stealer
2. Illuminate The Path
3. March Of The Miscreants
4. A Million Suns
5. Don’t Look Down
6. Presage
7. Blood Dynasty
8. Paper Tiger
9. Vivre Libre
10. The Pendulum
11. Liars & Thieves
12. Break The Spell (deluxe format bonus track)
13. Moth (deluxe format bonus track)
Line-up
Michael
Amott – guitarras
Alissa
White-Gluz – vocais
Sharlee D'Angelo – baixo
Daniel Erlandsson – bateria
Joey Concepcion – guitarras
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