Polaris (NACHTSCHATTEN)
Bleeding Nose Records
Lançamento: 21/fevereiro/2025
Se com duas guitarras se consegue imenso,
então com três não há muito por onde falhar. E é precisamente com este tipo de
lógica que os Nachtschatten nos apresentam o seu segundo álbum: Polaris.
Nesta obra celestial cujo tema é a cintilante Estrela Polar e a sua muito
associada deusa Polaris, os alemães de Karlsruhe demonstram que seguiram a rota
indicada pelo corpo celeste ao saciar-nos a fome de competência musical com uma
grande variedade de estilos: a violência melodiosa do melodic death de
Gotemburgo, lembrando grandes nomes como Dark Tranquility (Spurren,
Polaris); a brutalidade e o groove, presentes em todas as
músicas, visíveis no tom grave das guitarras e identificáveis em bandas com
estilos mais modernos, como Lord Of The Lost; a teatralidade e
sinistralidade dos Cradle Of Filth (Ablass) e por vezes até Therion
(Verehrung); e as influências notáveis de um industrial típico dos Rammstein
(Im Eis, Herz). O álbum conta ainda com vários momentos acústicos
(Spurren, Verehrung) e orquestrações épicas (Gestirne, Verehrung)
que tornam a experiência auditiva ainda mais evolvente e única. As composições
variam de forma, umas mais complexas e outras mais simples, mas apresentam
sempre uma enorme facilidade em levar os solos para os lugares mais inesperados
e em alterar a sonoridade dentro da mesma música. E, muitas vezes, com breaks
surpreendentes e encantadores, tarefa que, por norma, se revelaria
problemática, mas não aqui, ajudando a prevenir o entediamento. Em sincronia,
os guturais são extremamente bem conseguidos (especialmente devido à língua
germânica), evitando a monotonia e irritação, revelando uma grande capacidade
por parte do vocalista. Falando de competência artística, os guitarristas,
através de trocas entre deliciosas melodias e brutalidade devastadora e até folk
nórdico (Spurren) conseguem ser a nata do quinteto, o que não é
particularmente fácil devido às avassaladoras linhas de baixo e à bateria
maquinal e muito diversificada. Assim, este é um álbum bastante bem construído,
muito dinâmico, que demonstra enormes aptidões por parte de todos os membros e
uma genialidade que muitos tentam atingir, mas poucos são bem-sucedidos. Por
isso, caso alguém tenha dúvidas, eis representado de forma muito clara o que se
obtém ao idolatrar a deusa Polaris: uma obra-prima ainda mais brilhante que a
própria Estrela do Norte. [94%]
Highlights
Mutter der
Galaxie, Herz, Ablass, Verehrung, Spuren, Polaris
2.
Gestirne
3.
Eden
4.
Herz
5.
Niedergang
6.
Ablass
7.
Verehrung
8.
Purpur
9.
Spuren
10.
Im Eis
11.
Polaris
Line-up
Daniel
Wengle – vocais, baixo
Dennis Blaser – guitarras
Matthias Eing – guitarras
Andreas Siefert – guitarras
Pascal Fitterer – bateria
Internet
Edição
Comentários
Enviar um comentário