Depois
de termos falado com Tiago Rocha a propósito dos Haunted Funeral, voltamos agora à conversa com o músico para
explorar outro dos seus projetos: Path
To Purgatory. Guitarrista e compositor incansável, Tiago divide-se entre
diferentes frentes criativas, sempre com a música pesada como fio condutor.
Este projeto, que engloba membros com experiência acumulada em bandas como
Rageful, Dercetius ou Gandur, estreia-se com Pathos, onde se cruza a agressividade do death metal
com elementos épicos e sinfónicos. Nesta entrevista, Tiago Rocha partilha
connosco as origens, influências, desafios e planos futuros deste trabalho que
promete marcar presença no underground nacional.
Olá, Tiago, tudo bem?
Obrigado pela disponibilidade. Já não és novo nestas andanças, mas de repente
apareces em dois projetos (Haunted Funeral e Path To Purgatory). Como se
proporcionou esta situação?
Boas Pedro! Obrigado, nós. Path To Purgatory
estava mais ou menos em pausa, conseguimos nova formação em 2023 com a entrada
do Jota Duarte (bateria) e do Jorge Guia (guitarra lead).
É um projeto de 2008 em que eu e o baixista Rodrigo Silva integramos
desde o início, mas nunca parámos de compor material. Já Haunted Funeral
surgiu recentemente, no início de 2024 quando comecei a compor coisas em
guitarra de 7 cordas numa vibe diferente de Rageful e Path To
Purgatory.
Nos Haunted Funeral és
o principal compositor, e nos Path To Purgatory?
Continuo a ser o compositor principal. Fabrico em casa
o material e é aperfeiçoado em ensaios com o input de todos.
Como surgiu a ideia de
formar a banda e que bandas e/ou movimentos consideras influências diretas no
vosso som?
Sempre quis formar uma banda desde miúdo. Eu e o
Rodrigo andávamos na mesma escola e eu já compunha qualquer coisa durante esse
tempo. Ele ouviu e gostou da vibe e decidiu comprar um baixo e a partir
daí fomos compondo. Inicialmente as maiores influências eram Metallica e
Iron Maiden e o nosso som refletia isso mesmo. Agora está um pouco
diferente e mais maduro com influências de Death, Arch Enemy e
afins.
Alguns de vocês têm
ligação com bandas como Rageful, Dercetius ou Gandur. De que forma experiências
anteriores contribuíram para criar Pathos?
A nível de produção ajudou bastante a experiência de
outras bandas. A nível composicional também, porém grande parte do material já
tem alguns anos, mas foi todo reprogramado para o novo estilo mais agressivo.
Foi graças a essas bandas conseguimos tocar coisas e desafiar-nos a ir mais
além, pois crescemos enquanto músicos.
Como se sentem ao
lançar um projeto como Path To Purgatory depois dessas experiências noutras
bandas? É libertador, desafiante ou ambos?
É algo desafiante tentar distinguir o nosso som em PtP
do das outras nossas bandas. Sentimos que este álbum está bastante bem
conseguido e completo.
Que aspirações
partilhavam quando deram o pontapé inicial no projeto? Houve um impulso
criativo específico que vos levou a compor este álbum?
Como referi anteriormente, 70% dos riffs deste
álbum já estavam compostos de antemão. Apenas conseguimos mudar a vibe
consoante o gosto de todos com o esforço de todos.
Pathos surge como um trabalho melodic
death com elementos épicos e sinfónicos. A questão que coloco é como
chegaram a esse som? Houve intenção consciente de misturar estes estilos?
Sim, um dos meus estilos favoritos é Power Metal
Sinfónico. Sinto que misturando de tudo um pouco criámos o nosso estilo
próprio, um pouco de black, um pouco de death, um pouco de heavy
metal e por aí fora.
Como decorreu o
processo de composição e gravação: ensaiaram muito tempo ou surgiu tudo mais
espontâneo?
Novamente, a nível de composição de guitarras já
estava tudo praticamente composto. Apenas adaptámos tudo a um estilo diferente
e ajustámos estruturalmente as músicas, isto tudo feito em sala de ensaio para
fazer experiências. A nível de gravação foi tudo gravado e editado em minha
casa.
Que letras ou temas
dominam Pathos?
Guerra, sociedade de hoje em dia e revolta religiosa.
Em termos de palco, o
que têm planeado em termos de apresentação ao vivo deste álbum?
Já tocámos algumas músicas do álbum ao vivo, não
planeamos fazer nenhum concerto de apresentação do álbum em si.
Já que anteriormente
falámos de outras bandas, há novidades a respeito das mesmas?
Bem, de momento em Rageful, vai sair um single
novo no fim do mês de agosto e há um concerto dia 13 em Famalicão. Quanto às
restantes bandas as novidades ainda são segredo, sugiro uma entrevista a cada
uma delas!
Para terminar, que
mensagem gostarias de transmitir aos vossos fãs e aos nossos leitores?
Oiçam o álbum e sigam-nos nas redes sociais, de
momento é o melhor que podem fazer. Brevemente teremos merch para nos
apoiarem ainda mais! Obrigado do fundo do coração.



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