Out Of The Darkness Part II (JACK STARR)
Bravewords Records
Lançamento: 25/abril/2025
Ainda ecoa
na nossa mente quando, ainda jovens, ouvimos pela primeira vez Out Of The
Darkness, trabalho de estreia a solo de Jack Starr. Corria o ano de
1984 e esse álbum ficou, para sempre, guardado na memória e no coração. Os anos
passaram, muitos outros grandes álbuns vieram, muitos outros trabalhos foram
lançados pelo guitarrista americano até se ter começado a ouvir falar da hipótese
de ser gravada aquela que seria a segunda parte desse Out Of The Darkness.
A experiência diz-nos que muitas das sequelas de grandes álbuns ficam aquém das
primeiras partes. E, para que nos entendamos bem, não é de todo o que se passa
aqui. Out Of The Darkness Part II é um portentoso álbum de heavy
metal que não só respeita a qualidade da sua génese, como a ultrapassa. Os
dez temas (mais dois bónus) aqui presentes são o sonho de qualquer metaleiro!
Isto é do mais puro e genial heavy metal! Sem sufixos nem prefixos.
Simplesmente, grandioso e enorme metal na tradição dos anos 80. Claro
que, tecnicamente, nada há a acrescentar a respeito da guitarra de Jack
Starr, mas não queríamos deixar de salientar a forma como os solos são
trabalhados, alternando entre puros devaneios técnicos e as mais belas
variações melódicas, muitas vezes de cariz clássico. Depois, uma palavra para a
descoberta do novo vocalista, Giles Lavery, com um desempenho notável,
ajudando a içar os temas para patamares ainda mais altos de brilhantismo. Finalmente,
uma referência para todos os restantes membros e convidados que fazem funcionar,
na perfeição, um conjunto de temas que se vão apresentando com facetas
diversificadas, mas sempre seguindo um padrão de excelência. Esse padrão é
frequentemente marcado por um rigoroso trabalho de composição, em que cada linha
de baixo, cada batida, cada nota está no sítio certo e no tempo adequado. Um
trabalho de composição que não se prende a amarras, mas que permite que quase
todos os temas tenham, dentro de si, as variações e mutações
rítmico-melódico-estruturais que sistematicamente os fazem crescer nas mais
inesperadas e espetaculares direções. Sem dar tempo para acomodações nem pedir
licença a ninguém, Out Of The Darkness Part II abre com Hand Of Doom
que começa, logo ali, a espalhar riffs memoráveis. E de hino em hino
este álbum vai-se desenvolvendo até terminar com Soulkeeper, tema
tricotado que assenta na emoção e num refrão simples no verso, mas imenso nos
arranjos melódicos! O final perfeito para um álbum perfeito! A edição padrão em
CD ainda insere mais duas faixas bónus (Savage At The Gate e The
Lesson) que se identificam e enquadram perfeitamente em toda a linha
estilística e de alta qualidade que vem de trás, não beliscando minimamente a
consistência do álbum enquanto um todo. Para concluir, Out Of The Darkness
Part II é o registo que faltava na discografia de Jack Starr. Um
disco que traz a mesma emoção que a sua primeira parte, agora engrandecida com
o natural crescimento de Starr e dos seus parceiros. Uma obra grandiosa e um
regresso triunfal que prova que o verdadeiro heavy metal é intemporal. [100%]
Highlights
Hand Of Doom, Endless Night, Into The Pit, Rise Up, The Night Has A
Thousand Eyes, Soulkeeper, Savage At The Gate
1.
Hand Of Doom
2.
Endless Night
3.
Into The Pit
4.
Rise Up
5.
Underneath The Velvet Sky
6. Tonight We Ride
7.
The Night Has A Thousand Eyes
8.
Sahara Winds
9.
The Greater Good
10.
Soulkeeper
11. Savage At The Gate (bonus track)
12.
The Lesson (bonus track)
Line-up
Jack Starr – guitarras
Gene Cooper – baixo
Rhino –
bateria
Eric Juris
– guitarras
Giles
Lavery – vocais
Convidados
Thomas
Mergler – guitarras
Kevin
Burns – guitarra acústica
Mark
Zonder – bateria
Jimmy
Waldo - teclados
Internet
Edição

I’m Gene the bass player and coproducer of Out of the darkness 2. I want to thank you so much for your very insightful and great review for our record. We would love to play this album in front of an audience in Portugal. It’s so nice to see that you can appreciate what we spent a great amount of time putting together. There were no click tracks used no quantization. The rhythm tracks were all recorded live and for that reason, I think it has a very organic sound. Once again, thank you so much. Gene Cooper
ResponderEliminarYou're welcome, Gene!
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