Apesar de já se terem formado em
2004, só agora os God’s Army A. D. (adicionaram o A. D. mais tarde por questões
legais) se estreia com um trabalho homónimo. Fomos falar com o guitarrista Ian O'Sullivan
para percebermos o que se passou neste intervalo de tempo. E aconteceu muita
coisa como poderão confirmar…
Olá Ian! Obrigado pela tua
disponibilidade! Podes apresentar os God’s Army A. D. aos metaleiros portugueses?
Obrigado pela entrevista! God’s Army A. D. é a vossa nova banda
favorita de heavy metal e estamos
prontos para o rock Portugal!
God’s Army A. D. é a união de
forças de alguns elementos bem conhecidos da cena heavy/power metal. Quando decidiram começar a trabalhar em conjunto
e erguer esta banda?
A banda começou a juntar-se em 2005. John conheceu Mark Cross quando
estavam em tour com os At Vance nesse
ano e decidiram que gostariam de formar uma banda assim que já não andassem na
estrada. Eu tinha tocado com John numa banda chamada Hallowed que se separou em
2004 e continuei a trabalhar em material com ele desde então. Foi assim que eu
apareci! Tudo aconteceu com bastante rapidez e no final de 2005, estávamos
prontos para ir para palco.
Nasceram apenas como God’s Army e,
mais tarde acrescentaram, após o vosso regresso em 2012, o AD. Porque essa
adição?
Muito simples na verdade. A nossa editora informou-nos que aquele nome
já estava protegido por direitos de autor. Logo, para lançarmos o álbum tivemos
que alterar o nome.
Facto curioso: em 2006, tocaram com
Paul Dianno e Mystic Mrophecy, ainda sem qualquer registo. Como foi essa experiência?
Sim, nós tivemos um grande começo, mas para ser honesto, acho que merecemos
esses shows. Todos os membros de
God’s Army A. D. são músicos muito experientes com um conjunto de nomes bem
conhecidos para arrancar. No final de 2005 tivemos uma música chamada I Will Survive incluída num sampler CD da Hard Rock Magazine. Isso atraiu a atenção dos fãs, da comunicação
social e das editoras. O interesse na banda cresceu de forma constante e todo
mundo queria ouvir mais. Portanto, na altura em que tocamos o nosso primeiro show na Alemanha como suporte de Paul Di
Anno a sala estava completamente cheia e quando subimos a palco a multidão gritou
por nós. Foi incrível! Os espetáculos com Mystic Prophecy também foram bons. Eles
são uma killer band e tornamo-nos
bons amigos. Encaixamo-nos perfeitamente com eles e os seus fãs foram ótimos
para nós e deram-nos muito apoio.
Naturalmente, desses concertos e dos
seguintes retiraram muita da energia que agora apresentam neste novo disco…
Isso é verdade. A bateria e os ritmos foram registados mais ou
menos nessa altura e, definitivamente, acho que a energia em torno da banda
pode ser ouvida no álbum.
Depois do acidente de viação do John
ABC Smith vocês pararam algum tempo. Tudo bem com o John atualmente?
Bem, o primeiro momento de azar aconteceu quando Mark Cross teve
uma oferta para se juntar aos Firewind em 2006. Foi uma grande oportunidade para
ele e não a desperdiçou. Naturalmente isso atrasou o nosso ritmo já que Mark é
um excelente baterista e não muito fácil substituir. Depois as coisas foram de
mal a pior quando, em 2007, John esteve envolvido num acidente de carro. Fico
feliz em dizer-te, no entanto, que o John está totalmente recuperado e a
disparar em todas as direções!
De alguma forma a gravação de God’s
Army A. D. funcionou como uma terapia para John?
Definitivamente sim. John passou por um período após o acidente em
que não tinha a certeza se a música voltaria ou não a fazer parte da sua vida.
Há cerca de três anos atrás, recuperou as velhas demos dos God’s Army para trabalhar nelas mais do que em qualquer
outra coisa. Na altura, enviou-me algumas novas misturas e fiquei bastante animado
com o que ouvi, mas agora todos têm essa oportunidade de ouvir essas faixas.
E esta estreia pode ser vista como
uma forma de recuperar o tempo perdido?
Sim, de certa forma. Estamos a recuperar o tempo perdido e "mais
vale tarde do que nunca”, como diz o ditado. A outro nível, porém, diria que este
é um novo álbum de uma nova banda. Nós não somos as mesmas pessoas que eramos
há 8 ou 9 anos atrás e a música no álbum soa mais fresca e mais atualizado do
que as gravações originais. Os God’s Army estão mortos – vivam os God’s Army A.
D.
Quanto tempo levou todo o processo
de composição e gravação do álbum?
É um pouco difícil dizer realmente. Devido aos anos de que separam
as gravações originais e os novos temas tem sido uma longa e dura jornada!
Gods
Must Be Crazy é o vídeo retirado do álbum. Estão a pensar em mais
algum para breve?
Sim, estamos. Nesta altura há um novo vídeo em construção. Embora não
vá dizer qual música. Gostaríamos de manter isso como uma surpresa.
E outros projetos, como tours ou qualquer outra coisa. Têm
alguma coisa agendada?
Já estamos a trabalhar em novo material para o segundo álbum e em
breve anunciaremos algumas datas ao vivo. Esperamos fazê-lo em Portugal antes
de mais!
Bem Ian, foi um prazer conversar contigo.
Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores ou para os vossos fãs?
O prazer é todo meu. Obrigado! Uma coisa que eu gostaria de dizer aos
fãs de rock portugueses: obrigado por
apoiarem o Heavy Metal e o Rock! Aconteça o que acontecer nós iremos
continuar a tocá-lo para sempre, mas sem vocês não haveria ninguém para
espalhar a palavra. Vemo-nos na estrada!
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