Spawn Of Creation (LEGACY OF PAYNE)
Maledict Records
Lançamento: 16/abril/2025
Com Spawn
Of Creation, os Legacy Of Payne apresentam-se ao mundo com um álbum
de estreia que impressiona pela forma como conjuga agressividade e melodia, através
de uma abordagem feroz, técnica e claramente apaixonada pelo legado do thrash
e do death metal. Desde os primeiros momentos que se sente a pureza
sonora típica de um primeiro álbum bem conseguido: produção crua, mas
equilibrada, sem excessos, apostando numa mescla eficaz de sons extremos.
Embora nem tudo seja imediatamente arrebatador. Sim, porque após uma intro
que agarra o ouvinte, We Born não se revela particularmente apetecível
numa primeira audição, soando algo confusa e menos focada. Um momento, quanto a
nós menos inspirado, que funciona como um falso arranque, pois a partir daí o
álbum cresce de forma consistente, revelando composições cada vez mais sólidas
e envolventes. Composições essas que se orientam para uma mescla de thrash
e death metal, como já referido, com incursões bem medidas em terrenos
de hardcore e groove. Neste caso, em particular, destaque para a
secção central, mais compassada, de Open Neck, ou para a secção final de
Burn Them Down. Mas o grande trunfo deste álbum reside, sem dúvida, no
trabalho de guitarras, que soa soberbo do início ao fim. Os riffs são
cortantes e criativos, as harmonias surgem por vezes a duas vozes (os melhores
exemplos são o que se pode ouvir em Open Neck e State Of Aggression),
e os solos desenvolvem-se sobre campos de técnica, sem perder o sentido
melódico. Tudo com uma clara abordagem shredd. Em termos estilísticos, Spawn
Of Creation é thrash metal feito com criatividade e consciência
histórica, procurando inspiração em nomes como Slayer, Annihilator,
Sodom ou Possessed, mas filtrado por uma execução moderna e
energética. Os vocais acompanham essa diversidade, oscilando entre o thrash
mais tradicional e registos claramente death, reforçando a agressividade
e a dinâmica dos temas. Por tudo isto, Spawn Of Creation revela-se um
álbum de estreia surpreendentemente sólido, com um excelente sentido de
equilíbrio entre melodia e ferocidade, e com uma assinatura com intensidade e
convicção. [86%]
Highlights
State Of Aggression, Open Neck, March Into Damnation, Gates Of Madness,
Burn Them Down
2. We Born
3. Open Neck
4. State Of Aggression
5. March Into Damnation
6. Skull Crusher
7. Gates Of Madness
8. Reign Of Death
9. Burn Them Down
Line-up
André
Bento — vocais
Nuno
Romero — guitarras
Paulo
Marques — guitarras
Flavio
Guerra — baixo
Alexandre
Tirapicos — bateria
Internet
Edição

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